Finalmente, os edifícios brasileiros de uso coletivo deverão zelar pela qualidade do ar respirado por seus ocupantes, por meio da execução de um Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) de sistemas de climatização. É o que determina, genericamente, a Lei 13.589/2018, sancionada em 4 de janeiro.
A nova lei, cujo propósito é eliminar ou minimizar riscos à saúde humana, também se aplica aos ambientes climatizados de uso restrito, como fábricas, laboratórios, hospitais e outros, que deverão obedecer a regulamentos específicos.
Conforme regulamentado pela Portaria 3.523/1998, do Ministério da Saúde, e pela Resolução 9/2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o PMOC deve ser posto em prática em instalações com capacidade superior a 5 TR (60 mil BTU/h).
Após aprovação da Lei Federal 13.589, referente ao PMOC, sugiram no mercado diversos questionamentos sobre o seu cumprimento que obriga a manutenção de sistemas de ar-condicionado em edifícios de uso coletivo. Preocupada com a forma de entendimento da sociedade, a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento – ABRAVA desenvolveu uma ação direcionada aos profissionais da área e leigos no assunto, cujo objetivo é o esclarecimento de dúvidas sobre a aplicabilidade da Lei.
Entre os dias 20 e 25 de janeiro a ABRAVA cumpriu extensa agenda nos eventos que aconteceram simultaneamente à Feira AHR Expo Chicago 2018. Na comitiva ABRAVA: Arnaldo Basile – presidente da associação; Samoel Vieira de Souza – presidente de relações internacionais; Oswaldo Bueno – consultor técnico da ABRAVA; e, Henrique Cury membro do Qualindoor. A ABRAVA esteve presente também na Feira com o Programa ABRAVA Exporta coordenado por Leila Vasconcelos e Tales Melo.
Para Basile “a participação da ABRAVA nesses eventos é de grande importância, não somente para consolidar a presença da associação junto às demais associações internacionais, mas para também alavancar a participação das empresas nacionais por meio do Programa ABRAVA Exporta”.
A agenda desta comitiva atendeu os seguintes encontros:
19 de janeiro
Grassroot Government Advocacy
20 de janeiro
Encontro Bilateral do acordo entre a ABRAVA e AHRI (American Heating and Refrigeration Institute) onde foram tratados das atualizações das atividades realizadas pela ABRAVA
Recepção de abertura da ASHRAE
Members Council Planning Subcommittee
21 de janeiro
GRMI (Global Refrigerants Management Initiative) Iniciativa criada por AHRI, ABRAVA e ALLIANCE visando a criação de programas para o gerenciamento de refrigerantes em países em desenvolvimento
RDL (Refrigerants Driving License) Iniciativa criada por AHRI e UNEP visando a criação de programas de certificação para técnicos em refrigeração
Reunião de trabalho do ICARHMA (International Council of Air Conditioning, Refrigeration and Heating Manufacturers Associations)
Historical Committee – ASHRAE
Encontro de inverno ASHRAE
22 de janeiro
Abertura oficial da AHR Expo Chicago 2018
Reunião da AASA (Ashrae Asociated Society Alliance)
23 de janeiro
Assembleia da FAIAR (Federación de las Associaciones Iberoamericanas de Aire Acondicionado y Refrigeración)
Reuniões dos grupos de trabalhos que trataram dos assuntos: Normatização e Regulamentação; Comunicação, Filiação e Estratégias ; e Qualidade do Ar Interno.
Members Council – ASHRAE
Na agenda da ABRAVA também aconteceu a 14ª. edição consecutiva do Programa ABRAVA Exporta, parceria entre a ABRAVA e a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos na Feira AHR Expo 2018. 12 empresas brasileiras apresentaram suas tecnologias aos mais de 100 países visitantes, buscando novas parcerias comerciais e a inserção de seus produtos em mercados, são elas: Deltafrio, Elefant, Frigoking, Globus, Joape, LCPetry, Multivac, MWM Import e Export, Novus, Paranapanema, RLX Refrigerantes e Trox. Foram realizados 616 contatos, fechando com expectativa de geração de negócios da ordem de US$ 16 milhões.
ABRAVA informa que devido à comemoração do aniversário da cidade de São Paulo no dia 25 de janeiro, a entidade estará em recesso entre os dias 25 e 28 de janeiro. Retomando às atividades no dia 29 de janeiro.
Solicita filiação à Abrava a empresa abaixo. As associadas, que assim desejarem, deverão encaminhar manifestação fundamentada de oposição ao pedido, no prazo de 15 dias corridos contados a partir desta data, para o e-mail filiacao@abrava.com.br.
O Programa Abrava Exporta, parceria entre a Abrava – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento e a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, participará da Feira AHR Expo Chicago 2018, entre os dias 22 e 24 de janeiro de 2018. 12 empresas brasileiras do setor terão a oportunidade de apresentar seus produtos e suas tecnologias aos mais de 100 países visitantes, buscando novas parcerias comerciais e a inserção de seus produtos em mercados, são elas: Deltafrio, Elefant, Frigoking, Globus, Joape, LCPetry, Multivac, MWM Import e Export, Novus, Paranapanema, RLX Refrigerantes e Trox.
De acordo com a gestora do Programa Abrava Exporta Leila Vasconcellos, “A visibilidade dada às empresas por meio de Feiras no exterior contribui significativamente para o aumento de suas exportações e possibilitam a internacionalização das empresas em outros mercados, possibilitando encontrar novos relacionamentos comerciais. Além disto, as empresas que passam a exportar são mais reconhecidas no próprio mercado interno, uma vez que possuem produtos competitivos ao mercado internacional e estratégias fortes para o esforço exportador”.
Na edição de 2017, em Las Vegas, a expectativa de geração de negócios foi na ordem de US$ 8,53 milhões. O Programa participa desde 2005 da maior e mais importante feira do setor realizada nos Estados Unidos, que tem como objetivo o incremento das exportações do setor HVAC-R.
Sobre o Programa Abrava Exporta
Em execução desde 2004, o objetivo do Programa é promover as exportações do setor HVAC-R, através de ações de promoção comercial que apoiam a sua inserção no mercado internacional, além do fornecimento de informações de inteligência comercial e competitiva.
Mais informações sobre o Programa Abrava Exporta podem ser obtidas com Leila Vasconcellos, e-mail abravaexporta@abrava.com.br,
A refrigeração de grande porte, destinada a empreendimentos comerciais como shopping centers e lajes corporativas, pode continuar sofrendo as consequências da crise econômica, que reduziu sua produção e ainda impacta os investimentos na área.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Arnaldo Basile Jr., o segmento foi alavancado pelo “boom” do mercado da construção civil, que seguiu até meados desta década. “No que diz respeito ao segmento de ar condicionado central, usado para empreendimentos de maior porte, infelizmente ainda não houve recuperação em 2017, apenas estabilização. A retomada esperada para o ano passado poderá ficar para 2018”, diz.
O dirigente, que participa essa semana da Feira AHR Expo Chicago 2018, nos EUA, principal evento global do setor, ressalta que a retomada do mercado vai depender do próprio ritmo de crescimento da economia, o que poderia puxar novamente os investimentos, principalmente os da construção civil.
“Historicamente, nosso setor sempre cresceu no mínimo o dobro ou o triplo daquilo que cresce o PIB da economia brasileira. Então, em 2018 deverá ocorrer um avanço do faturamento do setor como um todo”, afirma.
De acordo com ele, com a confirmação da recuperação, a área de grande porte – que contempla ar-condicionados centrais, chillers (máquinas frigoríficas) e VRF/VRV (evaporadores múltiplos) – poderia atingir, num cenário otimista, um aumento entre 5% e 6% das Toneladas de Refrigeração (TR), que é a medida utilizada pelo setor para mensurar o ritmo de crescimento, já que um número menor de unidades comercializadas poderia ser compensada pela maior capacidade de refrigeração. Conforme a associação, esse segmento apresentou alta de 230 mil toneladas de TR em 2017, resultado semelhante a 2016.
A dificuldade de retomada deste segmento se dá pelo longo processo de maturação dos investimentos, entre a decisão de construção, execução da obra e sua finalização, com a consequente aquisição dos equipamentos de refrigeração, teoricamente um dos últimos componentes de uma obra.
No ramo de refrigeração para supermercados, indústrias frias – como fabricantes de alimentos – e lojas de conveniência, houve um impacto menor da crise, em razão da necessidade das empresas em manter as máquinas sempre em funcionamento. “Os mercados de refrigeração sofreram menos do que os de ar-condicionado, já que não há muito espaço para segurar a troca”, explica. Segundo ele, uma retomada do consumo de bens não duráveis – como alimentos e bebidas – poderá garantir uma alta da TR de cerca de 5% este ano. Entre as razões para a aquisição de novos equipamentos está a busca por aparelhos que, em alguns casos, chegam a consumir 40% menos energia.
ResidencialPor outro lado, o segmento residencial já iniciou sua retomada a partir do ano passado, quando a expansão, em termos de TR, chegou a aproximadamente 7%. Para este ano, a alta poderia alcançar 10%. Apenas no ramo de ar-condicionados do tipo split, a variação poderá ser mais considerável, entre 10% e 12%. De forma consolidada, o incremento poderia variar positivamente entre 7% e 8% este ano.
Estes números refletem uma grande reversão da produção, considerando os segmentos residencial e refrigeração central, que recuou 60% nos anos de 2015 e 2016, após o pico de expansão de 6,5 milhões de TR comercializadas em 2014.
ExportaçãoNo Brasil, a maior parte das indústrias de ar-condicionado instaladas no Brasil é estrangeira, mas existe uma gama de empresas nacionais que estão exportando, principalmente para países da América Latina, como Argentina e México. “Pequenas empresas estão vendendo componentes, como sistemas de filtragem, eletrônicos e de ar”, diz Basile, sobre as 12 empresas que estão na Expo Chicago, numa missão promovida pela Apex-Brasil e Abrava.
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