Diversidade de sistemas e tecnologias é aliada da eficiência energética – Revista ABRAVA Climatização

A diversidade de sistemas e tecnologias disponíveis permite ao projetista de climatização um leque de opções para a manutenção do conforto térmico e da qualidade do ar, sem elevação substancial no consumo de energia.  Ambientes que funcionam em condições diferentes do restante de um edifício atendido por um sistema de água gelada, como pequenos CPDs, ou que operem em horários irregulares, como salas de reuniões, quando a central da edificação está desligada ou, ainda, situações que exigem redundância, podem recorrer a um sistema de expansão direta dedicado.

Rafael Dutra, executivo de vendas da Trane, explica que, além dos exemplos citados, “é muito comum a utilização de sistemas splits em guaritas ou ambientes que ficam distantes do corpo central da edificação. Um exemplo interessante é utilizar sistemas de expansão direta para pré-condicionamento do ar externo, suprindo o sistema central de fancoils com chillers. A vantagem de utilizar esse sistema é que por usar a expansão direta no ar externo, não seria necessário utilizar temperaturas mais baixas de água gelada no chiller ou fancoils com serpentinas muito profundas. Estes componentes devem ser devidamente selecionados, é claro, e avaliado se a solução faz sentido econômico em cada aplicação. De fato, a decisão de utilizar em uma edificação um sistema alternativo ao principal é uma decisão econômica, ou seja, sendo atendidos os critérios de projeto em termos de conforto e aplicação, deve ser avaliado se faz mais sentido econômico a utilização de um sistema alternativo ou não.”

“Aplicações em que o controle de umidade relativa, por exemplo, é fundamental, a utilização de sistemas com água gelada podem ser os mais indicados. No setor da saúde, sistemas com água gelada podem muito bem ser compartilhados com sistemas onde a expansão direta pode ter uma maior eficiência, como quartos de internação climatizados por sistemas VRF, enquanto os centros cirúrgicos por água gelada. Aplicações que necessitam de altos volumes de ar podem ser atendidas com sistemas de expansão direta do tipo Large Split ou Rooftop, ou água gelada, em que os sistemas VRF dificilmente conseguiriam manter os níveis de umidade relativa controlados, ou a associação de sistemas VRF para escritórios e de água gelada para áreas de produção”, defende Cristiano Brasil, coordenador de aplicações da Midea Carrier.

Segundo Brasil, a utilização de sistemas de expansão direta e indireta em uma mesma edificação pode trazer ganhos energéticos. “A Midea Carrier tem se esforçado para difundir este conceito já há alguns anos. O assunto foi tema de palestras nossas no Mercofrio e no Encontro Nacional de Projetistas e Consultores de 2018. Nos dois eventos demonstramos, com o auxílio do software Hourly Analysis Program da Carrier Corporation, que os sistemas híbridos devem ser sempre considerados.”

Leonardo Dobrianskyj, da Daikin, percebe que edifícios comerciais têm utilizado sistemas com expansão direta em função de uma transferência de investimento para o usuário. “Entretanto, é possível que determinados usuários desejem sistemas backup com splits para pequenas salas de CPD ou qualquer outra área que julguem necessária uma climatização constante e alternativa ao sistema empregado. Ao mesmo tempo essa solução pode ser utilizada em sistemas onde o edifício comercial é de apenas um grande usuário e o sistema de expansão indireta seja utilizado para reduzir área técnica, neste caso utilizando sistemas de expansão indireta para as mesmas situações descritas anteriormente.”

“Todos os sistemas existentes podem ser complementares, entretanto há de se colocar uma distinção entre encher de penduricalhos um empreendimento e fazer um projeto de engenharia de ar-condicionado. Sistemas híbridos bem feitos requerem projetistas que levem em conta todo o ciclo de vida útil do equipamento, não só o investimento inicial, mas os custos operacionais de manutenção, energia elétrica e da troca futura dos equipamentos, visto que expansão direta e expansão indireta possuem vidas úteis diferentes”, alerta Dobrianskyj.

“A variedade de situações torna difícil a generalização, sendo indicado um processo de simulação computacional. De uma maneira superficial, os sistemas de água gelada com chillers centrífugos (expansão indireta) possuem altíssima eficiência energética na carga plena. Já os sistemas VRF (expansão direta) possuem alta eficiência em carga parcial”, defende Daniel Fraianeli, gerente de produto da Samsung.

Elimara Cardoso, analista de imprensa da Gree, reforça a necessidade do projeto. “Antes de se decidir qual o tipo ou modelo de ar condicionado que se deve aplicar a uma determinada situação, é necessário que um profissional habilitado faça um levantamento de carga térmica dos locais que se deseja climatizar. Após esse estudo, teremos como resultado um total de calor que se deve retirar ou inserir dentro de uma ambiente e, por fim, devemos avaliar cada cômodo ou ambiente da edificação para que então façamos a seleção dos tipos, modelos e capacidades que podemos aplicar para a situação,  sem esquecer de levar em consideração alguns pontos importantes, como necessidade e opinião do cliente, custo x benefício e eficiência energética.”

Patrice Tosi, diretora comercial da Indústrias Tosi, entende que mesmo em ambientes de uso descontinuado os sistemas de automação podem dar uma resposta sem a necessidade de soluções híbridas. “Neste caso, temos o chiller MagLev, com compressor de mancal magnético, que trabalha gradativamente partindo de 2A.”

A diretora da Tosi concorda que os diversos sistemas podem ser combinados, “um não é excludente do outro, as melhores soluções serão sempre de melhor eficiência energética. Quando você tem uma área que funciona em horário diferente dos demais, academias em shoppings é um caso, mas podemos pensar também em equipamentos médicos presentes em edifícios comerciais, uma alternativa seria o uso da termoacumulação.”

Soluções mais usuais e o processo decisório

Na combinação de aplicações de equipamentos, as alternativas são amplas, mas não aleatórias. “Os sistemas VRF podem ser na teoria mais eficientes quando se analisa a performance de catálogo, porém, ser um agente dificultador no controle de umidade. Por outro lado, quando se trata de linhas com longas distâncias, o sistema VRF com certeza será o candidato ideal a complementar ou substituir os sistemas de água gelada”, pondera Brasil.

“Indústrias, principalmente a farmacêutica, vêm cada vez mais utilizando expansão direta nos escritórios e, para suas salas limpas, sistemas bomba de calor para produção de água gelada e quente para manter temperatura e umidade adequadas, reduzindo no final do mês a demanda contratada de água quente e reduzindo a necessidade de gás natural. Clubes têm investido cada vez mais nas soluções bomba de calor com expansão indireta para climatização de áreas como salas de academia, saunas e vestiários, ao passo que a expansão direta tem trabalhado em vestiários, salas de espera e demais ambientes”, informa Dobrianskyj.

“Muitas vezes se dá importância, e com razão, à carga máxima de projeto e se esquece da carga mínima de inverno, ou seja, a capacidade mínima do sistema. Independentemente de ser expansão direta ou indireta, há uma carga térmica mínima necessária que, se não for conhecida, pode trazer descontentamento para o usuário do ar-condicionado. Ambientes climatizados com 100% de redundância por sistemas alternativos são sempre mais caros em função dos custos bem mais altos de aquisição de máquinas e de instalação. A melhor solução é o projeto de ar-condicionado prever as situações de carga térmica mínima e, em sistemas de água gelada, projetar equipamentos adequados a esta operação; e, em situações extremas, com carga térmica a menor possível, com maior temperatura externa. É difícil encontrar em projetos de água gelada especificações com máquinas de diferentes capacidades, geralmente todas as máquinas têm a mesma capacidade; nestas situações é provável que na carga térmica mínima em algum momento ocorra um desconforto térmico ou consumo desnecessário de energia elétrica”, completa Dobrianskyj.

“Não acredito que seja simples definir uma solução mais eficiente em termos absolutos. A resposta para essa pergunta sempre irá depender da aplicação específica e de uma análise energética compreensiva com o auxílio de uma ferramenta computacional de modelagem adequada. Alguns projetos levam em consideração a utilização de um chiller menor, que possa atender as cargas noturnas. Um sistema de automação e um projeto de hidráulica pensado para esse fim pode também trazer um bom resultado para o empreendimento”, pondera Dutra.

O executivo da Trane acredita que uma solução interessante, empregada em edificações de maior porte, é o VRF com condensação a água, que “além de eficiente, permite distâncias de tubulação bem elevadas e pouco uso de espaço útil de locação. Mais recentemente a utilização de unidades evaporadoras de grande capacidade, comumente chamadas de AHU ou evaporadora de “splitão”, permitiu o uso em ambientes maiores para este tipo de solução também, e em alguns casos sendo possível unidades com serpentina de água gelada e de expansão direta.”

Ventilação natural, free-cooling e ciclo economizador

Existem soluções que tiram partido das condições ambientais e dos recursos naturais, com as devidas cautelas. “Deve-se observar com muita atenção a não simultaneidade de operação dos sistemas. Para isso, os sistemas de automação devem ser utilizados, evitando que o sistema de condicionamento de ar mecânico opere em conjunto com a ventilação natural, desperdiçando energia elétrica. Um exemplo disso seriam janelas abertas exaurindo o ar tratado pelos sistemas de ar-condicionado. O mercado de automação evoluiu muito rápido nos últimos anos. A Fujitsu, com sua linha de controles e acessórios opcionais, pode fornecer soluções nesse sentido. É possível, de forma relativamente simples, integrar um mini-split, por exemplo, ao sistema de automação residencial, impedindo que os equipamentos sejam acionados caso janelas estejam abertas”, afirma Samir Hernandez, do departamento comercial da Fujitsu.

A projetista Sandra Botrel, diretora da Protherm Projetos Termo-Acústico, explica que “no caso dos climas mais frios é possível tentar fazer sistemas híbridos, que quando as condições externas estiverem adequadas, o sistema operaria apenas com a ventilação natural. Outra opção seria o resfriamento passivo da estrutura no período noturno. Esta solução foi adotada no prédio da Forluz, em Belo Horizonte.”

Botrel faz dois alertas: “No caso do sistema híbrido, é preciso garantir que as janelas sejam fechadas quando se for operar o condicionamento do ar. No caso do resfriamento passivo é preciso garantir que as aberturas para a circulação do ar estejam abertas no período noturno e que sejam fechadas no período diurno.”

Também, a depender das condições climáticas, e sempre obedecendo as normas que estabelecem os parâmetros para a qualidade do ar de interiores, é possível lançar mão do free cooling e do ciclo economizador.

“Existem três tipos básicos de ciclos economizadores e free cooling. A ar, a água e, ainda, diretamente no ciclo de refrigeração. Sistemas a ar utilizam as condições de entalpia ou temperatura de bulbo seco do ar externo para reduzir a demanda por resfriamento nas unidades interiores ou mesmo zerar essa demanda em condições suficientemente favoráveis, realizando o free cooling. Neste formato o ar externo pode ser conduzido às unidades interiores ou insuflado diretamente nos ambientes climatizados, seguindo uma rotina de controle bem definida que seja capaz de tanto identificar as condições externas favoráveis, quanto de modular a quantidade de ar externo e a refrigeração combinadas para melhor eficiência do sistema. Sistemas a água utilizam condições favoráveis de clima para reduzir a água de condensação a temperaturas tais que essa água possa ser utilizada para pré-condicionar o ar de retorno das unidades internas ou até mesmo pré-resfriar o retorno de água gelada do circuito primário com a utilização de trocadores de calor intermediários. O terceiro sistema é a utilização dos próprios equipamentos de refrigeração como chillers em situações que a água de condensação estiver a uma temperatura menor do que a água gelada. Isso é possível em aplicações de data centers, por exemplo. Nessa configuração, a menor temperatura e pressão do condensador em relação ao evaporador produz o diferencial de pressão necessário para que haja movimentação do fluido refrigerante dentro do chiller sem o acionamento do compressor, quanto maior for esse diferencial de temperatura, maior será a capacidade de resfriamento em free cooling possível”, explana Dutra, da Trane.

“As unidades Rooftop são um bom exemplo da utilização de ciclos economizadores. Normalmente, são controladas via sensores de CO2 nos ambientes ou por temperatura externa. São controladas por termostatos ou sistemas de automação que monitoram estas condições. Já os sistemas free cooling podem utilizar a baixa temperatura externa do ar para resfriar o refrigerante e, consequentemente, o ar de insuflação (sistemas DX, por exemplo), ou a baixa temperatura externa para resfriar a água de condensação a uma temperatura suficiente para a climatização interna. No mercado americano estes sistemas são denominados Water Side Economizers”, explica Brasil.

Ronaldo Almeida

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DNPC ABRAVA tem palestra na Hotel&Food – 07 de novembro eng. Francisco Pimenta

No dia 07 de novembro o eng. Francisco Pimenta do DNPC ABRAVA ministrará a palestra “Projeto de Climatização e a Eficiência Energética para Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares”.

O eng. Luiz Lavor Telles do Sindratar PE falará sobre “Boas Práticas de Climatização geram economia para o empreendimento que garantem qualidade do ar”

Acesse o kink do evento – https://hfne.com.br/investe-turismo/

5a. Feira Tecnológica DNPC ABRAVA – Patrocine agenda 2020

A ABRAVA parabeniza empresas associadas que fazem aniversário no mês de novembro de 2019

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Sentimo-nos honrados em tê-los  em nosso quadro de afiliados.

Desejamos-lhes sucesso e prosperidade!

A cada 5 anos as empresas associadas são lembradas e parabenizadas! Confira quem são:

AR PLAC – 10 anos

EVERY CONTROL – 25 anos

STAR CENTER – 20 anos

THERMON 30 anos

 

 

Equipe ABRAVA

 

 

 

 

CLIPPING CEDOC – Confira os principais clippings da semana 31 de outubro ACESSE

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É preciso aumentar a conscientização – eng. Leonardo Cozac fala sobre QAI à Revista ASBRAV

A preocupação com o tema da qualidade do ar interior é um dos mais atuais e presentes temas no segmento, porém é preciso levar essa questão de forma mais ampla para toda sociedade. A Revista ASBRAV conversou com uma das maiores autoridades nacionais no assunto, Leonardo Cozac, que é Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho.

Revista ASBRAV – Que fatores você considera que são mais graves em relação ao tema da qualidade do interior?

Leonardo Cozac- Considero a falta de conhecimento da população ainda um fator muito preocupante. De uma maneira geral, a população não se preocupa com o ar que respira. Fazendo uma comparação com a água, aprendemos na escola básica que a água que consumimos deve ser sem cheiro, sem cor e sem gosto. E ninguém bebe ou utiliza uma agua que não conheça sua procedência. Já com o ar respiramos o ar que nos é fornecido sem nos preocupar se é de qualidade ou não. Quando um pai vai conhecer a nova escola dos filhos será que questiona se a QAI dentro da escola é boa? Então porque é tão comum uma criança ficar gripada, por exemplo, e na sequencia vários colegas de classe ficarem também? No shopping que frequentamos, antes de ir pensamos se a QAI lá é adequada para nossa família? De uma maneira geral a sociedade não pensa nisso, partindo do princípio se o ambiente está refrigerado, está bom. O que não é uma verdade simples.

Fazendo uma comparação com EUA, por exemplo, vende-se filtro de ar condicionado em prateleira de supermercado. Não precisa de norma ou lei para obrigar as pessoas comprarem filtros para sua casa. Já existe a consciência da importância desse elemento para melhorar a QAI.

Revista ASBRAV – Quais os principais desafios para levar a todos os setores da sociedade o tema da implantação do PMOC?

Leonardo Cozac- Por muitos anos a sociedade consome ar condicionado com objetivo de melhorar o conforto térmico. Se a temperatura está agradável, o ambiente está bom. Com isso, profissionais do setor se especializaram nesse aspecto técnico. De cerca de 20 anos para cá, após a publicação da Portaria 3523/98 pelo Ministério da Saúde, que o conceito de PMOC/ QAI ganhou importância. Considero nosso maior desafio os profissionais do setor (engenheiros, arquitetos e técnicos) levarem esse conscientização sobre QAI a sociedade. Esses profissionais trabalharam anos sem esse conceito. As escolas técnicas e de curso superior ainda não abordam de forma adequada esse tema. Os profissionais do setor devem ser os agentes de disseminação a sociedade da importância sobre a qualidade do ar interno.

Revista ASBRAV – Acredita que profissionais que se envolvem nos modelos construtivos como engenheiros e arquitetos estejam já conscientes da importância deste tema dentro dos projetos ou ainda há muito a ser feito?

Leonardo Cozac- Sem dúvidas esses profissionais já tem a consciência sobre a importância do tema de QAI. Porém ainda há desafio de conseguir conscientizar ao empreendedor/ investidor que vale a pena investir em um bom projeto. Diversos estudos internacionais mostram que uma boa qualidade do ar interno garante aumento de produtividade, redução de custas médicas e do absenteísmo nas empresas e escolas.

Como em diversos edifícios comerciais o maior custo das empresas é o salário de seus funcionários, o retorno sobre investimento em QAI é muito rápido. Levar essa informação ao consumidor considero ainda uma grande desafio.

Leonardo Cozac

Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho formado pela Universidade Paulista. Membro do Grupo Setorial de Qualidade do Ar Interno, em 97/98.

Participante do Green Building Council – Divisão Qualidade do Ar de Interiores.

Professor convidado de Pós Graduação do Mackenzie. Professor do curso de MBA Arquitetura, Construção e Gestão Sustentável.

Presidente do Qualindoor – Departamento nacional de Qualidade do Ar de Interiores da ABRAVA – Gestão 2008-2010 e 2013-2015. Vice-Presidente de Economia – Gestão 2013-2015 da ABRAVA. Consultor Certificado de Qualidade do Ar de Interior pela ACAC – American Council for Accredited Certification.

Presidente da Conforlab Engenharia Ambiental.

 

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Ar-condicionado exige manutenção adequada e especializada – Presidente da ABRAVA fala ao Jornal Cruzeiro do Sul

O ar-condicionado é um equipamento indispensável em dias de calor. Seja em residências ou no ambiente de trabalho.

Entretanto, para esse conforto não virar dor de cabeça, a frequente manutenção é essencial. Tanto para aumentar a vida útil do aparelho quanto para evitar riscos de doenças respiratórias.

Segundo a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), o sistema precisa ser bem projetado e dimensionado. Além disso, necessita ser corretamente instalado e com a operação e manutenção realizadas periodicamente.

De acordo com o presidente da Abrava, o engenheiro Arnaldo Basile, todos os cuidados resultam em um consumo de energia otimizado. Também refletem em um ambiente climatizado saudável com controle de temperatura, umidade, filtragem, renovação de ar, velocidade e distribuição uniforme do ar no ambiente.

Esses fatores, segundo a entidade, comprovadamente aumentam a produtividade do aparelho, purificam o ar respirado e apresentam sensação de bem-estar. Dessa forma, propiciam uma melhor qualidade de vida, além de um ambiente silencioso e sem ruídos externos.

Temperatura ideal

A Abrava explica que a faixa de uso da temperatura ideal do ar-condicionado depende da finalidade e do local da instalação. Uma temperatura média para ambientes no verão fica entre 23° a 26°C. No inverno, é de 20°C a 22°C.

As temperaturas utilizadas acima ou abaixo das necessárias estão fora dos padrões determinados, segundo a Abrava. Isso pode ocasionar desconforto térmico e consequências até na saúde dos usuários.

Economia de energia

Os equipamentos operando com eficiência e equilíbrio no consumo de energia garantem a longevidade dos mesmos, garante a Abrava. Consequentemente, deixa a qualidade do ar de interiores adequada. Além disso, provoca a economia de até 50% de energia se comparado com sistemas sem a devida atenção de manutenção preventiva.

Manutenção do ar-condicionado no verão

Basta o calor ficar mais acentuado para o usuário começar a se preocupar com a manutenção do ar-condicionado. Em Sorocaba, os estabelecimentos comerciais especializados nesse trabalho já sentem o aumento na procura pelo serviço.

A gestora Camila Emques, responsável por uma empresa de manutenção de ar-condicionado de Sorocaba, diz que nesse período a procura pelo serviço aumenta 60%. “As pessoas deixam para fazer a manutenção no verão”, comenta.

Segundo ela, o ideal é dar aquela arrumada no ar-condicionado no outono e no inverno. “Pois a demanda é menor”, lembra

Camila diz que a carcaça do ar-condicionado precisa ser limpa como qualquer móvel da casa. Mas, outro componentes necessitam do trabalho especializado de um técnico.

O comerciante Dalton Marcelo Gomes também comanda uma empresa especializada na manutenção de ar-condicionado. Ele confirma que a demanda pelo serviço nas residências aumenta entre outubro e março, época em que o calor é mais acentuado na região Sudeste do País.

Profissionais especializados

A Abrava recomenda sempre a contratação de profissionais habilitados, em garantia das condições de saúde, segurança e o adequado conforto térmico aos usuários. A instalação e a manutenção devem ser feitas obedecendo ao projeto adequado e realizado por empresas e profissionais qualificados e certificados.

As instalações devem ser dimensionadas corretamente. Também precisam ser projetadas e realizadas por um responsável técnico habilitado, conforme estabelecimento de normativas.

Segundo a Abrava, diversas empresas prestadoras de serviços operam no ramo de instalação e manutenção de climatização, refrigeração e ventilação. Consequentemente, isso exige que as atividades técnicas sejam praticadas por profissionais devidamente qualificados e habilitados, devido ao alto grau de responsabilidade na segurança e saúde das pessoas.

Com base nesta realidade, a Abrava recomenda ser importante que o contratante tenha informações e indicações de empresas para a prestação do serviço. Somente profissionais legalmente habilitados com a responsabilização técnica devida devem executar o serviço.

A Abrava recomenda que a busca de informações sobre o setor de ar-condicionado sejam pesquisadas no site www.abrava.com.br.

Opções de ar-condicionado

No mercado há várias opções de ar-condicionado para residências. Atualmente, o mais comum é o split tradicional. Ele possui um sistema silencioso, discreto e se encaixa em vários tipos de ambientes.

Existe também o split cassete. Ele é adaptado ao teto do ambiente. O consumidor pode encontrar também o modelo split inverter. Funciona de forma otimizada e reduz o consumo de energia.

 

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ABRAVA assina Acordo de São Paulo com a CETESB

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No dia 31 de outubro, a ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento recebeu a comitiva da CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo para a reunião da Câmara Ambiental dos setores de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento. Na ocasião, foi assinado o Acordo SP, que lança a coalização “Empresas com Ações Climáticas” e planos de redução de emissões de GEE – Gases de Efeito Estufa até 2030, o principal objetivo é estimular a adoção ou ampliação do setor privado às práticas sustentáveis na redução de gases que causam o efeito estufa.

Para o Presidente Executivo da ABRAVA, o eng° Arnaldo Basile, “Sentimo-nos honrados ao aderirmos o Acordo São Paulo. Uma das frentes da atuação da ABRAVA é a Sustentabilidade. Afirmo que faremos a nossa parte, estimulando nossos associados a aderirem ao acordo, pois acredito que o setor AVAC-R tem muitos exemplos de aplicação das Boas Práticas da Engenharia focados em sustentabilidade, e, que com certeza contemplam o escopo do Acordo coordenado pela Cetesb”.

Cerca de 30 profissionais das duas organizações estiveram reunidos na reunião. O Encontro da ABRAVA com a CETESB foi marcado pela presença da Dra. Patrícia Iglesias, nova presidente da Companhia Ambiental, que discorreu sobre o Acordo SP, conduzido pela CETESB em nome do Estado de São Paulo.

O Acordo SP prevê que todos que aderirem ao acordo apresente uma estimativa de redução de emissão, sequestro de carbono e/ou emissões evitadas de gases de efeito estufa até 2030.  Os aderentes ao Acordo de SP serão reconhecidos pelo Governo do Estado de São Paulo como membros de uma comunidade de líderes em mudanças climáticas, com oportunidades para troca de informações entre as partes e divulgação com apoio técnico governamental.

A adesão ao Acordo SP permitirá identificar as entidades líderes nas estratégias para enfrentar os desafios trazidos pelas mudanças climáticas e apoiará o Governo do Estado de São Paulo no estabelecimento de ações climáticas que visem tanto à proteção ambiental quanto à melhoria da competitividade das empresas e Municípios situados no território paulista.

Confira o termo de adesão do Acordo SP aqui

Para mais informações sobre o acordo enviar um email para acordo2030_cetesb@sp.gov.br.

Mais informações sobre a ABRAVA e Câmara no www.abrava.com.br , (11) 3361.7266.

 

Momento Comunicação

ABRAVA e BCA Brasil realizou o 4º. Workshop de Comissionamento de Instalações

Realizado no dia 23 de outubro o ”4º. Workshop de Comissionamento de Instalações” reuniu cerca de 80 profissionais que atuam direta e indiretamente no setor AVAC-R. Realizado pela ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento, e o Building Commissioning Association Brasil – DN BCA Brasil, o evento atingiu seu de objetivo de levar informações e atualizações com foco no tema “Comissionamento de Instalação”, com apresentação de cases e adoção das melhores práticas em comissionamento. O workshop na sede da ABRAVA em São Paulo.

Para o presidente do DN BCA, Fábio Luis Leite Neves “ O evento foi um marco na história do chapter Brasil. Nesta 4ª edição do evento, resolvemos direcionar o mesmo para a área de saúde, onde trouxemos profissionais renomados do setor, para compartilhar cases e experiências com o nosso publico. Atingimos mais uma vez o nosso objetivo, que é dissiminar no meio profissional e nos setores da cadeia produtiva, a ferramenta do comissionamento e os benefícios que o uso da mesma traz aos empreendimentos quando aplicada! ”

O evento teve duração do dia inteiro, na programação, onze palestras foram ministradas por renomados profissionais do setor estiveram à frente de temas, como: Importância do Comissionamento Técnico na área hospitalar – eng° Heitor Akira; Controle de umidade em ambientes Hospitalares – eng° Murilo Leite; Projetos de instalações hospitalares – eng° Salim Lamba Neto; Comparativos de eficiência e comissionamento em empreendimentos existentes – engs. Eduardo Yamada e José Roberto Borsoi; Atualização da NBR 7126 – eng° Mauricio Salomão; ISSO 41000 – Prof. Dr. eng° Moacyr Alves da Graça; Como reduzir e monitorar os custos de operação dos sistemas de ar condicionado – eng° Alex Anderson; Comissionamento de Instalações Hidráulicas – Eng. Maria Isabel Teixeira; Comissionamento Elétrico de uma FPSO – experiência chinesa – eng. Jorge Luis Gennari; Importância do Balanceamento Hidrônico no HVAC – engs. Luis Augusto Pompeu e Marcos Vargas.

 

O evento foi encerrado com a realização de uma mesa-redonda, que destacou pontos como a importância e os benefícios trazidos pelo comissionamento, aos proprietários e investidores. Com o resultado positivo desta 4ª. edição, o DN BCA já deixou agendado para o primeiro semestre de 2020 a realização do 5º Workshop para o segundo semestre, na Regional ABRAVA Salvador, a confirmar data.

O evento contou com o patrocínio da AAF Flanders, Innovative, Munters e Overtrop. Co-patrocínio FNEC e Solar. E, foi apoiado pela ASHRAE Chapter Brasil, FIESP, IBF – Instituto Brasileiro do Frio, SBCC- Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação, Sindratar SP e Smacna.

Momento Comunicação

ABRASCE – Associação do Shopping divulga relatório de sustentabilidade 2019 – download disponível

ABRASCE – Associação do Shopping divulga relatório de sustentabilidade 2019.

A pesquisa foi realizada com 563 shoppings do Brasil entre os dias 22 de abril e 24 de junho.

 

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Reforma do eSocial e lei de proteção de dados mudam rotina nas empresas – Blog do Frio

simplificação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) e a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) mudarão profundamente a rotina dos profissionais das áreas de controladoria e recursos humanos das empresas brasileiras.

Quanto ao eSocial, a expectativa do governo é fornecer, a partir de janeiro do ano que vem, um ambiente digital amigável e confortável para os usuários, ao requerer “apenas as informações que promovam a efetiva substituição de uma obrigação acessória, desde que não sejam redundantes ou que não constem” em suas bases de dados.

“Haverá, portanto, uma redução robusta no número de campos e exclusão de eventos inteiros”, prometem as autoridades, acrescentando que todo o investimento já feito pelas empresas e pelo setor público em aquisição de tecnologias, treinamento, capacitação etc. para atender às exigências do atual eSocial será preservado.

“Para isso, será mantida a forma de transmissão de dados via webservice, haverá aproveitamento da identificação dos eventos e sua integração. Contudo, as regras serão mais flexíveis, e será muito mais fácil concluir o envio da informação, reduzindo ao mínimo os erros decorrentes de informações incorretas”, assegura o governo.

Apesar da simplificação e da desburocratização almejadas, o novo cenário das relações trabalhistas e tributárias continuará a exigir empenho das organizações em ambas as áreas, independentemente do seu porte, avalia a advogada e contadora Tânia Gurgel, vice-presidente da ABPRH.

“Os profissionais do setor terão de aprender cada vez mais sobre compliance das informações. Afinal, o cruzamento de dados no mundo Sistema Público de Escrituração de Dados (SPED) é algo que precisa ser muito estudado”, diz a especialista.

Proteção de dados pessoais

O dia 16 de agosto do próximo ano também marcará outra importante mudança no País, com a entrada em vigor da Lei nº 13.709, que regulamentará as atividades de tratamento de dados pessoais.

Entretanto, a menos de um ano para a legislação começar a valer, 85% das empresas brasileiras afirmaram que ainda não estão prontas para garantir os direitos e deveres em relação ao tratamento de dados pessoais exigidos pela LGPD, segundo pesquisa Serasa Experian.

A LGPD tem aplicação a qualquer pessoa, seja natural ou jurídica de direito público ou privado que realize o tratamento de dados pessoais, on-line e/ou off-line.

A legislação alterará drasticamente as relações entre empresas, postulantes a uma vaga e empregados. De acordo com a LGPD, os contratantes devem solicitar o consentimento expresso do candidato e informá-lo de maneira clara que seus dados serão utilizados para recrutamento, avaliação e seleção.

“Caso o candidato não seja contratado, a empresa deverá eliminar os dados pessoais obtidos, ressalvadas as hipóteses de obrigação legal de conservar tais documentos”, explica Tânia Gurgel.

Se por um lado ainda há muitas empresas atrasadas para se adaptar às demandas da LGPD, por outro, há aquelas que já se adiantaram ao processo, como a Danfoss, indústria com forte atuação no mercado do frio.

“A empresa já está seguindo à risca as determinações desde meados do primeiro semestre do ano passado. Isso porque a lei já havia entrado em vigor e com muito mais restrições na Europa. Como se trata de uma empresa europeia, no mundo inteiro temos de seguir essas determinações”, enfatiza Paula Regina Faria de Souza, gerente de comunicação e marketing da Danfoss para a América Latina.

A executiva revela, por exemplo, que a companhia revalidou todo o seu mailing com seleção em duas fases, ou seja, uma solicitação para receber material por e-mail, validada novamente por link recebido eletronicamente.

“Enviamos para toda nossa base de dados no ano passado um novo convite para continuar recebendo nossas novidades. Após todo este processo, o mailing da Danfoss no mundo inteiro foi reduzido em 75%. Quem não seguiu com o ‘double opt-in’ foi excluído da base. Fizemos o mesmo com a revista Solutions quando migramos para a versão eletrônica”, complementa.

Paralelamente, a multinacional promoveu uma série de ações para atingir a conformidade com a LGPD, por exemplo, redobrando os cuidados com tudo o que sai em mídias sociais; obtendo a autorização por escrito de participantes de treinamento e afins para postar fotos deles nas redes da empresa. “Não salvamos nenhum dado de contato sem autorização”, ressalta.

A mudança trazida pela LGPD alcançou ainda os processos seletivos da Danfoss, que já não recebe currículos por e-mail, mas por meio de uma sistema on-line em que o próprio candidato cadastra seu CV.

 

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MP do Contribuinte Legal – Desconto para regularização de Dividas com a União por Rosenthal Advogados

Na última quinta-feira (17), foi publicada no DOU a MP 899/19, que estabelece regras e acordos entre a União e devedores para que dívidas tributárias sejam quitadas.

Segundo a MP, batizada pelo governo como “MP do Contribuinte Legal”, após a regulamentação, haverá a possibilidade de negociação entre os contribuintes e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional de possíveis prazos mais longos para pagamento de dívidas ou desconto sobre acréscimos.

Na prática, a MP prevê até 70% de desconto no total das dívidas que pessoas físicas e empresas têm junto à União regulamentando o instituto da “transação tributária”, prevista no artigo 171 do Código Tributário, envolvendo basicamente, duas pautas de “acordos” possíveis: as negociações de (i) dívidas ativas e (ii) de litígios tributários.

Segundo a medida, as negociações envolvendo (i) dívidas ativas serão direcionadas a contribuintes que possuem dívidas irrecuperáveis ou de difícil recuperação. Nesses casos, a medida prevê descontos de até 50% sobre o total da dívida e poderão aumentar até 70% em casos de pessoas físicas, micro e pequenas empresas, com pagamentos parcelados em até 100 vezes, nos casos de micro ou pequenas empresas (são vedadas negociações em casos de multas criminais ou decorrentes de fraudes fiscais).

Já as negociações envolvendo (ii) litígios tributários somente serão celebradas se constatada a existência, na data de publicação do edital, de ação judicial, embargos à execução fiscal ou recurso administrativo pendente de julgamento definitivo, relativamente à tese objeto da transação, e não poderá contrariar decisão judicial definitiva prolatada antes da celebração do acordo.

Apesar de não definir os pormenores de como os acordos serão celebrados, a notícia traz alento e esperança aos contribuintes devedores e aos que aguardam há décadas pela arbitragem tributária no Brasil, ou mesmo pela própria reforma tributária. Queremos confiar que, ao contrário do que aconteceu com outras potenciais “boas notícias”, que a futura regulamentação venha descomplicada, atraindo os contribuintes que precisam, não inviabilizando os acordos e trazendo efetividade a intenção do legislador.

Rosenthal Safartis Metta é o escritório responsável pelo departamento jurídico da ABRAVA, entrar em contato no juridico@abrava.com.br