ABRAVA marca presença na MOP 35, reunião do Protocolo de Montreal, com a participação do Thiago Pietrobon faz parte da delegação Brasil

A Reunião anual das Partes do Protocolo de Montreal – o tratado que salvou a camada de ozônio e que agora protege também o clima – acontece entre os dias 23 e 27 de outubro de 2023, na sede do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), em Nairobi, no Quênia. O presidente do Departamento Nacional de Meio Ambiente da ABRAVA, Thiago Pietrobon faz parte da delegação do Brasil, e está acompanhando as discussões e o que acontece nos bastidores deste evento global.

A MOP 35 foi precedida do workshop sobre tecnologias energeticamente eficientes e de baixo ou zero potencial de aquecimento global, que aconteceu no domingo, dia 22 de outubro de 2023. Entre os assuntos debatidos, os relatórios do TEAP (xxx) a respeito dos benefícios da melhoria da eficiência energética em aparelhos de refrigeração, disponibilidade de modelos de máxima eficiência, necessidades de testes e validação energética, desempenho energético de espumas, barreiras à adoção de produtos de alta eficiência energética e a relação entre refrigerantes ecológicos e desempenho energético.

O objetivo da trigésima quinta reunião das Partes (MOP 35) é analisar e tomar decisões sobre uma série de questões, incluindo questões financeiras, injeção de aerossóis estratosféricos, e como lidar com substâncias de vida curta.

De acordo com Thiago Pietrobon “Esperamos que a MOP35 seja a continuidade do ritmo mais intenso dos trabalhos pós-pandemia, onde os diplomatas do tratado deverão definir o pacote de financiamento para o Fundo Multilateral (FML), o fundo de implementação do tratado, para os anos 2024-2026, que impactará diretamente a implementação da Emenda Kigali. É um momento importante, especialmente porque o Brasil entrará, com seus pedidos de apoio à implementação da etapa III do PBH (Programa Brasileiro de Eliminação de HCFC) e do diagnóstico para implementação do KIP (Implementação da Emenda de Kigali para redução de HFCs)”.

A ABRAVA, principal entidade representativa do setor AVAC-R, tem se posicionado proativamente, junto à representação nacional na MOP35, no acompanhamento das decisões globais que impactarão o mercado nacional, colocando-se tecnicamente como suporte na análise e interpretação dos temas em debate.

Na pauta há, pela primeira vez, o reconhecimento da necessidade de alocar fundos para melhorar a eficiência energética e, ao mesmo tempo, eliminar gradualmente os HFC, uma enorme oportunidade para reduzir o uso de energia de aparelhos de ar-condicionado, bombas de calor e sistemas de refrigeração que ainda serão instalados. A ideia básica defendida é que o Fundo apoie projetos onde os fabricantes possam melhorar os componentes relacionados com a energia dos seus aparelhos de refrigeração e ar-condicionado, ao mesmo tempo que fazem as alterações necessárias para a conversão para novos refrigerantes ecológicos.

Ainda sobre financiamento, foi debatido sobre como o Fundo pode ajudar a melhorar a gestão do ciclo de vida dos refrigerantes nos países em desenvolvimento, começando com foco no descarte adequado no final da vida útil de equipamentos obsoletos e dos próprios fluidos. Destaque também para continuidade das discussões sobre medidas para travar o comércio ilegal de HFC, incentivando a partilha generalizada de informações sobre aplicação da legislação, a adoção de melhores práticas na aplicação da legislação aduaneira.

Discussões políticas sobre o combate ao dumping ambiental voltaram este ano, após as denúncias de transferência de equipamentos com desempenho energético abaixo dos MEPS do país exportador (sigla em inglês para Padrões mínimos de eficiência energética) à países do Sudeste Asiático e África, onde a definição de eficiência ainda não estaria prevista em legislação local. E o início do debate sobre reclassificação dos países em desenvolvimento, com direito à captação de recursos do Fundo, deve tomar boa parte do tempo do debate.

Diariamente o MOP35 tem uma pauta colocada em discussão, os países podem pedir a palavra para contribuir com suas posições e, se não houver consenso, é criado um “grupo de contato” para aprofundar a decisão e chegar a um texto de consenso dos interessados.

A dinâmica de trabalho em Nairobi é intensa. Quase em tempo real, todos os documentos, apresentações e decisões da plenária são incluídos neste link https://ozone.unep.org/meetings/thirty-fifth-meeting-parties/contact-groups.

De acordo com Thiago, “É evidente que a agenda política influencia os posicionamentos. Até o momento não houve nenhuma decisão tomada que influencie diretamente o Brasil. Para todos os temas, tivemos a criação de grupos de contatos. Algumas discussões estão longe de fechar uma decisão, como a injeção de aerossóis na estratosfera, controle do diclorometano (cloreto de metileno) e do HFC-23. Outras associadas a implementação da Emenda de Kigali precisam ser fechadas nesta reunião. Mas não há nada que impacte o Brasil, neste quesito. Pautas mais técnicas como usos remanescentes estratégicos, brometo de metila, e pautas mais administrativas, avançam sem grandes novidades”.

Mudança da linha de base decorrente do COVID19 tende a ser definido caso a caso. Mas o assunto só será fechado na plenária. Independente disso, o Brasil não se posicionou de forma a exigir reavaliação. As regras para evitar dumping estão em construção também, mas com poucas chances de se fechar o assunto nesta MOP. Assim como um alinhamento mais claro sobre como será trabalhado este alinhamento entre baixo GWP e alta eficiência energética. Foi solicitado que o assunto seja aprofundado sob o ponto de vista tecnológico e de disponibilidade da tecnologia, pelos painéis científicos. Outro assunto que demandará avaliação global pelos painéis científicos é o gerenciamento do ciclo de vida dos fluidos refrigerantes. Foi solicitado um estudo global sobre tecnologias, processos, leis, normas e demais aspectos para embasar o fortalecimento desta área.

Caminhando para o encerramento do evento, as primeiras definições da MOP35 serão levadas à plenária para votação. A delegação brasileira, formada pela diplomacia, MMA e IBAMA, está focada nos ajustes de definições que não conflitem com nossa legislação, especialmente na forma de repasse de recursos. Há alguns repasses do fundo que o Brasil não pode acessar ou não pode aplicar, pelo entendimento da CGU. Por isso, uma mudança de definição ou termo, permite um melhor aproveitamento.

Na área de eficiência energética, soluções integradas e gerenciamento ganharam mais relevância que soluções isoladas. E a atenção ao final da vida dos equipamentos contendo gás refrigerante e o gerenciamento dos “bancos” de gases já em eliminação mostra para onde a fiscalização deverá evoluir.

A partir de 5f, 26 de outubro, além da conclusão dos temas da pauta, teremos apresentações dos painéis científicos e continuidade dos debates nos grupos de contato. O que vimos até agora, que interessa ao Brasil, é uma clara preocupação na transparência, compliance e registro de dados dos projetos que virão a ser apoiados.

Total Cost of Ownership: Ferramenta é pouco utilizada no Brasil – confira a matéria que conta com a participação de empresários do setor AVACR – Revista ABRAVA – Refrigeração e Climatização

mbora sendo uma ferramenta crucial a ser utilizada quando da aquisição de sistemas de AVACR, o TCO, ou Custo Total de Propriedade, ainda tem seu uso limitado

O Custo Total de Propriedade, TCO (Total Cost of Ownership, do inglês) é uma ferramenta pouco utilizada na gestão de negócios no Brasil. As razões são várias, assim como o entendimento sobre os seus alcances. Para falar a respeito, convidamos alguns líderes empresariais: Pedro Evangelinos, Samoel Vieira de Souza, Jovelino Vanzin, Arnaldo Basile, Luiz Moura, Celso Simões Alexandre, Renato Cesquini, Diogo Prado e Rogério Marson Rodrigues.

Diferença entre preço e custo

Pedro Evangelinos é presidente do Conselho de Administração da Abrava, presidente do Sindratar-SP e do Conselho Acadêmico da Escola Senai Oscar Rodrigues Alves e CEO da RAC Brasil

O TCO é a expressão da grande diferença entre preço e custo.  Preço é aquilo que você paga no momento inicial e custo é aquilo que o sistema carrega durante a sua vida operacional. Então, estando certo o conceito, na minha percepção quem deve alertar o cliente sobre isso é o fornecedor, que possui as informações necessária para a tomada de decisão.

Tomando por base a análise energética de uma instalação de refrigeração, em publicação da UNEP (United Nations Environment Programme ), verificamos que os gastos com energia significam 75% do custo total de uma instalação ao longo da sua vida útil. O restante, divide-se em custos de manutenção (10%) e custos de aquisição (15%), ou o preço.

Ou seja, o comprador, muitas vezes, economiza nos 15% e gasta nos 75%. Em 80% das vendas na área de refrigeração, o investidor se preocupa basicamente com quanto vai investir no ato da aquisição.  Então, falando em algo ao redor de 500 mil reais, ele pensa: “se eu economizar 100 mil reais aqui, ou 20% do meu investimento, eu estou fazendo um preço melhor.”  Sem dúvida, ele está fazendo um preço melhor.  Só que o custo final é muito maior.  Por quê? Porque o consumo de energia elétrica representa 5 vezes, em 10 anos, esse preço de 400 mil reais, ou 2 milhões de reais.

Por que esse é o raciocínio predominante no Brasil?  Esse raciocínio está muito ligado ao custo de capital, ou melhor, do financiamento.  Nos países onde vigoram linhas de financiamento de 3, 5, 8 ou10 anos, o empresário, está habituado a fazer uma análise de custo no período de vida do sistema. No Brasil, as empresas que têm condição de captar recursos com esse prazo, são as empresas de grande porte.  Fazendo um retrato do estado de São Paulo, constataremos a existência de 150 mil indústrias, segundo a Fiesp.  Dessas 150 mil indústrias, 6% são de porte grande.  Então, nós estamos falando de 9 mil indústrias.  4% ou 5%, no máximo, seria lucro presumido, com faturamento de até 80 milhões de reais.  Os restantes 89%, são empresas de pequeno porte, com faturamento abaixo de 8 milhões.  Essas empresas, que representam 90% do mercado, não têm acesso a esse tipo de linha de crédito que permite visualizar a diferença entre preço e custo.

Fazendo uma comparação entre um compressor hermético a pistão e um compressor semi-hermético a pistão, percebemos uma diferença significativa entre eles em relação ao COP. Essa diferença do COP, que é o ganho de eficiência energética, permite mensurar a economia de energia ao longo da vida do sistema.  Para potências entre 5 e 8 HP, na baixa temperatura, o ganho pode chegar a 12%. Mas, a depender da potência ou aplicação, ele pode chegar a 25%. No primeiro exemplo, com um ganho de 12%, há uma economia de R$ 2.600,00 ao ano.  Em equipamentos maiores, cuja economia de energia pode chegar a15%,  a economia pode ser de R$ 13.000,00 por ano. São ganhos significativos.

É óbvio que empresas de menor porte não têm condição de caixa, muitas vezes, de suportarem um orçamento 20% mais caro no preço, mas que, em termos de custo, se pagam em menos de dois anos.  Pensando nisso, nós abrimos a oportunidade,
para empresas que têm o cartão BNDES, adquirirem um sistema que custaria R$ 51.000,00 à vista ser pago em quatro anos, ou R$ 71.000,00 no total.  Então, ele pagaria praticamente R$ 20.000,00 a mais.  Com uma economia de R$ 10.000,00, ou R$ 13.000,00, por ano, em quatro anos ele fez uma economia que seguramente paga todo o financiamento e metade do investimento.

Aparentemente, uma solução fácil, mas, aí começam os problemas. O cartão BNDES é um cartão que requer da empresa que tenha em ordem o recolhimento dos seus tributos e contribuições federais.  Isso quer dizer que é necessário emitir uma certidão negativa pelo computador, acessando o site da Receita e da Previdência.  Há um ano e meio, pelo último dado que possuo, 84% das empresas que tentam emitir essa certidão através da internet não conseguem.  Elas têm alguma pendência junto à Receita, inviabilizando a utilização do cartão.

Desses 84%, a Receita diz que 6% são problemas de caráter administrativo, como erros no preenchimento do código de DARF.  O que a empresa consegue resolver rapidamente, em menos de 30 dias.  Mas, os 78% restantes têm débitos. Portanto, em relação à refrigeração, isso explica a razão de não se utilizar esse conceito de custo total de um investimento, mas somente o preço de compra do equipamento. Por que eu digo que é importante a quem vende passar esta informação?  Porque é quem detém o conhecimento e pode abrir a porta das empresas para esse tipo de financiamento.

Em relação aos sistemas de ar-condicionado, eu não tenho muita informação. Trata-se de obras de milhões de reais.  Não estou falando de instalação de split, estou falando de instalações de centrais de água gelada.  Estas obras, com certeza, quem faz a venda deve carregar esta informação junto.  É o que imagino. Na decisão sobre esses grandes investimentos, pode pesar o papel do projetista, convencendo o contratante a investir um pouco mais no preço da instalação para ganhar depois, ao longo da vida útil da instalação.

O interessante é uma taxa de juros no Brasil compatível com retornos de investimento.  Onde seja possível mostrar ao cliente que o mais importante é o custo da operação do sistema durante a sua vida útil. Volto a dizer, num sistema de refrigeração de meio milhão de reais, um desconto no preço de aquisição de 20% representa R$ 100.000,00.  Já o consumo de energia elétrica representa R$ 2 milhões nesse período de dez anos de vida útil.

Uma boa análise do TCO pode ser um diferencial competitivo

Samoel Vieira de Souza é diretor da CACR Engenharia e diretor de relações internacionais da Abrava

Os benefícios de uma boa análise do custo total de propriedade são muitos e, considerando que os sistemas de AVACR são “Bens duráveis”, essa análise se torna imprescindível para um investimento correto. Ao aplicarmos esse conceito iremos comprovar que o custo de aquisição é apenas um dos fatores do custo total ao longo da vida do sistema; a utilização do TCO irá abrir os horizontes para encontrarmos os outros custos envolvidos e chegarmos a uma avaliação correta.

Os sistemas AVACR estão sendo cada vez mais compreendidos como fundamentais e como investimentos de longo prazo, mas, a meu ver, ainda temos duas situações diferentes: uma é quando estamos tratando com o proprietário e a outra é quando o sistema está incluído em um pacote administrado por um terceiro. No primeiro caso existe essa preocupação com o ciclo de vida e consequentemente com o TCO, no segundo caso, nem tanto, porém entendo que estamos evoluindo na direção certa.

Como nossa empresa está focada nos setores farmacêutico, têxtil e automotivo, nos quais nossos sistemas fazem parte do processo, sentimos que todos eles tendem a valorizar a análise do TCO e não incluir o AVACR em pacotes terceirizados; estão muito focados na análise do custo total de propriedade até como um diferencial de mercado. É claro que isto não representa 100% dos casos, mas é a maioria. Esta preocupação por parte de nossos clientes tem nos permitido trabalhar bem esse princípio.

Quando os sistemas estão inclusos num pacote e serão fornecidos por um terceiro, a preocupação com o custo de aquisição se torna principal e, por mais que o proprietário tenha se preocupado em especificar e exigir o cumprimento de normas e da própria especificação, haverá sempre uma busca pela redução do custo que está aparente e o foco em reduzir o valor de aquisição leva a uma avaliação não muito precisa e às vezes errada dos custos totais da propriedade ao longo de todo o seu ciclo de vida.

A análise do TCO surgiu nos anos 80 quando várias empresas passaram a se preocupar com o valor de aquisição versus o ciclo de vida do bem adquirido. Surgiu nas áreas de grandes escritórios, mas logo se espalhou para as mais diversas aplicações, até para aquisição de trens e vagões de carga.

Desde então existem métodos desenvolvidos para facilitar a aplicação desse conceito principalmente durante o processo de aquisição, mas se aplica a toda rotina de compra; são métricas de um negócio que permite mensurar o impacto de um investimento. A aplicação depende de um conhecimento profundo do investimento para que se possa categorizar as partes do custo e usá-las como base para estabelecer comparações que possam realçar os prós e contras. Procura-se com esse método demonstrar todos os custos envolvidos, alguns dos quais estão muitas vezes ocultos, mas eles são fundamentais ao longo do ciclo de vida do produto ou do sistema.

No nosso setor, na área industrial, uma boa análise de TCO pode se tornar um diferencial competitivo. A aquisição de um sistema mais robusto, de alta eficiência, que ofereça facilidade de acesso para a manutenção, com um sistema de controle que permita antecipar eventuais falhas etc. terá um custo de aquisição maior do que outro que não ofereça essas condições. Porém, essa aparente vantagem do custo inicial menor acabará sendo totalmente anulada pela fragilidade do equipamento mais barato que trará consigo diversas fragilidades, como vazamentos de ar, de fluidos e outras perdas e falhas de componentes que precisarão ser repostos. Trará também maior custo de energia, maior tempo gasto com manutenção e, principalmente, maior risco de uma quebra com parada da produção e do faturamento.

Na área do conforto o problema é o mesmo, pois os sistemas estão sujeitos a essas mesmas considerações e, no lugar da produção, entra a satisfação do cliente, que é um dos custos ocultos que precisa ser considerado na análise do TCO, pois uma falha prolongada pode causar a perda de diversos clientes.

Considerando os comentários até aqui, eu diria que o impacto mais relevante está na confiabilidade que um sistema adquirido com os critérios de TCO traz ao proprietário, seja ele uma indústria ou um comércio. Os sistemas de ar-condicionado não podem falhar e um sistema de refrigeração menos ainda, uma falha pode representar perdas inestimáveis e é nosso dever esclarecer e apresentar soluções que realmente garantam essa confiabilidade para nossos clientes, sendo a análise TCO uma ferramenta fundamental para esse esclarecimento.

Melhor custo-benefício para a propriedade

Jovelino Vanzin é CEO da FAM e diretor de relações governamentais da Abrava

É muito importante para o cliente saber escolher o tipo de sistema e comparar os diferentes fabricantes e instaladores destes sistemas, avaliando qual é o sistema mais durável, o que dá menor manutenção e menor consumo de energia (eficiência energética), com uma vida útil mais elevada, entendendo quais os fabricantes têm o melhor custo total, considerando estes aspectos e não apenas o custo inicial do produto entregue instalado.

Porém, cumpre observar que se para o usuário final é algo relevante, para o intermediário é indiferente, a menos que o cliente final tenha esta questão em mente e, quando contrata e fiscaliza o que a construtora ou o instalador irá utilizar, estabelecendo formas de precificar tudo isso, agregando valor para os produtos e a solução que seja a mais vantajosa e que deveria ser calculada pelo Total Cost Owernership.

O mais interessante para o proprietário, do ponto de vista de favorecer produtos de maior qualidade e eficiência, depende do balanço entre os custos iniciais, das peças e serviços e a análise econômica completa. Um equipamento com custos muito elevados de peças, mas que dê menor manutenção, pode acabar tendo o custo equivalente ao de um produto com maior necessidade de manutenção, mas com peças mais baratas.  Ou, um produto que seja barato, mas a disponibilidade de peças seja incerta, pode acabar ficando obsoleto antes do prazo oferecido por outros fabricantes que tenham um suprimento confiável. E isso pode ser utilizado como um custo de renovação do sistema antecipado, que será necessário e inevitável.

De toda forma, se o cliente tiver o know-how para colocar todos os custos na sua planilha, ele vai ter o custo final do sistema num determinado prazo e, a partir disso, poderá comparar qual sistema ou produto será mais vantajoso. A entrega da propriedade com todas as instalações necessárias para sua habitação e utilização é, também, adição de mais valia à propriedade, isto é, acrescenta mais valor sem ter que preocupar o proprietário a acrescentar custos e obras auxiliares para complemento das suas instalações.

No Brasil, o TCO é muito pouco utilizado ou até desconhecido, geralmente. Em geral, a dificuldade está na obtenção de dados confiáveis de custos de manutenção e durabilidade dos equipamentos.

Outro problema é a confiabilidade dos dados de eficiência energética, que podem, no papel, mostrar um resultado excelente, mas que na prática, se mostre algo apenas teórico,  que não combina com a realidade. Assim, a tomada de decisões sobre o preço inicial do sistema instalado é simples. É uma comparação direta que pode gerar consequências.

Já a tomada da decisão pelo TCO é algo mais complexo, porque depende de informações que nem sempre são 100% confiáveis e podem gerar distorções. O construtor tem diversas etapas a cumprir, começando com a aquisição do terreno, elaboração dos projetos de arquitetura, estrutura, instalações (incluindo AVACR), licenciamentos, aprovação nos órgãos públicos competentes, a construção nas suas diversas etapas e o cumprimento dos prazos parciais e de entrega total da obra, com o gerenciamento do fluxo de caixa, custos financeiro, juros e toda a engenharia econômica que qualquer empreendimento exige.

O TCO deve ser analisado por um especialista ou consultor, com conhecimento profundo dos sistemas e produtos dos fabricantes e das marcas do AVACR existentes no seu mercado. O que envolve os custos: inicial dos equipamentos, automação, controles e acessórios fornecidos pelo fabricante; de instalação e manutenção preventiva; do consumo de energia elétrica e de água; de treinamento para operação e manutenção; de engenharia e assistência do fabricante; com trocas de peças e manutenção preditiva. Também deve ser levada em conta a durabilidade, ou vida útil dos equipamentos, disponibilidade de peças e de mão de obra qualificada, além de custos relacionados ao risco de indisponibilidade de peças e paralisação do sistema.

A aplicação dos critérios do TCO significa optar pelo melhor custo-benefício para a propriedade.

Mensurar o TCO é imprescindível para a melhor tomada de decisão

Arnaldo Basile é presidente executivo da Abrava

O custo total de propriedade (do inglês Total Cost of Ownership – TCO), é uma métrica que quantifica o investimento na aquisição, manutenção e operação de um determinado ativo durante sua vida útil esperada. Procura alinhar os melhores conceitos da aplicação da engenharia às condições econômico-financeiras na gestão dos ativos de um investimento. Embora existam muitos métodos que facilitam o cálculo com maior ou menor precisão, o TCO não é uma ciência exata.

Nem sempre a mensuração dos gastos iniciais são a maior dificuldade. Estimar os custos e as despesas operacionais são sempre mais desafiadores, porque geralmente tendem a crescer no longo prazo, gerando despesas de difícil previsão. É um fator tão relevante, que até as facilities manager (FM) têm adotado a tecnologia BIM para melhorar o nível da gestão dos ativos sob contrato.

É importante considerar todos os fatores possíveis para melhor quantificar o investimento total, que basicamente se identifica com os: custos de aquisição, usualmente identificado como CAPEX (capital expenditure); e custos e despesas operacionais (mão de obra, manutenção, insumos, paradas inesperadas etc.) inseridos no OPEX (operational expenditure);

Mas há outros parâmetros a serem considerados no cálculo do TCO que demandam maior acuracidade na sua elaboração e planejamento: custos e ganhos com futuros retrofits, custo do descarte ao final da vida útil e taxa de retorno sobre o investimento (ROI na terminologia em inglês). Este último fator pode ser o principal fator decisório para o investidor optar pela locação de um ativo ao invés de aquisição. Outros exemplos: o investidor pode optar pela locação do ativo, mesmo que com um TCO mais elevado, por decisões estratégicas da organização, sejam elas por questões mercadológicas, financeiras, políticas etc.

Em nosso setor isso é percebido em alguns investimentos em ativos para uso próprio que tendem a optar pelo menor valor de TCO de longo prazo, enquanto empreendimentos destinados ao uso por terceiros tendem a optar pelo menor custo de aquisição e, consequentemente, com maiores custos e despesas operacionais.

Mensurar o TCO é imprescindível para qualquer empreendedor tomar a melhor decisão no momento que planeja seu investimento, seja com objetivos financeiros, mercadológicos ou outros. Olhando para dentro de nosso setor, invariavelmente ocorrerão as divergências entre as boas práticas de engenharia (equipamentos e sistemas mais eficientes, com vida útil estendida), contrapondo-se ao retorno financeiro planejado. É previsível que com o desenvolvimento contínuo da Inteligência Artificial (IA) nos equipamentos, componentes e acessórios dos sistemas de climatização e de refrigeração, a gestão dos ativos será melhor performada, com rotinas mais adequadas e mais bem quantificadas para cada tipo de sistema, conferindo maior precisão e previsibilidade no cálculo do TCO.

Entre os benefícios está o planejamento das operações

Luiz Moura é presidente da Trox Américas e vice-presidente do Conselho de Administração da Abrava

Por se tratar de uma ferramenta que auxilia as empresas a avaliarem os custos totais desde a aquisição até a operação de um sistema de AVACR ao longo de sua vida útil, o TCO permite que as empresas tomem suas decisões de compra levando em consideração os custos de operação e manutenção dos sistemas, evitando adquiri-los apenas em função do custo inicial dos ativos. Além dos benefícios relacionados à aquisição dos sistemas, é possível que as empresas se beneficiem de um melhor planejamento das operações, evitando desperdícios futuros, melhor desempenho e segurança dos sistemas.

O TCO é uma ferramenta cada vez mais utilizada pelas empresas brasileiras para tomar decisões de compra. Isso ocorre porque o TCO ajuda as empresas a avaliarem os custos totais de propriedade de um produto ou serviço, incluindo os custos diretos e indiretos. Ao calcular o TCO, as empresas podem tomar decisões mais assertivas sobre quais soluções comprar e ou operar.

Embora o TCO se aplique na tomada de decisões de empresas de portes distintos, observa-se que as empresas de médio e grande porte o utilizam com mais frequência. Empresas que comercializam e utilizam como estratégia comercial a venda de sistemas em função do valor agregado têm levado o conceito do TCO às empresas de pequeno porte, que já começam a se beneficiar desta análise suportada pelos seus potenciais parceiros comerciais.

Embora não existam limitações relacionadas a setores para a utilização desta ferramenta, podemos observar que setores que necessitam de ganhos de produtividade recorrentes e que participam de mercados altamente competitivos, tendem a buscar alternativas para a redução dos custos diretos e indiretos, sendo o TCO uma ferramenta poderosa para a tomada de decisão. Destaque para os setores de manufatura, varejo e saúde.

Existem algumas razões pelas quais o TCO não seja utilizado por todas as empresas, dentre as principais podemos destacar a falta de conhecimento da ferramenta e seus benefícios, falta de pessoal qualificado e dificuldade da interpretação dos resultados. Mediante a estes fatos, reforço a necessidade da importância das empresas interessadas na venda de valor agregado, a prestarem suporte ao cliente desde as fases iniciais do projeto até a interpretação dos resultados, de forma a auxiliá-lo na melhor tomada de decisão levando em consideração os recursos disponíveis para o momento.

O TCO avalia os custos totais de propriedade de um sistema de AVACR, incluindo os custos diretos, como o custo de aquisição de equipamentos, bem como custos indiretos, como o custo da mão de obra para instalar e manter o sistema. Ao calcular o TCO, as empresas podem comparar diferentes sistemas de AVACR desde sua aquisição a sua operação. Isso pode gerar economias significativas de custos ao longo do tempo. Alguns dos fatores que devem ser avaliados ao aplicar o TCO para a aquisição de um sistema de AVACR estão relacionados aos custos de energia, custos de manutenção e a produtividade, aumentando a eficiência dos processos, reduzindo o tempo de inatividade e melhorando a segurança e saúdes dos colaboradores.

O impacto mais relevante no investimento de um sistema AVACR seguindo critérios do TCO é o custo de energia e manutenção. É muito importante escolher um sistema que seja energeticamente eficiente, esteja bem dimensionado e que eventualmente tenha potencial de recuperação de energia térmica para algumas aplicações específicas, beneficiando as empresas ao longo do ciclo de operação. Considerando que um bom sistema de AVACR tem uma vida útil de aproximadamente 20 a 25 anos, desde que bem operado e mantido, os custos de operação podem superar em até 4 ou 5 vezes os custos de aquisição.

Custo e rentabilidade do capital pesam na decisão

Celso Simões Alexandre é membro do Board do Trox Group e ouvidor da Abrava

Para o dono da instalação, que vai pagar o custo efetivo de “rodar” uma instalação durante a sua vida útil, esse dado deveria ser o único a ser levado em conta na contratação. Infelizmente, quem compra é normalmente um intermediário, seja uma instaladora de ar ou uma gerenciadora que podem ter objetivos de maximizar seu lucro na obra e não procurar a melhor solução para o seu cliente. Também não estou seguro de que os interventores nalguns tipos de instalações, a exemplo de hospitais, quando se fala do custo de manutenção, examinem o problema com a profundidade requerida. Num hospital deve-se levar em conta o custo de um quarto não passível de ser usado porque o pessoal da manutenção está fazendo a manutenção. Dois custos importantes são ainda o custo de substituição (se um equipamento dura 15 anos e outro 25 anos há que ter em conta esse fator.) O segundo custo praticamente sempre excluído é o custo de retirada do equipamento e de destinação do mesmo após a retirada. Para o componente filtro, essa conta virá em tempo próximo.

Já se houve falar em life cycle cost analysis e sei que o engenheiro Francisco Dantas quando projetou o sistema de vigas frias do Salvador Norte Shopping usou essa ferramenta para tomar a decisão. Fora ele, não conheço outros casos. A menos que os projetistas ofereçam esse trabalho aos seus clientes, o que pressupõe eles terem voz ativa na decisão, acho difícil o “sistema” vingar.

Os fatores a ponderar na aplicação do TCO na decisão de compra de um sistema de AVACR seriam: custo inicial, uso (consumo) energético, custo de manutenção, custo de não utilização e, em casos de hospitais, o custo do dia sem poder utilizar o quarto. Claro que precisa, do outro lado, ter em conta o custo e a rentabilidade do dinheiro.

É importante levar em conta os custos de substituição

Renato Cesquini é gerente de negócios da Chemours e diretor de meio ambiente da Abrava

No projeto de troca ou instalação de um sistema de refrigeração ou ar-condicionado, toda empresa deve considerar os custos, diretos e indiretos, desde o custo do equipamento como das manutenções requeridas. O principal benefício é o payback na decisão de compra, que viabiliza redirecionar investimentos com base neste dado, principalmente de longo prazo.

No Brasil, a utilização do TCO para as tomadas de decisões de compra, depende muito de cada empresa, mas eu diria que existe, afinal é de conhecimento que sistemas AVACR exigem manutenções periódicas para evitar vazamento de fluido refrigerante e substituições prematuras de partes do equipamento. Certamente, o custo total da propriedade direciona o melhor sistema a ser adquirido baseado na necessidade de cada empresa.

A maioria das empresas ou empreendimentos no Brasil fazem este tipo de análise, umas mais básicas e, outras, abrangendo todas as dimensões do TCO; inclusive, o cálculo pode ser realizado juntamente com o fabricante do equipamento. Mesmo em aplicações residenciais, costuma-se averiguar histórico de manutenção, necessidade de reparos, custos com limpeza, suporte técnico do fabricante, entre outras.

No caso de uma decisão de compra de um sistema de AVACR deve ser considerado o tipo de equipamento e o custo envolvido, a eficiência energética, a tecnologia/recarga do fluido refrigerante, suporte técnico, treinamento e eventual upgrade do sistema.

O custo mais relevante, dependendo da aplicação, é justamente do próprio equipamento. Para um chiller, por exemplo, o custo inicial do ativo é o mais impactante e se o plano de manutenção não for adequado, outros custos se farão presentes, como da troca de um compressor ou recarga do fluido refrigerante. No que tange ao fluido refrigerante, deve-se considerar as tecnologias mais modernas, como dos HFOs, para que o impacto da eventual necessidade de recarga seja a menor possível em cenários de regulamentação (Montreal, Kigali), uma vez que o fluido a ser utilizado pode se tornar altamente inviável no futuro (disponibilidade e preço).

Ferramentas auxiliam na análise do empreendimento

Diogo Prado é General Manager da Trane no Brasil

O TCO se refere aos custos totais do ciclo de vida de um empreendimento, incluindo desde o projeto, construção, operações, manutenção, renovação, retrofits, melhorias e desativação. Quando olhamos por este prisma, apenas 20% do custo despendido em um empreendimento, durante o seu ciclo de vida, está relacionado às fases de planejamento, projeto e construção e na gestão dos ativos com upgrades e melhorias. Os 80% restantes se referem aos custos de operação e manutenção deste empreendimento e de seus ativos no longo prazo. É muito importante que as considerações de operação e manutenção sejam discutidas no início de qualquer atividade de construção para otimizar o ciclo de vida do empreendimento e diminuir o impacto econômico.

Utilizar o TCO para tomada de decisão na aquisição de um sistema AVACR dará uma visão ampla do seu valor ao longo do tempo e permitirá uma decisão assertiva no melhor sistema ou solução para um dado empreendimento. Claramente, tomar decisões informadas no início de um projeto é fundamental para fornecer o menor TCO e garantir que todos os custos associados à uma compra de capital, por um determinado período, serão contabilizados na avaliação de valor e consistentes com o plano de negócio e os objetivos específicos de cada empreendedor.

Se considerarmos que as operações prediais respondem por mais de 75% de todo o uso de eletricidade e que os edifícios são responsáveis por mais de 40% de todas as emissões de carbono, a análise do TCO para a compra de um novo sistema de AVACR, bem como o retrofit de um sistema existente, são essenciais para reduzir os impactos ambientais, na melhoria do conforto dos ocupantes, na qualidade do ar e na crescente demanda por metas de descarbonização, além de propiciar economia e redução de gastos desnecessários.

O TCO ainda é pouco utilizado para análise de decisões de compra no Brasil. São poucos os setores que utilizam este método, sendo foco principalmente em empreendimentos onde o próprio dono irá operá-lo. De qualquer maneira, se vê uma tendência positiva na busca de uma decisão mais ponderada e analítica, incentivada por períodos econômicos mais conturbados onde empresas e negócios de diversos setores buscam focar na saúde financeira e otimização de recursos, na busca de redução de sua estrutura de custos e aumento de competitividade, além do impulso adicional vindo da transformação de políticas públicas quanto à questões relacionadas à mudança climática e com empresas estabelecendo metas de descarbonização.

O capítulo 38 do Handbook de Aplicações da Ashrae, Custos de Propriedade e Operação, indica as principais variáveis e os métodos que podem ser utilizados na análise do TCO, além de como as informações de custo de propriedade e operação do sistema AVACR devem fazer parte do plano de investimento de uma instalação, na preparação de orçamentos anuais, gerenciamento de ativos e na seleção de opções de projeto.

Existem ferramentas potentes no mercado que podem auxiliar nesta análise, como o Trace® 3D Plus da Trane que, como fornecedor de sistemas e serviços, entende os desafios de projetar a solução de sistema AVACR mais eficiente e de menor custo. O Trane Air Conditioning Economics (Trace™) é um premiado software de design e análise que ajuda os profissionais de AVACR a otimizar o design do sistema de aquecimento, ventilação e ar-condicionado de um edifício com base na utilização de energia e no custo de seu ciclo de vida.

Resumidamente, os impactos mais relevantes, seriam o custo inicial, vida útil média de cada tipo de sistema, eficiência energética, custos de operação (eletricidade e demais combustíveis utilizados no empreendimento, tipos de fonte de energia e consumo de água), custos de manutenção, phase-out de refrigerantes e métricas financeiras. Além da tomada de decisão, é muito importante que durante o ciclo de vida do empreendimento o monitoramento ativo do sistema seja utilizado, aproveitando ferramentas de análise poderosas, para garantir o melhor ponto de operação do sistema, de acordo com o projetado, e avaliar seu desempenho, além de desbloquear o potencial do empreendimento a longo prazo.

Na refrigeração, decisões são tomadas pelo critério de preço

Rogério Marson Rodrigues, é do quadro de gestão industrial da Eletrofrio e membro do Conselho Editorial da revista Abrava+Climatização & Refrigeração

Uma análise do TCO visa a avaliação do custo total de um projeto durante toda sua vida útil, permitindo uma análise criteriosa para escolha daquele equipamento, ou sistema, de AVACR, que trará a melhor relação de custo-benefício. Avaliando o setor de refrigeração comercial, o processo de análise do TCO não é um procedimento adotado pela grande maioria dos tomadores de decisão. Infelizmente, grande parte das decisões são tomadas pelo menor valor do investimento inicial, independentemente das consequências futuras. Existem algumas exceções, principalmente quando da aquisição de equipamentos e sistemas que visam o atendimento de contratos cooling as a service (CaS), onde o resultado a longo prazo é o foco da tomada de decisão.

A análise do TCO de um projeto de sistema de AVCAR deve levar em consideração muitos fatores, dentre os quais: investimento inicial, vida útil estimada dos equipamentos, eficiência energética e consumo de energia elétrica, custos de partes e peças de reposição, inclusive dos fluidos refrigerantes, e custos de mão de obra para manutenção preventiva e corretiva.

 

Leia  a matéria direto na fonte ACESSE AQUI 

 

Revista ABRAVA Refrigeração & Climatização – edição Outubro 2023. Disponível para download

Revista ABRAVA Refrigeração & Climatização – edição Outubro 2023

Disponível para download acesse

ABRAVA News de 18 de outubro – Fique por dentro de tudo que acontece na ABRAVA e das principais notícias do setor AVACR

Confira a ABRAVA News de 18 de outubro e fique por dentro de tudo que acontece na ABRAVA e das principais notícias do setor AVACR

 

ACESSE 

Comunicado ABNT a respeito do compartilhamento de normas – confira

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas tendo tomado conhecimento da matéria veiculada no site http://normadedesempenho.com.br intitulada “Norma ABNT pode ser compartilhada”, vem esclarecer o seguinte:

A decisão Judicial citada pela matéria não tem o alcance pretendido pelo site, o que decidiu o poder judiciário é que o conteúdo das normas técnicas nos termos da Lei de Direitos Autorais não está protegido pelos direitos autorais, entretanto a forma organizativa das normas é protegida pelo artigo 7º, inciso VIII da Lei n. 9.610/1988.

Assim, a citação do seu conteúdo é permitida, mas o seu compartilhamento, não o é.

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, foro único de normalização, no dever de esclarecer a sociedade brasileira, informa que irá tomar as medidas cabíveis para impedir tal compartilhamento.

São Paulo, 17 de outubro de 2023.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT

Cooperativa para as indústrias de São Paulo – confira

Foi lançado o Induscoop, cooperativa para empresas do setor com condições de crédito competitivas

Para saber mais sobre o acesso ao crédito, clique aqui

A partir de agora, as indústrias do estado de São Paulo terão uma nova alternativa de acesso a crédito em condições competitivas, uma das principais demandas do setor. Foi lançado, nesta segunda-feira (16/10), o Induscoop, parceria entre Fiesp, Ciesp e a cooperativa SICOOB, que disponibilizará linhas de crédito atraentes para as empresas do setor.

Para o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, essa parceria é de extrema importância, pois o setor de cooperativa de crédito tem registrado crescimento significativo no âmbito do setor financeiro brasileiro. “É uma excelente solução para as Pessoas Jurídicas (PJs)”, diz ele, lembrando que a maioria das indústrias é micro, pequenas e médias e têm dificuldade mais de acessar linhas favoráveis.

Rafael Cervone, presidente do Ciesp, lembrou que o endividamento das empresas aumentou nos últimos anos. “Uma rede de atendimento [como a das cooperativas] amplia a concorrência”, afirmou. Em poucos dias, 140 empresas já foram atendidas e R$ 4,4 milhões de crédito liberados. Foram criadas ainda uma linha específica para a missão liderada pela Fiesp à China e outra para as empresas que querem antecipar o 13º dos funcionários. Na linha do 13º, por exemplo, os juros vão de 1,40% a.m. até 1,75% a.m.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da SICOOB Metropolitano e membro do Conselho de Administração da UNICOOB, Luís Ajita, hoje são mais de 177 mil cooperados, o que demonstra a força do cooperativismo.

Vantagens oferecidas pelas cooperativas

A adoção de um sistema de cooperativas pode ser considerada um instrumento eficaz para a ampliação do acesso ao crédito com benefícios para as empresas. Entre eles, maior rentabilidade e menor inadimplência, com taxa de juros menores que o restante do mercado. O sistema de cooperativa aumenta a concorrência no mercado financeiro e pressiona os demais bancos a diminuírem seus preços.

Entre as vantagens do sistema, PIX sem cobrança para PJ, atendimento personalizado para a Fiesp e o Ciesp e cartões com programa de fidelidade. Outra vantagem é a quantidade de agências disponíveis, mais de 100 espalhadas pelo estado de São Paulo, para apoio ao capital de giro e antecipação de recebíveis, entre outras possibilidades.

Assinatura de termo de parceria entre indústria e cooperativas de crédito SICOOB/INDUSCOOP. Fotos: Everton Amaro/Fiesp

Assinatura de termo de parceria entre indústria e cooperativas de crédito SICOOB/INDUSCOOP. Fotos: Everton Amaro/Fiesp

Assinaram o Termo de Parceria – Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, Rafael Cervone, presidente do Ciesp, Marcio de Souza Gonçalves, presidente da Central das Cooperativas de Crédito UNICOOB, Luiz Ajita, presidente do Conselho Sicoob Metropolitano, Solange Carvalho Martins, presidente do Conselho Sicoob Meridional, Waldir Armelino Campana, presidente do Conselho Sicoob Arenito, Osnei José Simões Santos, presidente do Conselho Sicoob Aliança, Mauro Rogerio Costa Fernandes, diretor presidente Sicoob Credicapital, Carlos Alessandro Schlick, diretor de mercado Sicoob Central UNICOOB, Paulo Roberto Mondaini, diretor de gestão Sicoob Ouro Verde, José Antonio Zilli, diretor de mercado Sicoob Integrado.

Agência Indusnet Fiesp leia direto na fonte ACESSE

 

CEDOC – Centro de Documentação e Informação publica Boletim Trimestral Nº 03/2023 – jul/ago/set

CEDOC – Centro de Documentação e Informação publica Boletim Trimestral Nº 03/2023 – jul/ago/set

ACESSE

24/10 – DN AC convida para o webinar de lançamento da “Cartilha de Eficiência Energética no ar-condicionado. Confira quem são os convidados

Associados SINDRATAR SP podem participar do TREINAMENTO ONLINE IBAMA: CADASTRO TÉCNICO FEDERAL (CTF) – 18 de outubro

Exclusivo para empresas associadas aos sindicatos filiados à Fiesp ou associadas ao Ciesp

este treinamento, você aprenderá sobre:

✅ A importância do Cadastro Federal do Ibama;
✅ Procedimentos para registro de atividades ambientais;
✅ Responsabilidades e obrigações dos cadastrados;
✅ Como atuar em conformidade com a legislação ambiental.

O treinamento é destinado a empresas de diversos setores que possuam atividades impactantes ao meio ambiente e gestores e responsáveis pela área ambiental nas empresas.

Faça parte dessa iniciativa em prol da sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Sua empresa pode ser uma peça fundamental na construção de um futuro mais verde e próspero para todos.

Contamos com sua presença!

Inscreva-se para participação on-line: https://bit.ly/wppCTFOutubroOnlineFiesp

Inscreva-se para participação presencial: https://bit.ly/wppCTFOutubroPresencialFiesp

URGENTE – Associados ao CREA SP precisam atualizar seus dados no site para que possam votar – Prazo dia 18 de outubro – 4f.

ATENÇÃO associados ao CREA  – Procedimento urgente no site do Crea-SP

Engenheiros e Tecnólogos, para que você consiga votar nas eleições para presidente do Crea-SP e do Confea, no dia 17/11, é imprescindível que você faça uma operação simples de atualização cadastral no site do Crea-SP até a próxima quarta-feira (dia 18/10).

Caso você não faça essa atualização, não poderá votar ou seu voto será considerado nulo.

Participe. O voto será por internet, de onde você estiver. Não precisará se deslocar.

Faça agora a atualização dos dados:
– Acessar o site do Crea-SP: www.creasp.org.br
– No meio da página, clicar em CREANET
– Inserir CPF ou nº do Crea e em seguida sua senha (caso não tenha ou esqueceu a senha, clique em “esqueci minha senha”). Após:
– Clique em Atendimento
– Clique em Atualização cadastral
– Verifique os dados e atualize, se necessário. Não há necessidade de fazer nada no campo senha (a não ser que você queira alterar sua senha).
– Após isso, clique no símbolo de um disquete na parte superior esquerda.
– Pronto. Operação concluída.

ABRAVA NEWS 11 de outubro de 2023. Confira as notícias da ABRAVA e do setor AVACR. Acesse aqui

ABRAVA NEWS 11 de outubro de 2023. Confira as notícias da ABRAVA e do setor AVACR.

Acesse aqui

ABRAVA informa que estará de recesso devido ao feriado do dia 12 de outubro, retornando às atividades no dia 16 de outubro

ABRAVA informa que estará de recesso devido ao feriado do dia 12 de outubro, retornando às atividades no dia 16 de outubro

 

Att Equipe ABRAVA