Empresa pede filiação à ABRAVA – Saiba qual

Pedido de Filiação

 

A empresa abaixo solicita filiação à Abrava. A associada, que assim desejar, deverá encaminhar manifestação fundamentada de oposição ao pedido, no prazo de 7 dias corridos contados a partir desta data, para o e-mail filiacao2@abrava.com.br.

 

  1. Tosi Indústria e Comércio Ltda, Estrada do Quito Gordo, 448 – Pinhal – Cabreúva – SP  CEP 13315-000 CNPJ

01.484.046/0001-96

 

Se você não conhece as vantagens aos associados e serviços prestados pela ABRAVA, entre em contato e solicite informações  filiacao@abrava.com.br (11) 3361-7266 R. 135.

12 de janeiro de 2021

 

A necessária diversidade no AVAC-R – Revista ABRAVA + C&R com Priscila Baioco do Comitê de Mulheres da ABRAVA

Apesar de ainda jovem, Priscila Baioco é considerada uma das pessoas mais inspiradoras do mercado do AVAC-R. Idealista, mas não menos pragmática, tem se destacado na defesa de pautas relacionadas à diversidade, de gênero, racial, cultural, biológica, de orientação sexual, dentre outras. Este posicionamento, aliado ao sucesso profissional, conduziu-a à presidência do Comitê de Mulheres da Abrava há cerca de um ano.

“Uma bela manhã o Arnaldo Basile me ligou e disse que gostaria de bater um papo. Tomando um café numa padaria no Campo Belo ele me falou sobre o projeto de criar um Comitê de Mulheres da Abrava e pediu para eu o encabeçar. Pedi a ele um tempo para pensar. Um tempo depois eu fui indicada ao Prêmio Osvaldo Moreira de personalidade do AVAC-R. Era a primeira vez que uma mulher fora indicada ao prêmio. Aquilo me chamou a atenção. E quando eu ganhei a votação, após receber o prêmio, fui cercada por várias mulheres que diziam que aquilo era uma referência para todas. Na ocasião, duas outras mulheres se conheceram, a Viviane Nunes e a Carmosinda Santos, dando início a um trabalho. Disto resultou, também, o “Agora é que são elas”, idealizado pela Carmosinda e organizado pelo Sindratar-SP, em que eu fui uma das homenageadas. A partir dali vários movimentos se iniciaram, sendo que neste processo eu conheci, além da Carmosinda, a Jossineide e várias outras, que inauguraram alguns grupos de whatsapp”, conta Baioco.

Durante a Febrava de 2019, foi organizada uma ação do “Elas no AVAC-R” e a Armacell abriu seu estande para a distribuição de camisetas e encontro das mulheres participantes do grupo. Também aconteceu o primeiro Encontro de Mulheres da Abrava no qual Baioco, ao lado de outras mulheres, palestrou sobre Carreiras de Sucesso no AVAC-R. “A Febrava foi um marco para a atuação das mulheres no setor. Não porque elas começaram ali, mas porque começaram a aparecer, o setor começou a notar que há várias mulheres botando a mão na massa, na manutenção, na instalação e na operação. A conversa com o Arnaldo Basile progrediu e, já no final do ano, eu e a professora Ana Cristina organizamos uma reunião na Abrava para apresentar o projeto. Convidamos a Alessandra, você e a Leylla, de Minas, para apresentar o Comitê de Mulheres da Abrava”, continua ela.

Aproveitando o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, foi organizado um evento no sábado, 7, na Fatec Itaquera, no qual foi oficializado o Comitê. Foram convidadas mulheres para apresentarem temas tão distintos como as boas práticas no AVAC-R, por Jossineide Oliveira e Silva Viana, docente do curso de refrigeração e climatização do Senai Rondônia; a advogada Marina Nicolosi discorreu sobre “Inteligência Emocional Rumo ao 4.0”.

“Lamentavelmente veio a pandemia e tivemos que cortar os eventos presenciais. Começamos a dar corpo ao Comitê, mas precisávamos de braços. Veio a ideia de convidar outras mulheres. Convidamos a Joana Canozzi, da Chemours, para a vice-presidência do Comitê, a Juliana Reinhardt, da Trane, para o subcomitê de marketing, a Paula Souza, Danfoss, para o subcomitê de empreendedorismo, com a professora Ana assumindo a área de capacitação. Foram programados eventos mensais online para planejar as ações. Uma data importante foi o dia 26 de agosto, dia da equidade feminina, quando pedimos para que os homens do setor falassem sobre a importância da atuação das mulheres, conforme recomendações do He for She, da ONU. Temos quase 50 mulheres hoje atuando nos subcomitês. Em setembro implementamos a pesquisa para orientar nosso trabalho, projeto liderado pela Paula. Tivemos um número significativo de respostas o que nos orientarão para 2021. Iremos fazer um encontro no dia 15 de dezembro com todas as mulheres envolvidas para apresentar os planos para o próximo ano, inclusive com a presença de uma coaching para dar dicas de carreiras para as mulheres”, continua Baioco.

Na sequência, com o apoio de Baioco, a revista Abrava + Climatização & Refrigeração integrou ao seu calendário editorial a seção Mulheres de Ação, na qual as mulheres do setor discorrem sobre suas experiências profissionais. A seção ganhou uma versão digital, que pode ser acompanhada pelo canal da Nova Técnica Editorial no YouTube.

Baioco, que também faz parte do Conselho Editorial da revista Abrava + Climatização & Refrigeração, faz questão de frisar que o trabalho do Comitê de Mulheres da Abrava não é o único a atuar no setor. “Existe uma série de outros trabalhos sendo levados à frente por outras mulheres do setor que não pode ser esquecido. Todos esses trabalhos vêm dando maior visibilidade às mulheres.”

Constatação de que existe uma ação cada vez mais forte das mulheres no AVAC-R é que todas as mulheres que integram o Comitê da Abrava já possuíam uma atuação neste sentido dentro das suas empresas. “A professora Ana Cristina é muito envolvida, sabe das dificuldades de pessoas que gostariam de fazer o curso e não podem. Ela é a nossa mentora, cuja participação é extremamente valiosa trazendo a experiência do contato com o profissional de campo. A Juliana é super engajada num trabalho vinculado à ONU; é quem conhece as datas comemorativas. A Paula tem uma visão incrível, eu não a conheço pessoalmente, meu contato foi estreitado no Comitê, mas é como se eu a conhecesse há anos. E a Joana é super respeitada pelo conhecimento técnico. São todas mulheres de referência e muito envolvidas com a causa. Conseguimos montar um time que impressiona. As relações se estreitaram muito via online, digo que são pessoas que a pandemia trouxe para minha vida.”

Uma vez conhecidos os dados revelados pela pesquisa, o Comitê discutiu um calendário. Com o perfil delineado a professora Ana começou a pensar em como viabilizar a participação dessas mulheres em cursos de capacitação, como incentivá-las ao empreendedorismo e como motivar a direção das empresas para se abrir para a diversidade. “Às vezes eu ouço dizer que a Abrava é uma entidade machista, que só tem homens, mas não podemos nos esquecer que eles são indicados pelas empresas. Então, a Abrava é um reflexo das empresas. É preciso que os homens entendam a necessidade de as empresas incorporarem mais mulheres, mais negros, mais homossexuais etc., e perceber como esta diversidade é benéfica para as empresas.”

Agora a equipe pioneira encontra-se na expectativa de encontros presenciais. Inclusive, incorporando outras entidades, como o Sebrae, “já que não se pode esquecer dele quando o tema é empreendedorismo. Agora é mão na massa para entregar trabalhos concretos”, segundo Baioco.

Uma intensa trajetória profissional

Priscila Baioco mostra sua admiração pelo trabalho desenvolvido pela Fatec. Nada de estranho. A organização de ensino fez parte da sua vida. “Foi ela quem proporcionou minha carreira. Minha relação com a Fatec no passado e agora no presente com a professora Ana Cristina é muito forte”, ressalta.

Arredia quando o assunto é a sua vida pessoal, a Gerente Nacional de Vendas e, agora, também a Gerente de Marketing da Armacell, acredita que deve ser valorizada pelo seu trabalho e não pelos desafios que enfrentou no passado. E não foram poucos. Sua vida profissional teve início aos 16 anos de idade. “Meus pais eram caseiros de uma chácara cujo dono, Dagoberto Barbosa, era, também, o proprietário de uma empresa de ventiladores, a Luftec. Nas férias, ele nos levava, a mim e ao meu irmão Rodrigo, para organizar os arquivos da empresa. Um dia, encontrando-se a secretária de vendas em férias, tocou o telefone e o gerente, que estava na outra linha, pediu para eu atender. Do atendimento saiu o meu primeiro pedido no AVAC. Mais tarde, eu já com 16 anos, calhou de a empresa abrir uma unidade em Itatiba. O gerente de vendas, Valmir Marto, defendeu que eu fosse contratada. Fui a primeira funcionária da área de vendas na unidade. Aprendi uma regra básica com esse gerente: todos têm seu lugar ao sol, ninguém precisa pisar em ninguém. É só trabalhar que sua oportunidade vem.”

Aquela contratação definiu o futuro profissional de Baioco. “Eu que sonhava ser médica quando criança, acabei desejando estudar engenharia. Os clientes ligavam e, apesar de eu já conhecer as curvas de desempenho dos ventiladores e demais informações técnicas, pediam para chama um engenheiro. Percebi que para ser respeitada eu precisaria estudar engenharia. Assim, terminado o colegial, prestei o exame vestibular para a engenharia da Unicamp. Foi a minha primeira grande frustração, não fui sequer selecionada para a segunda fase. Foi aquela choradeira e minha mãe disse: ´Priscila, até aqui nós podíamos fazer por você, agora é contigo, a mãe não vai poder fazer por você´. Comecei a cursar o pré-vestibular e, passados alguns meses, fui fazer o exame de admissão para a Fatec como trainee. Fui completamente desencanada e, para minha surpresa, fui aprovada. Foi o início da minha relação com a Fatec. Entrei, em 2000, no curso de Tecnologia Mecânica com foco em projetos. E tive a minha segunda frustração, levei nota vermelha pela primeira vez, em Cálculo. A turma era de 70 alunos, com 3 ou 4 mulheres e, ao final do curso, apenas duas se formaram, eu e a Sheila. Ali comecei também a saber lidar com os homens na vida profissional.”

A atual gerente da Armacell diz que as oportunidades sempre se abriram para ela. “Tive a felicidade de encontrar no caminho muito mais pessoas boas do que mal intencionadas. As oportunidades chegaram até mim. A diferença é que eu não perdi nenhuma delas, eu aproveitei todas. Sempre procurei aproveitar das pessoas com quem tinha contato tudo o que elas podiam me ensinar. Vieram as oportunidades na Torin, onde pude vivenciar uma fábrica, além de ser a primeira multinacional em que trabalhei. Até então só atuara em empresas familiares. Não que isso seja ruim, as empresas familiares permitem você ter contato com todo o processo e isso abriu portas nas multinacionais depois. Tive líderes muito bons, que me ensinaram não só sobre o trabalho, mas sobre a vida. E fui aprendendo. Tudo o que é bom vale a pena ser copiado.”

Mas existe, também, um lastro. Priscila Baioco, que passou por empresas como Trox, Torin,  além da Armacell, “que já ocupa metade da minha vida profissional dom duas passagens”, ressalta os ensinamentos da família. “Meus pais trabalham no mesmo lugar há 30 anos. Tenho um irmão e uma irmã que estão há anos nos mesmos empregos. Minha família não pôde nos dar muito dinheiro, mas ensinou alguns princípios básicos: que é preciso viver do trabalho e desenvolver relações de lealdade. Na simplicidade do que tinham, souberam passar valores.”

Àquelas e àqueles que chegam ao setor, Baioco recomenda que observem o seu entorno, as pessoas mais experientes e se preparem, se qualifiquem, buscando conhecimento em todas as situações. “Quando tiver oportunidade, converse e apreenda o que for bom. Aproveite as oportunidades. O setor AVAC-R é extremamente importante para o Brasil e para o mundo. Precisamos ver a importância dos técnicos, dos engenheiros, mas também dos vendedores. Agora, mais do que nunca, devido à Covid-19, o setor mostra a sua importância; no ar-condicionado, pela necessidade da renovação e tratamento do ar, e na refrigeração, quando são exigidas ultrabaixas temperaturas para armazenamento e transporte de algumas vacinas. Aproveitem ouvindo o que as pessoas têm de bom para oferecer. Passem a se integrar aos grupos de refrigeração. Quantos mais profissionais qualificados tivermos, mais contribuiremos para a economia. Contem com a Priscila presidente do Comitê, mas também com a Priscila gerente de vendas da Armacell.”

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Confira a entrevista no Youtube ACESSE

 

DEJUR ABRAVA – NT 56376/2020 e a caracterização da COVID-19 como doença do trabalho – Séria especial pandemia do coronavírus XIV

SÉRIE ESPECIAL PANDEMIA DO CORONAVÍRUS XIV – NOTA TÉCNICA 56376/2020 E A CARACTERIZAÇÃO DA COVID-19 COMO DOENÇA DO TRABALHO.

 

No dia 11 de dezembro de 2020 o Ministério da Economia formalizou a Nota Técnica nº 56376/2020 que trata do nexo da COVID-19 com o trabalho para fins previdenciários.

Primeiramente é preciso destacar que referida Nota Técnica interpreta a questão à luz da legislação previdenciária, visando instruir os peritos quando da realização de perícias médicas em pedidos de benefícios previdenciários.

A Nota Técnica em questão concluiu que a COVID-19 pode, a depender do contexto fático, ser reconhecida como doença ocupacional.

Vale destacar que referida Nota Técnica não traz nada novo, ou seja, a COVID-19 será considerada doença do trabalho quando a doença resultar das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relacionar diretamente. Ou seja, sem nexo, não há doença do trabalho.

A grande questão é: de quem será o ônus de comprovar esse nexo, da empresa ou do empregado? No ano passado, ao se manifestar sobre alguns pontos da MP 927, o Supremo Tribunal Federal deu a entender que o ônus será do empregado, todavia, ainda não houve uma decisão específica sobre o assunto.

Daí a necessidade de as empresas tomarem todas as precauções e seguirem todas as recomendações sanitárias, além, é claro, de documentarem tudo isso para defesa em um possível processo trabalhista, afinal, conforme defendemos desde o ano passado, muito provável que a última palavra sobre o assunto será do Poder Judiciário e não de órgãos administrativos.

A Rosenthal Advogados Associados é o escritório responsavel pelo Departamento Jurídico (DEJUR) da ABRAVA e está à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Dr. Thiago Rodrigues – juridico@abrava.com.br ou thiago@rosenthal.com.br

Como gerar empregos aos engenheiros? Jornal do Engenheiro com participação do Presidente da ABRAVA Arnaldo Basile

Diante de uma pandemia global – que já matou cerca de 2 milhões de pessoas no mundo e mais de 200 mil no País –, todos precisaram mudar, das atividades econômicas ao convívio pessoal e social. O mercado de trabalho foi bastante atingido. O Brasil, que já registrava desemprego preocupante, teve a situação agravada. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 29 de dezembro último, o trimestre encerrado em outubro registrou 14,1 milhões de pessoas desempregadas – um aumento de 7,1% em relação ao trimestre terminado em julho, o que representa 931 mil pessoas a mais à procura de trabalho. “Somam-se a esse contingente mais milhões de desalentados e subempregados, desenhando um cenário extremamente preocupante”, observa o presidente do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro.

Como fica a empregabilidade da mão de obra de engenharia diante deste cenário é o que alguns especialistas e representantes empresariais avaliam nesta reportagem. Debruçado há anos sobre análises conjunturais para apontar soluções ao desenvolvimento do País junto ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, criado em 2006 pela FNE, o consultor Artur Araújo afirma que a única saída à geração de oportunidades para a área técnica, em grande proporção, é o crescimento econômico. Ele ressalva: “De preferência com bastante distribuição de renda, redução das desigualdades e sustentabilidade ambiental.”

Na 9ª. edição do projeto da FNE, “Recuperação pós-pandemia”, lançada em outubro último, diz Araújo, são apontados alguns vetores para esse crescimento. Um deles, central, é a retomada de obras públicas paralisadas, que, segundo estimativa conjunta da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), somam mais de 11 mil em todo o País.

Outro importante eixo, prossegue o especialista, é fazer com que as famílias tenham mais renda, emprego e segurança para que “atinjam um patamar de consumo que viabilize o parque industrial e produtivo do tamanho do Brasil, que tem uma população de 220 milhões que necessita de um mercado interno sustentável para garantir o emprego de muitos profissionais, como os engenheiros”.

Na sua concepção, só há lugar para estes últimos onde se investe pesado em infraestrutura, pois são profissionais totalmente ligados à produção e ao desenvolvimento. “Um país que não tem investimento pesado nessas áreas é hostil aos engenheiros, não sendo capaz de ocupar as gerações mais novas nem de sustentar os que já estão empregados”, vaticina. Na última década, segundo dados do portal do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o Brasil contabilizava 1.013.925 engenheiros.

 

Setores que mantiveram nível de atividade

demanda aumentar com a crise sanitária, estão as ligadas ao agronegócio. “Foi um ano atípico, é inegável. Tivemos de nos reinventar, mas crescemos para atender às necessidades criadas pela pandemia, considerando os desafios de manter a sociedade alimentada e abastecida”, informa a consultora de Talent Acquisition da Cargill, Nathalia Sobral. Por isso, assevera, de maneira geral, a empresa manteve o nível de emprego anual, criando mil novas oportunidades, além dos programas de estágio e de trainee.

Também conforme ela, é alta e crescente a presença de engenheiros na companhia. Em 2020, por exemplo, “das 180 vagas de estágio, 70% foram ocupadas por estudantes da área. E das nove vagas de trainee, 83% foram para recém-formados”. A consultora avisa que, entre fevereiro e março próximos, serão abertos os programas de estágio e trainee de 2021/2022, “e já convidamos os estudantes e recém-formados da área para participarem”.

VLI, do setor de logística, é outra empresa que não reduziu o nível das atividades. Como trabalho essencial que deu suporte ao País durante a pandemia na distribuição de mercadorias, a companhia, segundo a supervisora de Atração e Seleção, Kenya Aparecida dos Santos Consceição, manteve os empregos e já projeta investir R$ 1,3 bilhão neste ano. “Nosso desafio, e objetivo, é a geração de mais oportunidades”, afirma ela, garantindo, ainda, que os programas de trainee e estágio serão mantidos.

Segundo aponta, as soluções logísticas oferecidas pela VLI na integração de portos, ferrovias e terminais dependem substancialmente da atuação de engenheiros nas diversas áreas. “Atualmente a empresa dispõe de 7,5 mil profissionais. Destes, cerca de 16% são formados ou estão em processo de formação.”

Porta de entrada de muitas empresas, os programas de estágio e trainee, destaca o CEO da Companhia de Estágios, Tiago Mavichian, fecharam o segundo semestre de 2020 com aumento de 35% de abertura de vagas ante o primeiro semestre. “Ao final de novembro, foram abertas 948 vagas de estágio em 46 cidades brasileiras, em diversos segmentos da economia, com destaque para químico, farmacêutico, de tecnologia, energia e construção civil. E para este início de ano novos processos serão abertos”, assegura.

 

Reestruturação e retomada lenta

Diferentemente de setores como logística e agronegócio, outros sentiram fortemente o impacto com a pandemia. O engenheiro Arnaldo Basile, presidente da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), afirma que no segmento “várias empresas, especificamente de ar-condicionado, tiveram de rever a forma de atuação”. Algumas reduziram, de acordo com ele, o quadro de pessoal ou optaram por uma segmentação por área, e isso acabou levando muitos trabalhadores a “migrarem para o home office ou a atuarem em projetos pontuais”.

As mudanças no mercado também foram sentidas pela headhunter Isis Borge, diretora da empresa Talenses Group, para quem o ano de 2020 “foi bastante desafiador não apenas para os engenheiros, mas para todos os profissionais”. A pandemia, salienta ela, fez com que as empresas revissem planos de contratações por conta das incertezas econômicas. “Muitos projetos de desenvolvimento foram paralisados, houve suspensão de contratos, redução de jornadas. Nunca tínhamos passado por uma crise sanitária dessa ordem, com distanciamento social e até lockdown [confinamento]. Esse cenário congelou vagas novas e até promoções.”Vinicius Clemente Diogo, de 36 anos, cujo último cargo foi de gerente industrial numa grande empresa automotiva, em Contagem (MG). No início de 2020, ele estava em transição de carreira quando a pandemia chegou ao Brasil, logo após o Carnaval. “De março até setembro último, as entrevistas cessaram. Obtive alguns contatos de headhunters, mas somente para compor banco de dados, para quando o mercado retornar já termos os perfis traçados”, relata. Todavia, Diogo acrescenta, em outubro, algumas empresas reiniciaram as entrevistas em formato online.

Borge avalia que essa retomada será “morna”. E aponta: “Algumas dessas vagas congeladas em março retomam agora, mas ainda muito lentamente. A situação também se reflete no salário, não estamos verificando aumentos em grandes cargos que demandam o profissional de engenharia.”

Diogo lamenta que o desemprego seja usado por algumas empresas para contratarem engenheiros como analistas, e pagando salário inferior. Aqui vale destacar que o piso da categoria é determinado pela Lei 4.950/A-66.

 

Inovação

Para o presidente da Abrava, é difícil estabelecer números e parâmetros sobre a empregabilidade da mão de obra de engenharia em 2021. Não obstante, acredita que, de maneira geral, o setor de climatização propiciará novas oportunidades para profissionais especializados ou que vierem a se especializar.

Por outro lado, Basile faz projeções para a engenharia no País: “Destaco as modalidades de produção, para garantir ganhos de produtividade e otimização de processos; agronômica, que há anos propicia ganhos econômicos extraordinários para a economia brasileira; e civil, com a demanda por novas tecnologias construtivas das edificações com o uso intensivo da tecnologia BIM [Building Information Modeling]. Por último, evidencio a atuação do nosso profissional com automação e inteligência artificial (IA), em razão do uso de tecnologias no touch [sem toque], de sensores de presença, leitores óticos ou por aproximação etc..”

Essa realidade também é percebida pela supervisora da VLI, o que significará, observa, para equipes de engenharia trazerem automatização e inovação para os processos e torná-los mais ágeis. “Nas operações, os engenheiros têm uma importante missão de pensar esse novo modelo de trabalho, reduzindo o esforço físico e o aumento da produtividade. Por esse motivo, características como criatividade, inovação, learning agility [aprendizado rápido], conexões e o relacionamento em rede serão cada vez mais procuradas pelo mercado”, aponta.

Em mensagem enviada à reportagem, a assessoria de comunicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) declarou que a entidade não tem “informações específicas sobre a empregabilidade da engenharia para este ano”, mas encaminhou o Mapa do Trabalho Industrial, abrangendo o período de 2019 a 2023 — produzido, contudo, antes da pandemia, com estimativas de demandas ocupacionais e por qualificação profissional. A projeção indica o aumento da oferta para diversas engenharias, como ambiental, agrimensura, cartográfica, de alimentos, mecatrônica.

 

Orientação à carreira

O SEESP oferece orientação à carreira com o serviço da área Oportunidades na Engenharia. Trata-se de uma solução profissional personalizada, elaborada por especialistas, ao encontro do objetivo do associado, que pode envolver desde a colocação para estágio, trainee, emprego ou trabalho autônomo.

Conforme a gestora da área, Alexandra Justo, o atendimento é amplo e realizado conforme a necessidade do profissional ou estudante. “Vamos atuar desde a validação curricular, inserção em plataformas digitais, orientação focada e simulações para participação em processos seletivos, desenvolvimento de portfólio, orientação e desenvolvimento de soft skills, grande enfoque em competências atitudinais.”

Para Justo, com a esperada vacinação contra a Covid-19, “podemos aguardar uma retomada com melhor segurança das vidas, economia, dos trabalhos”. A posição é reforçada pela headhunter Isis Borge: “Muitos projetos continuarão represados até a população estar vacinada.”

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O AVAC-R pode contribuir decisivamente para a redução de emissões – Revista ABRAVA + Refrigeração & Climatização

O mundo cobra soluções para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Os sinais de uma situação incontrolável em que não haverá como a natureza repor o que está sendo destruído são cada vez mais evidentes. Edifícios com balanço energético nulos são, neste sentido, não apenas possíveis como absolutamente necessários. Mas o que são tais edificações?

“Existem diversas definições de net zero energy building mas a mais usada seria que é um edifício cuja produção de energia elétrica renovável é igual ou superior ao seu consumo de energia elétrica”, adianta Alberto Hernandez Neto, professor doutor do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da USP.

O também professor doutor João Pimenta, da Universidade de Brasília (UNB), lotado no departamento de engenharia mecânica daquela instituição avança na definição. “De forma simples, um edifício com balanço energético nulo (net zero energy building – nZEB) é todo aquele com capacidade de autogeração de energia suficiente para suprir sua própria demanda, estabelecendo-se assim uma diferença liquida nula. Além disso, mais do que alcançar um balanço de energia, o conceito nZEB implica em edifícios sustentáveis, que utilizem fontes renováveis de energia, ao mesmo tempo em que garantem qualidades satisfatória do ambiente para seus usuários. Devemos, contudo, observar que não há consenso quanto à uma definição universal para o conceito nZEB, podendo-se aplicar diferentes métricas para desenvolver tal definição, como geração on-site, fonte de energia, emissões e custo.”

Mas como alcançar este grau de nZEB? Quais recursos utilizar? “Normalmente são aplicados painéis fotovoltaicos e microturbinas de geração eólica, porém usinas de biomassa também podem ser aplicadas de acordo com cada projeto. Uma das estratégias fundamentais para este tipo de solução é o projeto de eficiência energética. Edifícios inteligentes que utilizam menos energia ao adotar tecnologias como lâmpadas LED e sistemas de automação que garantem que somente será utilizado energia elétrica no momento correto, são capazes de viabilizar financeiramente a geração local tornando o edifício autossuficiente em termos de energia elétrica”, afirma Rafael Dutra, engenheiro de aplicação da Trane.

“De forma geral, o edifício deve apresentar elevada eficiência energética em seus diferentes processos (AVAC-R, iluminação, elevadores etc.)  conduzindo a um consumo de energia global inferiores à 100 kWh/m2.ano, sendo essa energia gerada a partir de fontes renováveis”, sintetiza Pimenta.

Para que o edifício ganhe o grau de nZEB, Pimenta diz que a estratégia básica consiste em, primeiramente, reduzir o consumo de energia para, em seguida, implementar capacidade de geração baseada em fontes renováveis. “Para a redução de consumo, deve-se, ainda na fase de concepção e projeto, estabelecer critérios e metas bem definidas de eficiência energética, de tal forma que as diferentes equipes de projetistas (arquitetura, civil, elétrica, mecânica etc.) cooperem para alcançá-las através de soluções específicas. Em termos de tecnologias de geração, no atual estágio de desenvolvimento, a geração fotovoltaica se impõe, com potencial de desenvolvimento futuro de outras tecnologias como células combustíveis e geração térmica por concentradores solares. Além disso, são igualmente importantes medidas envolvendo comissionamento, campanhas de conscientização do uso racional entre os usuários, manutenção preventiva e preditiva, ajustes e aferições regulares, monitoramento e análise de desempenho contínuo.”

Automação e recuperação de energia

Assim sendo, completa o professor Hernandez, “toda e qualquer estratégia que busque reduzir o consumo de energia elétrica deve ser usada como meta para conseguir um net zero energy building. Dessa forma, o uso de sistemas de iluminação com dimerização (aproveitamento da iluminação natural), uso de sistemas de climatização eficientes com uso de sistemas de recuperação de calor com otimização de condições de operação.”

Ou, numa definição um pouco mais exaustiva, como é oferecida por Rafael de Moura, da Mercato Automação. Os pilares da net zero energy building são a arquitetura inteligente, materiais de construção de alta tecnologia e a geração de energia limpa, que somados buscam o equilíbrio para um ‘consumo zero’ de energia nos empreendimentos. Contudo, existe uma importante ferramenta que permite colocar em prática o que foi projeto de forma eficiente e eficaz, visto que existe uma demanda variável a ser atendida durante a operação do prédio. Em um empreendimento comercial temos que atender as demandas de ocupação, bem como as demandas que surgem em virtudes das variações externas, como dia ou noite, dia com sol ou sem sol, calor ou frio, dentre outras variáveis. Nestes pontos, a automação entra como uma excelente aliada de toda tecnologia construtiva e arquitetônica aplicada na construção, para realizar as tarefas de forma racional, conforme projetado, e atender as demandas variáveis do empreendimento durante sua utilização. Controlar persianas, iluminação, renovação e tratamento do ar, e climatização dos ambientes, são algumas das funções que um sistema de automação contribui na busca da melhor eficiência de utilização dos recursos. Outro ponto que podemos ressaltar a importância da automação é a necessidade de medir para poder controlar, e somente controlando os insumos e as variáveis poderemos gerenciar de forma sustentável os recursos que se fazem necessários.”

Pimenta diz que em um edifício convencional, a automação predial tem tipicamente a função de controlar os diferentes processos, componentes e sistemas a fim de manter os valores desejados de temperaturas, vazões etc., bem como assegurar uma operação econômica e segura. “Em uma edificação nZEB, o sistema de automação e controle tem esse mesmo papel, mas, um enfoque maior deve ser colocado na otimização das variáveis operacionais a fim de maximizar uma função objetiva relacionada à eficiência energética, tendo como restrições os limites de QAI e conforto térmico a serem atingidos, capacidade de geração instalada no edifício etc. O alcance da automação predial vem sendo rapidamente expandido com a implementação do conceito de Internet das Coisas, tirando proveito de uma análise mais detalhada da integração entre os diferentes sistemas em uso no edifício. Graças a algoritmos de machine learning e big data, decisões de controle podem ser definidas visando maximizar a eficiência energética global do edifico.”

Bo Andersson, diretor da Heatex, vai pelo mesmo caminho. “O consumo da energia do prédio deve ser minimizado, facilitando a implementação de geradores da energia renovável, suficientes para zerar o balanço energético sobre o ano. Para alcançar o balanço energético, o projeto pode ser trabalhado em 3 passos: 1) um prédio eficiente que minimiza a infiltração de calor e umidade, 2) equipamentos e sistemas de alta eficiência, minimizando o seu consumo da energia e, 3) sistema de produção da energia renovável. Vale a pena salientar que isto não é um processo em sequência e devem ser trabalhados simultaneamente, em paralelo.”

O diretor da Heatex alerta que já existem várias tecnologias para minimizar a infiltração de calor e umidade, e até utilizar luz e ar externo quando for favorável. “Um prédio bem construído vai diminuir as capacidades dos consumidores de energia, como o sistema AVAC, as lâmpadas, e outros maquinários. Um prédio típico no Brasil pode ser desenhado com uma carga térmica interna de 1000 ton. Neste caso, com um prédio eficiente, deve ser possível minimizar esta carga com até 30% ou mais, minimizando a carga térmica interna para 700 ton. Isto economiza na capacidade do sistema AVAC, também com 30%, resultando em menor consumo de energia.”

Lembrando que o sistema AVAC é o grande consumidor de energia, Andersson chama a atenção para o fato de que exatamente por isso é ele quem mais pode ajudar a alcançar o balanço energético zero no prédio. “Existe vários tipos de sistemas AVAC, e um prédio com balanço energético zero deve aplicar os mais eficientes com menor consumo de energia. Por exemplo, um prédio com a carga térmica interna de 1000 ton pode ser equipado com um sistema AVAC de 1600 ton como padrão, ou seja, 600 ton acima da carga térmica interna. Esta capacidade serve para resfriar o ar externo do sistema de ventilação, e desumidificar o espaço interno. Mas, com tecnologias eficientes, pode ser possível reduzir a sobre carga a até 100 ton, ou seja, um prédio com 1000 ton de carga térmica interna utilize um sistema AVAC com apenas 1100 ton. Levando em conta um prédio bem isolado, a capacidade do sistema AVAC pode cair para apenas 800 ton, metade da capacidade de 1600 ton pelo sistema AVAC padrão. Isto também resulta em uma grande economia dos custos do sistema AVAC.”

Dentre as estratégias para elevar a eficiência do sistema, Andersson cita a diminuição da vazão do ar circulando no prédio, utilizando ventiladores de alta eficiência. “Um outro jeito é de aplicar a tecnologia DOAS, utilizando a roda entálpica e roda dessecante para resfriar ar externo e desumidificar o ambiente interno do prédio. São tecnologias existentes deste 40-50 anos atrás, disponíveis no Brasil.”

Afinal, segundo Hernandez Neto, “uma edificação que busca a condição de net zero energy deve passar por um processo de redução de consumo de energia de forma a reduzi-lo o máximo possível. Dessa forma, o investimento em fontes de energia renovável será minimizado de forma a reduzir o tempo de retorno desse investimento.”

“Diversas tecnologias têm se mostrado eficientes para auxiliar na meta de net zero energy building como: resfriadores com mancais eletromagnéticos, sistemas de recuperação de calor, uso de sistemas de climatização solar (uso combinado de ciclos de absorção e coletores solares para geração de água quente e/ou vapor) e uso de sistemas de resfriamento geotérmico”, completa o professor da Poli-USP.

Dutra, da Trane, alerta para a necessidade da edificação existente passar por um processo de avaliação de suas instalações e modo de operação que seja capaz de identificar oportunidades de redução de consumo energético. “Esta avaliação deve alimentar um projeto que irá consolidar as modificações e melhorias na edificação com as tecnologias de geração de energia que se adequem à realidade de espaço disponível e custos. O desafio nesta etapa é comprovar adequadamente por meio do projeto que o conjunto de melhorias e a capacidade de geração de energia elétrica no local conduzam a edificação à realidade de uma edificação autossuficiente ou net zero. Demonstrada a viabilidade e desenvolvido um projeto robusto segue-se a instalação dos equipamentos. Um desafio atual é o cenário regulatório brasileiro que dificulta bastante uma série de oportunidades para este tipo de instalação, portanto um consultor experiente deve ser contratado para evitar surpresas durante a operação desta edificação. “

Entretanto, Pimenta entende que edifícios construídos com tecnologias ultrapassadas podem demandar alterações por vezes muito onerosas que inviabilizam que o grau nZEB seja alcançado. “Além disso, limitações físicas como clima local desfavorável e área insuficiente para captação e geração solar, contribuem para inviabilizar a transformação. Contudo, ainda que não seja possível atingir grau suficiente para a classificação como nZEB, será possível encontrar soluções que melhorem substancialmente o balanço de energia do edifico, o que, de qualquer forma representará um ganho para o proprietário e a sociedade de forma geral.”

O papel do AVAC-R

O engenheiro de aplicação da Trane recomenda que sejam explorados os conceitos mais modernos de sistemas de AVAC-R. “Sistemas de vazão de ar e água variáveis, reset de setpoint de temperaturas e pressões, utilização de maiores DT e consequentemente menores vazões de ar e água e outras estratégias, tudo de acordo com um sistema de automação moderno que seja capaz de fazer os equipamentos se ajustarem à demanda da edificação, mitigando desperdícios. Dessa forma reforço que a automação é a tecnologia mais importante a ser adotada para atingir este grau de net zero, entretanto, deve ser uma automação que possua em seus algoritmos de forma adequada todo o conhecimento de sistemas de AVA-R e como estes devem operar.”

“Qualquer tecnologia de AVAC-R que apresente elevada eficiência energética e baixo impacto ambiental favorece o alcance do conceito nZEB; é algo intrínseco.  Entre essas tecnologias podemos citar em particular as seguintes: recuperação térmica por rodas entálpicas, sistemas de ar exterior dedicados (DOAS), resfriamento radiante, Ddifusão do ar por deslocamento, esquemas de free cooling, recuperação de energia etc. Tais tecnologias encontram-se disponíveis e têm sido adotadas por alguns projetistas, em empreendimentos que buscam alcançar níveis de eficiência energética elevados. Devemos, contudo, observar que, por mais eficiente que seja o sistema de AVAC-R, a energia consumida por este resulta não apenas da eficiência de seus componentes, mas, sobretudo, da carga térmica que lhe é imposta. Dessa forma, para alcançar o grau de nZEB é vital contar com uma envoltória da edificação de alto desempenho, que adote soluções de climatização passiva dos ambientes, iluminação natural etc.”

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Para ser eficiente, cada sistema de tratamento de águas exige um programa específico por Charles Domingues DNTA ABRAVA – Revista ABRAVA + R&C

Antes de falarmos sobre o tratamento de águas precisamos entender sua função no Planeta, assim como reconhecer que a água, apesar de abundante em países como o Brasil, tem como tendência ficar cada vez mais escassa. Para se ter uma ideia, de todo o montante de água doce (rios, lagos, fontes subterrâneas etc.) existente no planeta, em torno 0,77% do total pode ser aproveitado, salientando que a quantidade de água doce disponível não está distribuída de maneira uniforme ao redor do globo. Dito isto, podemos começar a compreender a importância do programa de tratamento de águas para sistemas de AVAC-R.

O que venho observando como consultor e especialista, é que, no Brasil, programas de tratamentos de águas vêm sendo utilizados de maneira genérica, ou seja, um programa pré-definido que já funciona em algum local sendo aplicado em outro. O mercado de tratamento de águas precisa caminhar para programas de tratamento customizados, ou seja, elaborados em função da qualidade da água, estado atual dos equipamentos e obedecendo tendências ambientais, haja vista estarmos em um país com dimensões continentais; assim sendo, o que funcionou ou funciona em um sistema não necessariamente performará em outro.

Por muito tempo o Brasil manteve a cultura de que programas de tratamento de águas para AVAC-R não possuíam uma recomendação específica; com o passar do tempo começamos a trazer ao mercado brasileiro a relação dos programas de tratamento de águas (PTA) e a qualidade de ar interno. Na verdade sistemas de condensação a água necessitam de torres de arrefecimento atuando dentro de especificações estabelecidas em projeto, somente dessa forma os equipamentos como um todo podem desempenhar suas funções. Acontece que as torres de arrefecimento são o contato do sistema de condensação com o ambiente externo e, dessa forma, a elaboração de programas de tratamento passam a ser condição fundamental para o desempenho do sistema de ar-condicionado.  A Portaria nº 3.523/GM, de 28/08/98, Anexo 1- PMOC- Cap 5- alínea “g”, menciona torres de resfriamento e estipula como um dos objetivos do PMOC “Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão’’, o que justifica a relação de programas de tratamento de águas ao PMOC, pois o controle de processos corrosivos, assim como o microbiológico, somente se dará por intermédio de tecnologias utilizadas nos PTAs.

Por ser a água uma substância extremamente importante para a manutenção da vida no planeta, ela faz parte do corpo de todos os organismos vivos, transporta substâncias, garante a realização de diversas reações químicas, além de ser considerada um solvente universal em virtude de sua capacidade de dissolver outros compostos químicos. A água nunca é pura, pois nela estão dissolvidos gases, sólidos e íons. A especificação de um programa de tratamento de águas (PTA) em um sistema de condensação perpassa pelo conhecimento do processo como um todo, desde a qualidade da água de make-up (reposição), características ambientais e de composição do sistema, como exemplo características das torres, tipos de tubulações, metalografia envolvida no processo dentre outros.

Na verdade, produtos químicos são parte integrante de um programa de tratamento de águas. Outros componentes são da mesma forma importantes para o PTA, como o data survey do sistema, conhecimento do make-up, equipamentos de dosagem e formas de monitoramento das características das águas. Acima de tudo, o usuário deve buscar através de um especialista a confecção de um escopo técnico para tratamento de águas específico para o seu sistema.

A resolução 09 Anvisa, de 2003 é bastante clara em seu capitulo V, ao mencionar as fontes poluentes  de ordem biológicas e, nesse caso, menciona na tabela as principais fontes de poluentes biológicos em ambientes interiores e destaca, além de outros, água estagnada nas bandejas de condensado, desumidificadores, umidificadores e, também, as serpentinas de condicionadores de ar. Na mesma tabela menciona que as bandejas necessitam estar limpas através de procedimento de limpeza física, ou manter tratamento para eliminar possíveis fontes poluentes.

A Abrava publicou, em 2019, a Renabrava 08, que trata do  uso de produtos químicos em sistemas de AVAC-R. Nela é possível encontrar recomendações para o uso de tecnologias para a conservação e limpeza de serpentinas e bandejas de condensado. Cabe ressaltar que os produtos de limpeza de serpentina são um subconjunto de uma ampla categoria que inclui todos os agentes de limpeza de superfícies rígidas. Outras tecnologias também são utilizadas para conservação das serpentinas. As principais oferecidas pelo mercado são a luz UV, a fotocatálise e o ozônio.

Cabe ressaltar que a ANVISA é o órgão responsável pela regularização de produtos de limpeza. Destacando que se os fabricantes e comerciantes afirmarem que os seus produtos removem proliferação microbiana, estes deverão, obrigatoriamente, ser registrados como produtos saneantes. Assim, é importante que os prestadores de serviços e comerciantes de produtos para limpeza de serpentinas fiquem atentos a esse requisito (Renabrava 08).

De resto, o tratamento da água de resfriamento pode ser feito com o emprego de diversas técnicas e métodos, sejam eles químicos, físicos ou uma combinação de ambos. A escolha do melhor método deve se basear na sua eficiência, nos efeitos ambientais e na respectiva legislação de controle. Um tratamento químico de água tem o objetivo de manter o funcionamento seguro e contínuo do sistema, tubulações e equipamentos durante o período de funcionamento, bem como, o aumento da sua vida útil. Tais problemas podem ser controlados mediante um programa de tratamento (PTA) adequado, o qual depende das características técnicas do sistema, estudo dos contaminantes externos envolvidos no meio, a qualidade da água de reposição e a classificação ideal para a água de circulação.

O programa de tratamento de águas precisa ser projetado por profissional independente, que elaborará um escopo técnico, ou seja, o projeto para programa de tratamento customizado. É imperativo que o programa de tratamento químico customizado seja elaborado por um especialista, devidamente registrado no conselho da categoria

A Portaria 3523/98 menciona em seu artigo 1°: “Aprovar regulamento técnico contendo medidas básicas referentes aos procedimentos de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades por métodos físicos e manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de climatização para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados.” O mesmo artigo menciona que o estado de integridade de todos os componentes precisa ser checado; sendo assim, é nítido que as torres de arrefecimento, assim como o sistema de condensação como um todo, não podem ficar de fora do PMOC.

Os responsáveis pelo PMOC necessitam ficar atentos a problemas mais comuns que ocorrem nos sistemas de condensação, que em sua maioria são corrosão, incrustações e desenvolvimento microbiológico, e sempre acompanhar de perto o tratador de águas, checando o controle dos mesmos mediante um programa de tratamento adequado, assim como os indicadores de performance dos equipamentos em conformidade com a recomendação dos fabricantes.

 

Charles Domingues, Químico, Graduado em Gestão Ambiental, especialista em águas para AVAC-R, é membro e palestrante do Qualindoor da Abrava, fundador e presidente do Departamento Nacional de Tratamento de Águas (DNTA) da Abrava e consultor na C Domingues Consultoria.

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Setor ofereceu respostas e eficientes para a pandemia – Revista ABRAVA + Refrigeração & Climatização

De conjunto, e mundialmente, o setor do AVAC-R reagiu bem às exigências apresentadas pela sociedade para restringir a infecção provocada pelo Sars-CoV-2. Entidades como a estadunidense ASHRAE ou a europeia RHEVA rapidamente apresentaram suas recomendações para a manutenção das mínimas condições de qualidade do ar de interiores. A Abrava tampouco tardou a oferecer respostas através de seus vários departamentos, como o de Projetistas e Consultores, DNPC, Qualindoor, de Tratamento da Água, entre outros. Foram elaboradas Recomendações Normativas, realizados dezenas de webinários e profícua troca de experiências com todas as entidades nacionais e internacionais. Não foram poucas as empresas brasileiras que engajaram-se no esforço público, oferecendo equipamentos e soluções, caso da Tosi, Multivac Ventilação, Ecoquest e Midea Carrier.

“O mercado respondeu muito rápido ao que foi exigido durante a pandemia. De fabricantes a projetistas, todos se prontificaram a passar conteúdo via web e lives para o melhor entendimento de processos e aplicações dos produtos. Durante o ano notamos uma preocupação no cliente final sobre qualidade do ar. Isso é ótimo pra toda a cadeia do AVAC-R , desde a aceitação de um excelente projeto até o entendimento da manutenção preventiva. Durante esse período a Tosi prestou assistência em produtos, tanto chillers para hospitais, onde o retrofit tinha impedimento pelo tamanho para entrar nas salas já existentes, até os inúmeros produtos como caixa de ventilação com filtragem HEPA, fancoletes hospitalares, entre outros. Na região que estamos, Cabreuva, doamos para as UPAs produtos para renovação do ar nas salas de atendimento e isolamento para infectados pela covid”, diz Patrice Tosi, diretora da empresa.

É meritório todo este esforço do setor. Afinal, o mundo não estava preparado para o enfretamento de um evento com tão grandiosas proporções, em que pese os alertas de especialistas ao longo dos últimos anos.  “Desta forma, o foco e a velocidade de reação foram as principais armas para o enfrentamento. O setor de AVAC-R vem há muitos anos ressaltando a importância da qualidade do ar nos ambientes internos. Mas com esta pandemia global, o impacto do setor na vida das pessoas foi colocado em foco, o que obrigou a todos explorarem, analisarem e proporem soluções que protegessem a vida dos seus usuários. Foi dada uma maior atenção a esta disciplina, fazendo com que estudos fossem aprofundados e ações importantes fossem tomadas para mitigar os riscos em ambientes internos. O resultado será uma maior aderência na utilização de tecnologias e soluções existentes, assim como o surgimento de novas soluções tecnologicas que se somarão aos sistemas para melhorar a performance, a qualidade do ar e aumentar a proteção dos usuários”, acredita Wagner Rafael de Moura, coordenador de conhecimento e relacionamento da Mercato Automação.

A resposta foi tão efetiva que chegou a surpreender veteranos. “Em minha vida profissional de mais de 35 anos eu nunca tinha visto tanta publicação de excelente qualidade sendo produzida em tempo tão curto e sendo disponibilizada gratuitamente. Foi criado o canal Abrava Covid-19 com muita informação importante e elucidativa. Recomendo o acesso ao mesmo para leitura e aprendizado. Por outro lado, mudanças sociais profundas provocadas pela pandemia prometem mudar, a longo prazo, a forma como o consumidor se comporta. A consciência mais latente a respeito dos “perigos invisíveis” impactou diretamente no nível de exigência que os consumidores têm sobre os locais que frequentam. O conceito de limpeza ganhou um sentido mais amplo, incluindo também a atenção à qualidade do ar que respiramos”, afirma Manoel Gameiro, diretor comercial da Ecoquest.

Mudança de percepção

Leonardo Cozac, diretor da Conforlab e diretor de operações e finanças da Abrava, é outro que faz uma avaliação positiva do período. “Eu vi cenários de oportunidades de crescimento do setor AVACR. O aumento da importância da qualidade do ar dentro de ambientes fechados, valoriza sistemas de climatização bem projetados, instalados e mantidos. A renovação de ar passou a ser um item fundamental para os ambientes. Segundo dados da Conforlab, esse é o principal parâmetro com resultados em análises de QAI segundo a Resolução 09 da ANVISA, ou seja, altos valores de CO2. Isso mostra um mar de oportunidades de adequações de sistemas de ar-condicionado em todo o país. Também vi um grande aumento na comercialização de produtos de purificação de ar, como equipamentos portáteis com filtro HEPA, lâmpadas UVC e fotocatálise.”

O balanço da entidade também é favorável, na opinião de Cozac. “A Abrava se posicionou rapidamente alertando para a necessidade do aumento da ventilação dos ambientes. Isso através da publicação de vídeos, de informativos e pela publicação das Renabravas 09 e 10. Destaco ainda a participação fundamental da Abrava na revisão da Nota Técnica 003 da ANVISA sobre o uso de sistemas de climatização. Com a informação correta, temos a expectativa de que os ambientes mais ventilados reduzem o risco de contaminação do vírus pelo ar. Entendo que houve um claro aumento na preocupação em relação ao ar que respiramos dentro de ambientes fechados. Falo por experiência própria, com a elevação da hierarquia na interlocução com nossos clientes. Antes o normal era tratar desse assunto a nível de coordenação e, às vezes, gerência. Hoje há diretores e até mesmo CEOs tratando do tema”, completa Cozac.

Esta mesma percepção é manifestada pelo presidente do Qualindoor da Abrava, Marcelo Munhoz. “Todas as entidades e associações se pronunciaram com o intuito de orientar o setor, vejo que as empresas num modo geral traduziram bem as orientações ofertando novos produtos que se adequassem à nova realidade, bem como instaladores e clientes dando mais atenção à qualidade do ar interno. A Abrava adotou as medidas recomendadas pela maioria das entidades internacionais, além disso mobilizou todo seu staff para orientar de forma massiva todo o setor. Sem dúvidas há uma nova percepção, muitas empresas e pessoas não davam valor ao QAI, julgavam supérfluo e apenas mais um custo desnecessário aos edifícios; além disso, a sociedade como um todo que era leiga começou a se interessar mais pelo tema. Muitos não compreendiam os riscos de usar um ar-condicionado sem manutenção ou sem renovação de ar adequada.”

Também Carlos Raimo, gerente de engenharia de aplicação da Trox, considera ter havido uma mudança de percepção dos usuários em relação à qualidade do ar interno. “Principalmente quando falamos de renovação de ar, estamos mais preocupados com a qualidade e quantidade de ar novo nos ambientes”. A empresa ofereceu no período diversas soluções, como caixas de exaustão e ventilação com filtragem, além de disponibilizar todo o corpo técnico para ajudar clientes a encontrar a melhor solução em função de instalações existentes.

“Acredito que sem um profundo conhecimento do que estávamos enfrentando, e trabalhando de forma isolada, jamais conseguiríamos fornecer soluções eficientes e seguras. Frente a isso vimos vários profissionais de diversas empresas compartilhando seu conhecimento em eventos online além das numerosas palestras organizadas pela Abrava que nos traziam informação de especialistas de referência em seus setores de atuação. Essa troca de conhecimento e sinergia entre fabricantes, projetistas, integradores e instaladores resultou em soluções muito mais abrangentes e eficazes para os ambientes”, diz Moura.

O coordenador da Mercato entende que através da evolução de processos e tecnologias foi possível acelerar a reocupação de alguns ambientes de forma mais segura. “Desta forma, contribuir para que outros setores também pudessem voltar a produzir e se aproximar de um estado de normalidade. Diante de uma crise global em que o sistema de ar-condicionado poderia ser o grande vilão, foi através dele que se pode tratar ambientes com soluções de maior filtragem, aumento da renovação de ar e de purificação ativa do ar, por exemplo.”

Soluções e tecnologias

A ameaça provocou, também, uma corrida em direção às soluções para combater a infecção pelo novo coronavírus. “Para que o vírus chegue e seja transmitido dentro de uma edificação, é preciso que um usuário infectado o traga. Desta forma, precisamos inicialmente mitigar este primeiro risco; fornecemos sistema de CFTV (circuito fechado de tv) dotado de análise térmica e analíticos que detectam pessoas sem máscara ou que não estejam respeitando o distanciamento estipulado. Uma vez que essa barreira tenha sido vencida, dentro do ambiente oferecemos o uso de sistema de purificação do ar ativa (PHI), sensores de CO2, VOCs, temperatura, umidade, trabalhando em conjunto com o sistema de automação para promover o controle da renovação e exaustão de ar, quando necessário, de forma a preservar a eficiência energética. Tudo isso gerenciado por um sistema supervisório que através dos seus analíticos irá fornecer informações imprescindíveis para análise e tomada de decisão segura e eficaz”, afirma Moura da Mercato.

Já a Ecoquest, segundo Manoel Gameiro, oferece tecnologias ativas como a IRC (Ionização Radiante Calalítica) que consiste na produção de oxidantes naturais baseados em oxigênio e hidrogênio, sendo o principal deles o Peróxido de Hidrogênio (H2O2). “Este gás natural e inócuo é produzido através de células fotocatalíticas instaladas nos dutos de ar-condicionado ou através de equipamentos portáteis instalados nos ambientes e, se bem dimensionado, pode ser uma excelente arma para aumentar a segurança microbiológica do sistema de ar condicionado contra o Sars-CoV-2, pois iremos atuar no local aonde ocorre o maior risco de contaminação, uma vez que as pessoas são a fonte geradora do problema.”

Outros produtos oferecidos pela Ecoquest são: Solução Aerus Medical Guardian, para descontaminação de ambientes de saúde; lâmpadas UV-C germicidas para a superfície das serpentinas visando a eliminação do biofilme; descontaminação por meio do ozônio em ambiente não ocupado; sensores de medição da qualidade interna do ar que incluem medição de particulados, TCOV, CO2 , umidade entre outras. A empresa protagonizou algumas iniciativas sociais no período. Em abril doou 3 mil máscaras N95 para a Santa Casa de São Paulo com a intermediação da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

“Destaco as análises da qualidade do a interno como principal serviço prestado, podendo ser feita com amostrais laboratoriais, conforme Resolução 09 da ANVISA ou com sistema de monitoramento online, em tempo real. Ainda, ampliamos muito os testes de eficiência de equipamentos de purificação de ar. Muitos novos produtos chegaram ao mercado necessitando de validação antes de sua comercialização”, esclarece Cozac da Conforlab.

No período a Conforlab doou o serviço de análises da qualidade do ar para hospitais de campanha, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. “Garantir um ambiente com ar bem ventilado é fundamental para redução de riscos de contaminação”, conclui Cozac.

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“Ar-condicionado: mocinho ou vilão do verão? HotelierNews com participação do Eng° Leonardo Cozac

A estação mais aguardada pelos brasileiros chegou trazendo consigo suas tradicionais altas temperaturas. Independente de sua localização, um bom sistema de ar-condicionado é parte básica da infraestrutura de qualquer hotel. Entretanto, este é um verão atípico, o primeiro de pandemia e o uso do equipamento ainda gera dúvidas quanto ao seu impacto na disseminação do coronavírus.
Em abril, o Hotelier News publicou uma matéria sobre como adaptar o uso do aparelho ao novo normal sem correr o risco de novas contaminações e, ao mesmo tempo, manter o conforto dos hóspedes. Com a chegada do verão e o aumento da utilização do ar condicionado, é importante relembrar seus benefícios e malefícios.

Em contato com Leonardo Cozac, Diretor da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) para abordar o tema. Ao contrário do que se imaginava no início da pandemia, o equipamento tem o poder de atuar muito mais como aliado do que inimigo. “O ar condicionado sempre foi muito adquirido no Brasil devido às altas temperaturas e proporcionarem conforto térmico. Já era sabido antes que além disso, ele oferece uma boa qualidade do ar e isso ficou evidente com a pandemia”, destaca.

De acordo com a entidade, uma pessoa respira cerca de 10 mil litros de ar diariamente, o que reforça os motivos de recomendação da instalação e uso do aparelho. “Existe esse inimigo invisível que é transmitido pelo ar. Em um ambiente fechado, como diz a OMS, aumenta a chance de contaminação. Esse é o ponto. O ar concentrado é perigoso, então é necessário ventilação, seja natural ou não”, explica Cozac.

No caso da hotelaria, nem todos os empreendimentos foram projetados com ventilação natural e dependem quase que inteiramente do sistema de ar condicionado. Seguindo a linha de raciocínio, a Abrava afirma que o aparelho tem muito mais a contribuir ligado do que desligado, mas cuidados são necessários.

Ar-condicionado: cuidados básicos
Cozac, que participa de comitês e já deu consultorias para empreendimentos hoteleiros, afirma que alguns pontos precisam ser levados em consideração. Segundo o profissional, construções antigas podem encontrar maiores dificuldades de instalação e manutenção dos equipamentos, mas o mercado em linhas gerais, conhece e segue as medidas da Lei do Ar-Condicionado, em vigor desde 2018.

“Como todo equipamento, é necessário fazer uma boa manutenção, como um carro. Se bem cuidado, trará segurança e uma boa renovação do ar. Se o filtro está sujo, aquela sujeira ficará retida e contaminará o ambiente”.

Para isso, a troca do filtro, limpeza do aparelho, maquinário e dutos devem ser feitas mensalmente. Vale ressaltar que a instalação e manutenção devem ser realizadas dentro das recomendações.

O profissional ainda desmistifica a ideia de que o ar de um apartamento vai para o quarto vizinho, aumentando o risco de contaminação. “O correto são os quartos possuírem equipamentos individuais e dali, o ar vai para a rua e não para o corredor ou outros apartamentos. O hóspede está protegido dentro da sua célula”.

Cozac ainda lembra que atualmente existem tecnologias que ajudam a aumentar a qualidade do ar dos aparelhos. “Com a crise, novas soluções apareceram para ajudar a elevar a qualidade daquele ar, como o ozônio, lâmpadas UV, entre outras, que estão sendo amplamente adotadas pelos hotéis”.

 

Confira a matéria direto no portal do HotelierNews ACESSE

Manutenção do ar-condicionado durante a pandemia e no retorno às atividades econômicas na Record News com participação do Eng. Arnaldo Parra

O Diretor de Relações Institucionais da ABRAVA o Eng. Arnaldo Parra é fonte para Record News em matéria a respeito da importância da manutenção do ar-condicionado durante a pandemia e no retorno às atividades econômicas. Além do ar-condicionado de ambiente, na entrevista é citado também os cuidados com o ar-condicionado dos transportes.

 

Confira a matéria AQUI 

Manutenção do ar-condicionado comercial ganha mais relevância – Eng° Arnaldo Parra é fonte para o Agora.Folha

Eng° Arnaldo Parra, diretor de relações institucionais da ABRAVA participa de matéria esclarecedora a respeito da importância da manutenção do ar-condicionado .

Manutenção do ar-condicionado comercial ganha mais relevância

A pandemia do novo coronavírus forçou o isolamento social e levou empresas a colocar seus profissionais em trabalho remoto, também chamado de home office. Com isso, prédios comerciais foram esvaziados. Agora, com a flexibilização, muitos funcionários estão voltando aos seus postos originais.

Como os sistemas de ar-condicionado ficaram desativados neste período, a volta deve ser acompanhada de revisão nos equipamentos antes de eles serem religados, sob risco de expor os funcionários a infecções bacterianas, segundo alerta a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento).

A umidade com o ar parado propicia a criação de fungos e bactérias. Essa situação faz proliferar o mofo não só em móveis mas também nos equipamentos de ar-condicionado. E isso vem acontecendo em muitas empresas que ficaram fechadas por dois, três meses. É o mesmo que acontece em casas de praia fechadas durante longos períodos. A diferença é que sistemas de ar-condicionado parados por longos períodos podem expor os funcionários até a infecções bacterianas, que, apesar de muitos não saberem, são tão letais quanto a Covid-19, afirma o engenheiro Arnaldo Parra diretor de relações institucionais da Abrava.

Apesar de privilegiar a ventilação natural, a OMS (Organização Mundial de Saúde) não veta o uso do ar-condicionado. Pelo contrário. Segundo trecho de nota emitida pela OMS, se a manutenção estiver em dia, o ar-condicionado pode ser até um aliado. ?Um sistema bem mantido e operado pode reduzir a propagação de Covid-19 em espaços internos, aumentando a taxa de troca de ar, reduzindo a recirculação de ar e aumentando o uso do ar externo.

Diferentemente dos equipamentos de uso residencial, em que o morador define quando fará a manutenção, o ar-condicionado voltado ao uso comercial deve ser constantemente verificado. É obrigatória por lei. ?A implantação do sistema de ar-condicionado (e climatização em geral) no âmbito comercial difere bastante do residencial e varia muito de acordo com ao que se destina este ambiente e o porte, afirma o professor Rudolf Bühler, do departamento de Engenharia Elétrica da FEI (Fundação Educacional Inaciana).

Segundo Bühler, no ambiente comercial, as seguintes características devem ser observadas: temperatura, umidade, movimentação, renovação e qualidade do ar. ?Em alguns casos, controla-se também a pressão interna do ambiente, característica que não é necessariamente controladas no ambiente residencial.

AR-CONDICIONADO EM AMBIENTE COMERCIAL
Leis e normas

Todo condomínio comercial é obrigado a manter atualizado o PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle)
Esse documento leva em conta características tais como dimensão do espaço a ser climatizado, carga elétrica disponível e uso, bem como deve ser a manutenção

Todo projeto é igual?

Não. Como um prédio comercial pode ter vários usos diferentes, pode exigir climatizações personalizadas em cada um dos andares ou mesmo em cada um dos seus setores
Deve ser levado em consideração o tipo de material a ser usado em cada ambiente, tais como paredes, isolamento térmico, entre outros, que podem ser diferentes numa clínica médica ou num escritório comum
Sinais de problema

Sujeira

Se o equipamento estiver com sujeira impregnada ou fiapos apareceram de dentro para fora, pode ter funcionamento alterado
Ruídos e vibrações em aparelhos novos

Se o ar-condicionado for novo ou seminovo, ruído ou vibrações demonstram irregularidade
Em equipamentos antigos, não significa necessariamente um problema, mas sim pode estar relacionado a desgaste de rolamentos e outros componentes
Desconforto

Se o ar-condicionado é novo e não está atingindo a temperatura desejada, procure um técnico

Como garantir a qualidade do ar

Todo sistema deve, obrigatoriamente, levar em conta quatro funções para manter o ar limpo e saudável:

Renovação do ar: garante a ventilação e circulação do ar e evita a concentração de poluentes
Filtragem: retém partículas e microgotículas
Controle de temperatura e umidade: ajuda a inibir a proliferação de organismos
Monitoramento: avalia o nível de CO2 (dióxido de carbono) no ambiente

Como é feita a manutenção

Limpeza ou troca mensal de filtro
Retirada de água acumulada nas bandejas
Eliminar acúmulo de resíduos nos sifões, serpentinas, ventiladores e dutos de distribuição de ar
Limpeza dos equipamentos usando produtos químicos conforme norma da Anvisa
Verificar as análises da qualidade do ar interno
Em condomínios que usam ar-condicionado central, manter as salas de máquinas limpas e com restrição de acesso. As salas devem conter apenas os equipamentos de ar-condicionado

Fontes: Rudolf Theoderich Bühler, do departamento de Engenharia Elétrica da FEI, Arnaldo Parra diretor de relações institucionais da Abrava ( Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

 

Confira direto no site da Folha AQUI 

 

Uso do ar-condicionado promete pesar no bolso dos brasileiros nesse verão – Jornal Nacional TV Globo com Matheus Leme Presidente DN Fabricantes ABRAVA

Confira a matéria “Uso do ar-condicionado promete pesar no bolso dos brasileiros nesse verão” – Jornal Nacional TV Globo que contou com a participação de Matheus Leme Presidente DN Fabricantes ABRAVA

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ABRAVA participa da formatura do SENAI Oscar Rodrigues Alves

No dia 17 de dezembro aconteceu a formatura online da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves da turma de 2020.

O Presidente Executivo da ABRAVA o Eng° Arnaldo Basilie, participou da mesa-diretora junto ao diretor da Escola o Prof. Eduardo Macedo.

O Presidente do Conselho de Administração da ABRAVA Pedro Evangelinos deixou sua mensagem virtual parabenizandos todos os formandos.

Ainda como mensagens de parabéns aos alunos,  o Presidente da FIESP Paulo Skaf também fez suas considerações virtualmente.

A ABRAVA parabeniza todos os formandos, assim como os docentes e demais colaboradores da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves.