Fatec-SP prorroga inscrições para o vestibular do 2º semestre – 05 de junho

Quem pretende fazer um curso superior gratuito em 2018 ainda pode se inscrever no vestibular de segundo semestre da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP).

O campus de Itaquera da instituição está oferecendo 80 vagas – 40 de manhã e 40 à noite – para o curso de tecnologia em refrigeração, ventilação e ar condicionado.

A unidade também oferece 40 vagas para o curso noturno de tecnologia em fabricação mecânica, além de 80 vagas – 40 de manhã e 40 à noite – para o curso de automação industrial e 80 vagas – 40 de manhã e 40 à noite – para o curso de processos de soldagem.

Em todo o estado, a Fatec dispõe de 14.605 vagas, distribuídas entre 74 cursos de graduação tecnológica.

Para concorrer às vagas, o candidato deve ter concluído ou estar cursando o ensino médio, desde que no ato da matrícula comprove a conclusão do curso. A prova do processo seletivo será aplicada em 1º de julho.

As inscrições para o processo seletivo podem ser feitas até a próxima sexta-feira (8/6), exclusivamente no site do Vestibular Fatec. A inscrição custa R$ 64,80 e, no último dia, o prazo termina às 15h.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 596 9696.

Procedimentos e recomendações para a manutenção da qualidade do ar por Revista ABRAVA Refrigeração & Climatização

A Lei 13.589/18, sancionada em janeiro último, entrará em vigor a partir de 04 de julho deste ano, determinando que todos os edifícios de uso público e coletivo são obrigados a implantar o PMOC – Plano de Manutenção, Operação e Controle em sistemas de ar condicionado. Muitas empresas já cumprem as exigências determinadas pela Lei. Já as empresas que nunca se preocuparam, ou até mesmo não tinham conhecimento sobre o assunto, estão se mobilizando em torno de informações e consultorias para atender as novas diretrizes.

“Acredito que a lei seja um reforço muito grande às normas e portarias que já existiam, como a Resolução 09, da Anvisa, e a Portaria 3523. De certa forma, os proprietários e administradores de edifícios públicos que já vinham aumentando sua conscientização sobre o tema, agora, com a aprovação da  lei, serão responsabilizados pela (boa ou má) operação e manutenção do sistema de ar condicionado”, comenta Gerson Catapano, diretor de engenharia da Masstin e presidente do DN Instalação e Manutenção da Abrava. O profissional alerta que o não cumprimento da Lei acarretará em penalidades.

“Percebemos certo movimento de empresas que ainda precisam se adequar a esta sistemática, mas encaramos de forma positiva, visto que essa lei vem absolutamente de encontro à preservação da saúde e bem-estar dos usuários de edifícios públicos e coletivos”, esclarece o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, vice-presidente de marketing e comunicação da Abrava e diretor de partes & peças da Trane.

Para Henrique Cury, diretor da Ecoquest, muitas vezes é preciso a força da lei para que assuntos importantes como a saúde dos ocupantes seja discutido. “Uma das preocupações é referente à fiscalização efetiva do cumprimento da lei pela Anvisa. O Departamento Nacional de Qualidade do Ar Interno da Abrava, o Qualindoor, está trabalhando junto à Vigilância Sanitária para treinar  seu corpo profissional”.

“Tenho viajado por todo o país, e desde a criação da lei, é unânime a impressão do aumento na procura pela elaboração do PMOC, bem como análises da qualidade do ar interno. Mas as empresas ainda estão com dúvidas sobre o que mudou e como se adaptar”, disse Leonardo Cozac, diretor da Conforlab.

Os benefícios da correta operação

São inúmeros os benefícios que a aplicação do plano pode proporcionar aos usuários e proprietários (ou responsáveis) de edifícios em relação à qualidade do ar. “A correta manutenção proporciona um ar com melhor qualidade, ou seja, o ar condicionado estará dentro de seus limites de poluentes, com o correto controle de temperatura, umidade, pureza e circulação, além de economizar energia elétrica, criar uma atmosfera de melhoria do bem-estar, incentivando a produtividade das atividades laborais”, explica Parra.

Para Catapano, os benefícios gerados pela aplicação do PMOC não são novidades. “Pesquisas realizadas há décadas nos EUA e Europa Ocidental indicaram problemas graves relacionados a edifícios onde não se tomavam cuidados necessários com a operação e manutenção de sistemas de climatização do ar. Um exemplo deste fato é a síndrome do edifício doente, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, que define um ambiente onde ocorre um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados. Desta forma, podemos dizer que os benefícios de operar e manter ambientes climatizados são vários: aumento de produtividade, melhoria da sensação de conforto, redução de doenças e indisposições, maior assiduidade ao trabalho, aumento da vida útil das instalações, menor consumo energético, redução de quebras inesperadas, entre outros”.

Além dos benefícios gerados para a saúde dos usuários, há o ganho em eficiência energética. “Ao funcionar sem perda de carga devido à sujeira, os sistemas de ar condicionado contribuem significativamente para a manutenção e/ou redução da conta de energia. A correta conservação dos componentes faz com que todo o sistema tenha uma vida útil maior”, ressalta Cury. Ainda, segundo o engenheiro, apesar da economia com o sistema ser importante, vários estudos comprovam que os custos de um edifício não são intrínsecos à operação. Aluguel, energia, água, entre outros, juntos não representam mais de 20% do total de um edifício, face aos gastos com pessoal. “A grande representação dos custos de salários nos mostra a importância da qualidade do ar no ambiente interno, não só pelo aumento da produtividade, como pela menor incidência de faltas laborais e o absenteísmo. Funcionários que faltam ou não produzem são os maiores custos encontrados em um edifício”.

Em relação ao plano de manutenção, deverão ser observados, na implantação do PMOC, tipo de condicionador de ar, assim como seu estado de conservação e tempo de vida; as condições de renovação do ar; o tipo de utilização da edificação (escritórios, laboratórios etc.); possíveis fontes de contaminantes nos ambientes (impressoras, materiais, carpetes, presença de mofo ou fungos etc.); facilidades de acesso para manutenção; a identificação do local, do responsável técnico e preenchimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica); a descrição das atividades a serem desenvolvidas e a sua periodicidade; as recomendações a serem adotadas em situações de falha do equipamento e de emergência, para garantia de segurança do sistema de climatização e outras de interesse. Os respectivos registros, bem como os resultados alcançados, deverão ser divulgados aos ocupantes.

“É muito importante analisar, sempre, o ambiente onde o plano será aplicado. Um escritório num subsolo, por exemplo, próximo a uma garagem com alto nível de monóxido de carbono, deverá ter mais medidas preventivas que um escritório em uma área sem problemas contundentes. Uma necessidade comum para todos os sistemas de ar condicionado é a sua limpeza.  A higienização de serpentinas é um processo que pode ser longo e caro devido ao custo hora-homem, além da utilização de produtos químicos. A luz UV germicida, instalada na serpentina, elimina a necessidade de limpeza física da mesma, destruindo o biofilme e tornando-se uma solução acessível que cumpre a exigência do PMOC”, argumenta Cury.

Tratamento da água de condensação

A água que circula pelas torres é um importante item que requer cuidados, por se tratar de um potencial meio de cultura para diversos microrganismos que podem afetar a saúde dos usuários. É preciso observar se as bandejas de condensação dos condicionadores apresentam a inclinação correta, se toda a água está sendo drenada sem criar acúmulos na bandeja, se as linhas de drenos estão desobstruídas e se está sifonado para evitar contaminação da linha de escoamento, permitindo o equilíbrio de pressões. “Deve-se garantir que as bandejas de condensação estejam sempre limpas (frequência de limpeza mensal) a fim de evitar formação de colônias de fungos e bactérias. A adição de pastilhas antibacterianas na bandeja de condensado ou a aplicação de produtos antifungos na serpentina evaporadora é prática salutar”, analisa Parra.

Segundo Cozac, essa água deve ser drenada constantemente através do dreno da bandeja do condensado. O caimento da bandeja deve estar adequado e o local deverá ser limpo, no mínimo, uma vez por mês. “Locais úmidos são ideais para o crescimento de microrganismos, como fungos e bactérias”.

Em relação às torres de resfriamento, Catapano explica que o risco de contaminação é muito maior. “Parte da água se espalha no meio ambiente na forma de aerossol, podendo ser inalada pelos usuários. Em alguns casos, por estar contaminada, pode originar doenças como a causada pela Legionella. Por este motivo, a água precisa passar por tratamento e ser constantemente analisada química, física e biologicamente. Para realizar essas análises, o profissional precisa ter habilitação na área de química (engenheiro químico, químico e farmacêutico) ou na área de biologia (biólogo, farmacêutico e biomédico)”.

Unidades de tratamento do ar externo

“Todo o ar externo inserido no sistema de ar condicionado deve ser previamente filtrado através da TAE – Tomada de Ar Externo. O grau de filtragem depende de alguns fatores, como o tipo de ambiente, a estrutura de dutos, os poluentes encontrados no ambiente externo, entre outros. A própria Resolução 09, da Anvisa, determina frequência mínima de limpeza para a TAE de 30 dias. Demais componentes do sistema de ar externo devem seguir orientações da Portaria 3523 e normas brasileiras, como a NBR 13.971 (manutenção programada) e NBR 16.401”, esclarece Parra.

Para o bom funcionamento das unidades de tratamento do ar externo, segundo o presidente do DN Instalação e Manutenção, a tomada de ar externo deve ser limpa mensalmente e seus filtros, quando descartáveis, substituídos quando atingirem a sua perda de carga recomendável, por tempo de utilização, obedecendo a troca a cada três meses, no máximo. A bandeja de condensado também deve ser limpa mensalmente, e as serpentinas de aquecimento e resfriamento, bem como o umidificador, devem passar por uma desincrustação semestral e limpeza trimestral. A revisão do ventilador deve ser semestral e a limpeza do plenum de mistura e casa de máquinas deve ter periodicidade mensal.

Os filtros de ar podem ser classificados em finos ou especiais, permanentes e descartáveis. A Resolução 09 determina alguns parâmetros de intervenções para manutenção desses filtros. Ela estabelece que os filtros permanentes devem ser limpos com frequência mínima de 30 dias, os filtros descartáveis, utilizados nos primeiros estágios de filtração, devem ser substituídos a cada 90 dias, no máximo, e, em caso de obliteração (saturação), devem ser substituídos antes. Os filtros finos ou especiais (utilizados no 2º estágio), assim como os filtros absolutos e os de carvão ativado, seguem suas normas específicas e são substituídos mediante indicadores de saturação, como queda de pressão ou regulamento específico, mas também podem ser submetidos a ensaios especiais quanto a sua performance para definir a troca dos mesmos.

O crescimento microbiano ou a presença de outra forma de contaminação são fortes indicadores de problemas no sistema de ar condicionado. Dependendo da situação encontrada, além da troca dos filtros, outras medidas corretivas podem ser necessárias.

Charles Godini – charles@nteditorial.com.br

ABRAVA e o DN BCA realizam o 3º. Workshop de Comissionamento de Instalações em Minas Gerais

Marcado para o dia 13 de junho, a ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento, por meio de seu Departamento Nacional Building Commissioning Association Brasil – DN BCA Brasil, realizará o “3º. Workshop de Comissionamento de Instalações”.

O evento tem por objetivo levar informações e atualizações com foco no tema “Comissionamento de Instalação”, com apresentação de cases e adoção das melhores práticas em comissionamento. Para o evento são esperados engenheiros, incorporadores, construtoras, instaladores, empreendedores, projetistas, fabricantes entre outros. O workshop acontecerá no SENAI Lagoinha, Belo Horizonte – MG. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas.

Para o presidente do DN BCA, Fábio Luis Leite Neves “a importância do comissionamento é cada vez mais evidente ao mercado, pois trata-se de uma ferramenta de garantia de qualidade do produto final, que impacta diretamente no custo de implantação e operacional das edificações”.

Para a comissão organizadora do 3º. Workshop de Comissionamento de Instalações, o objetivo da realização deste evento é a troca de informações, além da apresentação de forma didática do que é o comissionamento, ação que permite qualificar as obras do setor, fazendo o acompanhamento das instalações, desde o seu início até a entrega final do projeto. Não se restringe somente ao setor HVAC-R (Heating, Ventilation, Air Conditioning & Refrigeration), aplicando-se também a hidráulica, elétrica e todas as demais disciplinas envolvidas na edificação. É um segmento que se destacou com a preocupação da sociedade no tema de sustentabilidade.

Na programação do workshop, oito palestras com especialistas e empresas do setor, além de, oportunidade de discussão sobre a temática abordada.

O evento é apoiado pela Regional ABRAVA MG, Comitê Nacional de Climatização e Refrigeração, Sistema FIEMG e SINDUSCON MG.

Para mais informação sobre o evento e inscrições,  acesse o site da ABRAVA www.abrava.com.br ou entre em contato com Solange Mota por meio do e-mail eventos@abrava.com.br .

Momento Comunicação – Assessoria de imprensa ABRAVA
Alessandra Lopes

 

2° Seminário PMOC – Entenda a Lei 13.589 e saiba qual a sua responsabilidade- 04 de junho FIESP

HVAC-R conectado – por Clube do Frio

Empresas do setor que não exploram as redes sociais estão em desvantagem em relação à concorrência.

Definitivamente os brasileiros amam as redes sociais. Diversas estatísticas provam isso. Com uma média diária de 3h43 navegando por elas, o Brasil está em segundo no ranking de tempo gasto nesse tipo de site, perdendo somente para as Filipinas

E a tendência é que isso continue crescendo. Com mais de dois bilhões de usuários ativos em todo o mundo, o Facebook é, de longe, a rede social mais popular do planeta.

Por aqui, as coisas não são diferentes. Afinal de contas, 139,1 milhões de brasileiros usam esta versátil rede social para se comunicar com amigos, familiares e colegas de profissão, além de se informar sobre os mais variados assuntos de seu interesse e fazer negócios.

Para muitos profissionais do setor de refrigeração, ar condicionado, ventilação e aquecimento, o site de relacionamento criado em fevereiro de 2004 pelo empresário norte-americano Mark Zuckerberg também já se tornou uma ferramenta de trabalho fundamental em seu dia a dia.

Nele, há diversas comunidades reunindo engenheiros, instaladores, mecânicos, projetistas, vendedores e empresários que costumam trocar experiências e informações relevantes para suas atividades.

Atualmente, os três grandes grupos especializados do setor no Facebook – Refrigeristas do Brasil, Refrigeração e Serviço Técnico em Refrigeração – já contam com cerca de 120 mil membros.

Os meios de comunicação também embarcaram nessa onda. Há três anos, a Revista do Frio lançou o Clube do Friofan page de notícias sobre o setor integrada a um blog homônimo no site da revista na internet.

Por meio desse canal, a publicação inovou a forma como produz e divulga seu conteúdo editorial, postando diariamente as últimas notícias do setor, com o objetivo de estabelecer um relacionamento mais estreito e frequente com os seus leitores.

Estratégias

Diante desta realidade tecnológica, as empresas do setor também vêm realizando ações de marketing no universo digital. Um ótimo exemplo de como uma indústria do setor usa as redes sociais para se comunicar melhor com seu público é a fan page do programa de relacionamento Clima LG.

Bárbara Toscano, gerente executiva de marketing da LG

Criado para atender profissionais de instalação, o espaço online oferece conteúdos e materiais exclusivos, treinamentos e aulas sobre aparelhos de ar condicionado e, além disso, proporciona diversos canais de comunicação aos profissionais que precisam entrar em contato com a empresa.

Um deles, o Facebook, recebeu atenção especial da LG, depois de constatado que a grande maioria dos instaladores tem por hábito acessar a plataforma, principalmente por meio de seus smartphones.

Dessa forma, a marca sul-coreana investiu em uma estrutura que permite responder rapidamente às mais diversas dúvidas dos instaladores, atendendo a seus pedidos por meio dos comentários nos posts ou por mensagens diretas, uma abordagem que ajuda a aproximar as pessoas à LG, aprofundando seu relacionamento com a marca.

Uma estratégia que tem se mostrado muito eficiente para atingir este objetivo foi a criação de Arthur Aires Bueno, um personagem fictício que sintetiza os mais diversos perfis do público da LG.

Atualmente com mais de 3 mil amigos no Facebook, Arthur se tornou um influenciador na rede social, ajudando a divulgar conteúdos exclusivos para instaladores do canal Clima LG, como agenda de eventos, palestras ao vivo, dicas e orientações técnicas sobre os sistemas de climatização da indústria.

Segundo a empresa, o feedback é, geralmente, positivo. “Percebe-se isso, principalmente, graças ao alto engajamento dos instaladores na fan page do Clima LG, o que indica que a plataforma está funcionando”, diz a gerente executiva de marketing da companhia, Bárbara Toscano.

“O fato de que esses profissionais sentem que podem colocar seus questionamentos no Facebook para serem atendidos mostra que o objetivo de aproximar as pessoas da marca está sendo cumprido, o que ajuda a solucionar dúvidas e oferece suporte ao público”, acrescenta.

Em sua opinião, o impacto das redes sociais em um setor tão específico como o HVAC-R ainda precisa ser mais amplamente entendido e avaliado. De modo geral, assim como em demais segmentos do mercado, é possível perceber que as plataformas criaram um canal de comunicação mais próximo para marcas, profissionais e consumidores.

“Investir nisso é uma ótima maneira de expandir o relacionamento da empresa com públicos estratégicos e, até o momento, isso tem funcionado muito bem para a LG”, afirma.

 Investimento tangível

Paula Faria de Souza, gerente de comunicação e marketing da Danfoss

Quem também tem investido bastante nas redes sociais nos últimos dois anos é a Danfoss. “Analisamos que as páginas globais da companhia não atendiam completamente ao nosso público no Brasil e criamos nossas páginas locais para que pudéssemos nos comunicar com ele de maneira mais eficiente”, revela a gerente de comunicação e marketing para a América Latina, Paula Faria de Souza.

“Hoje temos nossas fan pages no Facebook e no Instagram e showcase no LinkedIn. Em cada canal, utilizamos uma estratégia diferente, uma maneira diferente de nos comunicar e também uma segmentação específica de público-alvo dependendo do tema abordado. Exploramos formatos distintos – imagens, vídeos, texto, infográficos – e falamos tanto sobre produtos e novidades quanto tendências do mercado”, explica.

Segundo a gestora, o resultado de um estudo dedicado a essas plataformas, ajustes e estratégias assertivas é o aumento exponencial da sua base de seguidores, um alcance cada vez maior das publicações da empresa e um índice de engajamento bastante alto para empresas B2B.

Para ela, as redes sociais são a maneira mais rápida de atingir centenas de milhares de pessoas ao mesmo tempo. “Elas acabaram trazendo ao nosso setor uma certa oxigenação na forma com que nos comunicávamos. Nos obrigam a pensar de formas diferentes, a nos colocar no lugar dos nossos seguidores, a analisar o nosso mercado sob a ótica deles e a oferecer o mesmo conteúdo com novas roupagens”, exemplifica.

“Passamos a fazer uso de mais imagens, mais vídeos, comunicações mais curtas, mais diretas e mais simples. Junto com isso veio a necessidade de manter sempre conteúdos atualizados na nossa própria página web, revisitar o nosso acervo e mantê-lo completo e atual. Temos muitos projetos e novos conteúdos vindo por aí”, informa.

Em sua avaliação, quem hoje não explora as redes sociais a seu favor na estratégia de comunicação já está em desvantagem em relação à concorrência. “Qualquer empresa deve ter sua estratégia de comunicação totalmente integrada e isso inclui diferentes canais para diferentes públicos e perfis”, ressalta.

“Por mais conservador que seja o segmento, por mais empresas familiares que tenhamos entre nossos clientes, estamos justamente agora vivendo o momento de transição dessas direções e a geração que começa a assumir a liderança entre eles já cresceu em uma realidade digital – as mídias sociais já fazem naturalmente parte da sua cultura e do modo como se atualizam de tudo. Por isso, não podem ser ignoradas”, completa.

Como outra vantagem, Paula de Souza lembra que o investimento nos meios digitais é tangível. “Sabemos de fato a quantas pessoas chegamos, que perfil elas têm, quantos interagem conosco, o que buscam etc.”, salienta.

 Pioneira nas redes sociais

Uma das empresas do setor precursoras no uso das redes sociais é a Full Gauge Controls. Em 2009, a indústria brasileira lançou sua conta no Twitter e, desde então, possui profissionais especializados em seu departamento de comunicação e marketing para cuidar dessa área.

“Antes disso, em 2007, já tínhamos criado nosso canal no YouTube. Naquela época, a maioria das empresas ainda nem pensava em usar as redes sociais como uma ferramenta para dialogar com seu público e clientes”, revela o analista de marketing Guilherme Gonçalves.

Atualmente, a Full Gauge realiza diversas ações de relacionamento no Facebook, que incluem sorteios, colaborações com influenciadores, grupos e outras empresas. “Um exemplo dessas ações foi uma parceria com o Cabify, na qual demos um código de desconto para os seguidores da empresa, em comemoração ao aniversário de 20 anos do nosso software Sitrad”, diz.

“Já durante a última edição da Febrava, realizamos uma atividade voltada aos integrantes do grupo Refrigeração, do Facebook, que conta com mais de 30 mil membros do Brasil todo. Os participantes foram presenteados com diversos brindes, entre eles pen-drives e camisetas feitas especialmente para a ocasião”, lembra.

Fan page da Full Gauge Controls no Facebook

O canal da empresa no YouTube é uma plataforma voltada a disseminar conhecimento, pois disponibiliza diversos vídeos explicativos a respeito de produtos e ainda tutoriais sobre melhores práticas para o setor de HVAC-R.

“Já no Twitter nosso objetivo é falar pontualmente sobre os lançamentos e as participações da empresa como expositora em feiras e treinamentos ao redor do mundo”, explica.

“Todos nós estamos cada vez mais envolvidos com as redes sociais e as empresas estão se adaptando a esta realidade. As pessoas estão usando as redes como uma maneira de se organizarem em grupos, por interesse ou afinidade, e isso não é diferente no segmento de climatização e refrigeração”, ressalta.

 Engajamento alto

Para a Embraco, também não é de hoje que as redes sociais são canais fundamentais para a divulgação de conteúdos relevantes sobre o universo da refrigeração a todos os profissionais ligados ao setor, como clientes, técnicos e parceiros, além de instituições do terceiro setor e comunidade em geral.

“Nosso Facebook e LinkedIn são plataformas globais que informam o público em uma linguagem didática sobre o que e como fazemos, dividindo histórias sobre nossa inovação e a tecnologia empregada em nossas soluções. Também publicamos participações em eventos, prêmios, conquistas, lançamentos e discutimos tendências de inovação e refrigeração”, diz o diretor de marketing da indústria de compressores, Guilherme Almeida.

Site do Clube da Refrigeração, da Embraco

Um dos canais de maior interação com o público, e que ilustra esse propósito da Embraco de compartilhar conteúdo e conhecimento de forma educativa e técnica, é o portal Clube da Refrigeração, que apresenta informações técnicas e educativas, como por exemplo, o melhor produto para determinada aplicação; orientações sobre como fazer a manutenção preventiva de sistemas frigoríficos; normas técnicas; vantagens de cada tecnologia; benefícios dos refrigerantes naturais; entre outros assuntos.

Segundo Almeida, a fan page da Embraco conta com um público fiel que interage e compartilha ideias. “Por ser um canal global, os posts relacionados ao Clube da Refrigeração são produzidos em três idiomas.

Outro canal que reforça nosso perfil educador é o YouTube. Só para citar um exemplo, o vídeo ‘Troca de Compressor’ já tem mais de 100 mil visualizações”, informa.

“Em 2017, alcançamos mais de três milhões de pessoas na página do Facebook. No Linkedin, cerca de dois milhões. Atualmente, o Brasil é o país que reúne o maior número de seguidores da Embraco”, acrescenta o executivo, salientando que a taxa de engajamento e interação nas redes sociais é alta.

“Frequentemente, recebemos feedbacks positivos destacando nossa qualidade e credibilidade no setor da refrigeração comercial, residencial e de distribuição e revenda”, revela.

“No Clube da Refrigeração, todos os dias recebemos dúvidas de técnicos refrigeristas, vendedores de lojas de refrigeração, entre outros profissionais, e respondemos a todas elas contando com o apoio do time de engenharia, quando necessário. No caso das redes sociais, também mantemos um frequente diálogo com o nosso público, respondendo todas as dúvidas”, explica.

Influenciadores

Responsáveis por exercer uma grande influência em seu público – ou seguidores –, os influenciadores digitais, fortemente presentes nas redes sociais, por meio de canais de vídeos e notícias, também estão despontando com força no mercado do frio.

Nascido em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense, no Rio, o técnico Job Ney Palmeira Júnior atua há 16 anos no mercado e participa ativamente das redes sociais, especialmente o Facebook, onde já atingiu o limite de cinco mil amigos, enquanto 600 aguardam que suas solicitações de amizade sejam aceitas.

Dono de uma loja que presta serviços para empresas e realiza consultorias e suporte técnico, Job Ney começou a gravar vídeos para ajudar outros técnicos a solucionar problemas do dia a dia e as gravações foram um sucesso, atingindo 15 mil, 20 mil visualizações.

Em outubro do ano passado, ele criou o Job Refrigeração, canal no YouTube que já chegou a 3.357 inscritos, número que pode ser considerado expressivo para o HVAC-R.

Membro do Clima LG, projeto da multinacional sul-coreana considerado um divisor de águas no mercado do frio, no tocante ao desenvolvimento profissional dos técnicos brasileiros, por meio de treinamentos, tecnologias, campanhas institucionais e conteúdos, Job Ney é um entusiasta da área.

“Eu acho que o mercado de refrigeração está mudando para melhor com essa difusão do conhecimento realizado pelas empresas do setor, como a LG, cuja iniciativa está mudando os rumos do mercado. Na verdade, já mudou. Em 16 anos, nunca vi um treinamento colocar 600 pessoas dentro de uma sala, no horário comercial, com 35ºC de temperatura, para assistir uma aula. É impressionante”, afirma.

 Fenômeno

Outro fenômeno da internet, a técnica mecânica pelo Senai Carmosinda Santos, formanda em engenharia mecânica pela Unip, começou há pouco mais de um mês a postar vídeos nos grupos fechados do Facebook “Refrigeristas do Brasil”, com 56 mil membros, e “Refrigeração e Climatização”, com 6,8 mil integrantes.

O sucesso foi tão grande, inclusive com um dos vídeos obtendo sete mil visualizações, que semanas depois ela criou um canal no YouTube que já conta com quase 400 inscritos e não para de crescer.

A técnica em refrigeração Carmosinda Santos, formanda em engenharia mecânica pela Unip, já é uma das principais influenciadoras digitais do setor

“Faço vídeos voltados somente a equipamentos de grande porte, como chillers, selfs e fancoils. Normalmente não faço postagens sobre máquinas de pequeno porte, como split, pois meu trabalho é ligado à linha de água gelada, resfriadores de líquidos”, explica.

Lotada em um dos maiores datacenters do país, na  região de Tamboré, a profissional trabalha com equipamentos de 40 TR, 50 TR. Sua expertise vem dos quase dez anos de atuação no mercado do frio, com passagens marcantes por Emerson Liebert e Carrier.

“O objetivo dos vídeos é ajudar a valorizar a nossa profissão, atingindo todo tipo de profissional, seja mecânico, técnico, tecnólogo ou engenheiro, o importante é também mostrar aos clientes que nossa profissão é fundamental, pois a refrigeração está em todos os lugares – no supermercado, açougue, shopping, na farmácia, no transporte coletivo urbano, no avião etc., estamos sempre trabalhando em prol da sociedade”, reitera Carmosinda.

E-commerce

Embora as vendas do mercado do frio brasileiro por meio de ferramentas de e-commercetenham crescido nos últimos anos, este modelo não afetará a comercialização de produtos nas lojas físicas.

Isto porque o público do HVAC-R tem como características a preferência por comprar diretamente no balcão, ver e tocar o produto e ser atendido por vendedores treinados. Além disso, o tempo de entrega e o preço do frete são dois aspectos que acabam prejudicando as vendas pela internet, pois quem trabalha com refrigeração tem pressa e não dispõe de uma margem de lucro muito grande.

Entretanto, os varejistas continuam apostando não somente no e-commerce com site próprio e nos marketplaces, mas também na divulgação nas redes sociais, inclusive com vídeos voltados a ampliar a notoriedade da loja, seja institucionalmente, seja explicando as funcionalidades de uma peça ou equipamento.

“O impacto nas vendas da Eletrofrigor no e-commerce não cresceu tanto quanto eu esperava. É verdade que muitas vezes a pessoa não clica no link e realiza a compra on-line, mas acaba chegando à loja por meio do site, por que encontrou o produto que precisava. Investir no ambiente de vendas on-line funciona como um cartão de visitas. afinal, ninguém hoje pode estar fora da internet”, explica a presidente da Eletrofrigor, Graciele Davince Pereira.

A ideia da empresária é continuar aprimorando o site da loja para atingir cada vez mais pessoas e converter visitas em vendas. “O volume de acessos aumentou dez vezes nos últimos dois anos, especialmente pelo smartphone, em detrimento do uso do desktop”, salienta.

Sediada em Niterói e com uma filial em São Gonçalo, ambas no estado do Rio de Janeiro, a Eletrofrigor tem desenvolvido sua presença também nas redes sociais. No Facebook, a página da loja já foi curtida 8 mil vezes e possui um pouco mais do que isso em número de seguidores.

A empresa também mantém um blog constantemente atualizado com matérias e vídeos, alimentado por uma equipe técnica que busca, por exemplo, ajudar os profissionais do setor a se capacitar ainda mais. “Quando o técnico é qualificado, o cliente percebe essa diferença e paga mais pelo agregado no serviço”, complementa Graciele.

Vanguarda

Primeira loja física a figurar, em 1999, no ambiente on-line de peças para refrigeração, ar-condicionado e eletrodomésticos no Brasil, a carioca Polipartes já passou por cinco plataformas de e-commerce e hoje investe em televendas e nos principais marketplaces.

“Gosto muito de tecnologia e sempre estudei o e-commerce, ajudando os sistemas por onde passamos. A Polipartes foi copiada em toda a sua trajetória, por meio de suas imagens, textos, estratégia comercial, sistemas, leiautes, slogans e nomes”, explica o presidente Eduardo Silva.

“O e-commerce no Brasil foi muito desenvolvido por causa dos marketplaces, pois com poucos recursos, num curto prazo e sem obrigações fiscais e tributárias, o pequeno enxergou um mercado gigantesco à sua frente. Isso não é bom, porque não contribui com a formalização do mercado em geral. Hoje vivemos num desafio de altos custos de ferramentas e mão de obra, além dos operacionais, como logística e atendimento”, argumenta.

O futuro do mercado do frio na internet será um grande desafio para as empresas do setor. “O concorrente do revendedor será seu próprio fornecedor, o omnicanal requererá muita inteligência, e as ferramentas científicas para concorrer com os grandes serão muito caras”, acredita o presidente da Polipartes, cuja página no Facebook já ultrapassou cinco mil curtidas e seguidores.

 Mundo digital

Vale ressaltar que um bom site é o início para a empresa se destacar na internet. A web está repleta de ferramentas que podem ajudar no desenvolvimento de um ambiente de vendas para o mundo digital.

Genivaldo Oliveira de Jesus, fundador da Welcome Digital

“Mas é preciso ser muito bem projetado para falar com o seu cliente. Mesmo que você não tenha uma loja virtual, ainda sim é possível criar canais de ofertas e oportunidades de negócio no seu site. Em conjunto com ações em redes sociais, é possível até gerar vendas”, comenta Genivaldo Oliveira de Jesus, graduado em estatística e pós-graduado em comunicação e hipermídia.

Especialista em soluções digitais e fundador da Welcome Digital, empresa de soluções web, ele elabora e executa projetos on-line para vários players do mercado do frio, com destaque para JetFrio, SR Frio e Brasmak.

Leia a matéria na fonte

ABRAVA tem parceria com o Grupo Absoluta – General Motor com descontos de até 25% para aquisição de veículos novos

A ABRAVA sempre em busca de melhores oportunidades para os associados, retomou o convênio com o Grupo Absoluta – General Motors, que possibilita aquisição de veículos novos para frotas de empresas com até 25% de desconto.

Confira as condições aqui.

Para mais informações, entrar em contato com Aline Cassimiro, no email cursos@abrava.com.br ou telefone (11) 3361.7266.

 

ABRAVA – Pedido de Filiação

Pedido de Filiação 

Solicitam filiação à Abrava as empresas abaixo. As associadas, que assim desejarem, deverão encaminhar manifestação fundamentada de oposição ao pedido, no prazo de 15 dias corridos contados a partir desta data, para o e-mail filiacao@abrava.com.br.

  • A R Silva Refrigeração – Central do Ar ME., Praça da Bandeira, S/N, Centro, Brejões, BA. 45325-000. CNPJ 26.613.855/0001-81
  • ACA Indústria e Comércio de Peças para Ar Condicionado Eireli., Rua Henrique Gonzaga de Souza Neto, 776, Guatupe, São José dos Pinhais, PR. 83060-460. CNPJ 09.371.092/0001-90
  • Air Quality Engenharia Ltda., Rua João Da Silva Teles, 107, Parnamirim, Recife, PE. 52060-271. CNPJ 05.065.238/0001-19
  • BRA Clima Serviço e Comércio em Ar Condicionado e Refrigeração Ltda., Rua Vergueiro, 2700, Vila Mariana, São Paulo, SP. 04102-000. CNPJ 25.037.388/0001-26
  • Chemgard Química Ambiental Importação e Exportação Ltda., Rua dos Coqueiros, 679, Campestre, Santo André, SP. 09080-010. CNPJ 04.492.233/0001-00
  • Ecotec Soluções Ambientais Eireli ME. Rua Franz Liszt, 440, Sala 303, Jardim América, Rio de Janeiro/RJ. 21240-400. CNPJ 18.538.889/0001-20
  • Elitear Serviços Eletromecânicos e Refrigeração Ltda., Estrada Bento Pestana, 960, Baldeador, Niteroi, RJ.  24140-150. CNPJ 16.629.162/0001-23
  • JG Serviços Gerais em Refrigeração Ltda ME., Rua Engenheiro José Brandão Cavalcante, 201, Complemento 001, Imbiribeira, Recife, PE. 51170-135. CNPJ 18.475.612/0001-04
  • Refrigeração Góes Ltda – ME., Av. Deputado Dante Delmanto 1471, Vila Paulista, Botucatu, SP. 18608-393. CNPJ 09.093.317/0001-94
  • S-Tech Peças e Serviços Ltda ME., Rua Novo Hamburgo, 435, Flamboyant, Chapadão do Sul, MS. 79560-000. CNPJ 14.504.043/0001-19
  • TOP Clima Serviços & Tecnologia Ltda ME., Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 1907, Marília, SP. 17514-000. CNPJ 18.529.245/0001-76

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Contato: filiacao@abrava.com.br (11) 3361-7266 R. 135

AsBEA realiza Seminário sobre Futuro e Tendências no Centro de Convenções da FAAP

Dizem que se se o passado pertence a historia, o futuro pertence à estratégia.
E que este futuro não é “dado”, mas construído.
Então nada melhor do que juntar profissionais que constroem as cidades para falar de futuro!

O primeiro painel foi iniciado por Luiz Henrique Ceotto mostrando que o grande desafio do setor
é o aumento da eficiência e produtividade.  Ele aponta a sistematização dos processos e da produção através da industrialização como o caminho para evolução e para isso deve ser superado “gargalos” culturais, de visão de estratégica das empresas, tributários, capacitação e estruturais. E finaliza dizendo “se não formos nós, quem?” e “se não agora, quando?”.

Em seguida, Marcia Ferrari do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyors) conta como trabalham para
promover e reforçar padrões internacionais técnicos e éticos.  E como neste mundo em transformação a tecnologia digital é apropriada no ambiente  construído através do movimento denominado PropTech.

E para finalizar com um exemplo da tecnologia aplica em seus empreendimentos o CEO da Vitacon – Alexandre Lafer Frankel conta sobre seus novos empreendimentos que tem se compactado
para propiciar que mais pessoas estejam mais próximas dos centros urbanos e tenham mais qualidade de vida.
Isto dentro do raciocínio de otimização da mobilidade e oferta de uma serie de serviços compartilhados nos condomínios, além da apropriação do lazer da cidade e não mais fechado em condomínios.

No debate mediado por Hamilton de França Leite Junior encontram-se pontos em comum entre
as falas sobre a necessidade de integração dos empreendimentos com a cidade.
Esta tipologia de empreendimento compacto com tecnologia embarcada também é viável para moradias sociais,
mas que para nos tornarmos de fato eficientes precisamos caminhar para a tão falada industrialização,
já que estamos 100 anos atrasados em relação a construção americana.

No segundo painel Marcia Taques mostra como as evoluções tecnológicas vêm ocorrendo
de forma exponencial nos últimos anos e relaciona as tecnologias que podem ser apropriadas na construção civil
citando referencias de empresas de IOT, Big Data, Inteligência Artificial, Impressão 3D, Drones e
Realidade Aumentada. Fecha ressaltando que “o importante não são as respostas… são as perguntas”.

Em seguida Marcelo Dadian mostra como a mídia digital tem impactado nossa vida e apesar do
setor de construção ainda ser uma das industrias menos digitalizadas – ganhando somente da caça e agricultura
a adoção de novas tecnologias no “universo da construção” vem evoluindo rapidamente.
Conta o que é o Big Data e como tem facilitado não somente a busca de imóveis, mas na criação
de indicadores urbanos. Exemplifica mostrando o enorme banco de dados que a Zap possui
e como é possível trabalha-lo para assessorar na dinâmica de oferta de demanda de imóveis.

Fechando o painel Miguel Aflalo e André Kauffman abordam as ferramentas “generativas”
ultima evolução das ferramentas de projeto – escopo de suas pesquisas na Universidade de Stuttgart.
Mostram o potencial do design computacional e da fabricação digital e a forma de se apropriar
deste ferramental desde as etapas iniciais do projeto visando ganho de eficiência
através do poder de calculo computacional, mas acima de tudo trazendo uma força estética
reforçada pelo partido e pela forma. O papel do arquiteto é mais uma vez posto à prova para se adaptar.

No debate mediado por Miriam Addor é reforçado o quanto temos que focar nossos esforços
para enxergar a importância de pensar e fazer da produção um ato preciso e previamente
programado / planejado, entendendo a ferramenta e a utilizando de forma adequada para
equacionar a problemática apresentada. Este posto de raciocínio é essencial nesta nova era, enquanto as
atividades braçais estão fadadas a deixar de existir.

No período da tarde o terceiro painel começou com Carolina Kaysel mostrando como os ambientes de trabalho
tem se adaptado para ser produtivo ao funcionário, promover a criatividade e eficiente para a organização,
além de flexível para adaptações futuras. Em continuidade a fala anterior Eduardo Straub fala da importância
da qualidade dos espaços em função dos bem estar dos usuários e o quanto a saúde e qualidade de vida
dos usuários impactam na produtividade das empresas. A certificação Well Building Standard veio como
uma evolução dos parâmetros de sustentabilidade para estender a régua dos impactos além dos impactos,
trazendo a visão de bem-estar do usuário.

Izabel Barros fecha trazendo uma serie de questionamentos sobre como estamos preparados
para enfrentar os desafios atuais e como entender os espaços de trabalho corporativos
de forma profunda para criar projetos adequados.

O espaço tem o poder de moldar o comportamento que ao longo do tempo de torna cultura!
A mediadora do painel Pierina Piemonte corrobora com o que foi dito nas falas anteriores
ressaltando o desafio dos projetos corporativos atuais em entender a corporação, aliar gerações
em um único ambiente e ambienta-los para atrair e reter talentos.

O ultimo painel do dia foi aberto por Ary Krivopisk que começou contando a experiência de vida
dos fundadores da We Work em comunidades onde compartilhar era base de sua cultura,
que foi trazida para sua empresa hoje posicionada como a quinta maior startup do mundo.
Eles entenderam desde o início de suas atividades que compartilhar é o segredo diferente do que
se imaginava anos atrás. Outro fator importante para o sucesso é o design dos espaços
feito para atrair clientes criando identidade local e promovendo o relacionamento entre eles.
Sandya Coelho conta em seguida a experiência do GetNinjas, o maior aplicativo para contratação
de serviços no Brasil que tem 14mil arquitetos cadastrados (3,5% dos seus profissionais).

Para fechar a visão das novas relações de trabalho, a advogada Louise Costa Corrêa de Souza mostra
as novas formas de contratação conforme a reforma trabalhista mostrando que é possível
a implantação de certas modalidades de contratação. O melhor regime a ser aplicado
deve ser avaliado de acordo com a dedicação do profissional, sua faixa de salário e nível de responsabilidade,
sempre adotando um contrato adequado a modalidade definida.

O presidente da AsBEA Edison Lopes mediou este painel.

O evento foi bastante abrangente e amplo na discussão mostrando a mudança de comportamento
das novas gerações e suas ambições que devem ser atendidas sem esquecer de todas as outras gerações.
Em conjunto com isso a necessidade de repensar os empreendimentos e sua relação com a cidade
de forma a atender novas relações familiares, mobilidade e apropriação dos espaços públicos.
Entendendo como preemente o aumento da produtividade no setor com a implantação
de sistemas construtivos industrializados e processos de gestão mais precisos.
O relato de diversas tecnologias e formas distintas de se apropriar das mesmas nos mostra que
é crucial para o êxito no seu uso a compreensão sobre a adequação da tecnologia.
E também, o entendimento da sua estratégia de uso dentro do contexto.

Fonte Asbea

Qualindoor na Hospitalar Facilities 2018

No dia 22 de maio, o Qualindoor – Departamento Nacional de Qualidade do Ar de Interiores da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento foi representado por Henrique Cury no Facilities Innovattion, evento simultâneo a Hospitalar 2018, e falou sobre “Novas tecnologias para sistemas de climatização em ambientes hospitalares com foco na melhoria da qualidade do ar interno e eficiência energética”. No conteúdo da palestra, foram apresentadas tecnologias utilizadas no segmento hospitalar que atendem ou complementam as normas em vigor.

Na programação da palestra de Henrique Cury, assuntos como: luz UV para serpentina; tecnologia do Ozônio; Ionização; fotocatálise – PCO; e monitoramento. Destaque para a fotocatálise que é uma tecnologia para tratamento do ambiente em locais fechados e que tem comprovado a melhoria da qualidade do ar em ambientes fechados (IAQ). Adicionalmente aos benefícios de IAQ, tem o potencial extra de limitar a introdução de ar não condicionado ao espaço construído, propiciando assim, economia de energia quanto aos designs típicos.

Revisão da NBR 16401-3 provoca debate sobre renovação e tratamento do ar – Revista ABRAVA Climatização

A norma brasileira de ar condicionado ABNT NBR 16401-3 está em revisão, e, possivelmente, será apresentada em breve para apreciação pública. Mas ainda há muita discussão frente às propostas.

De acordo com Mario Sérgio Almeida, presidente do DNPC da Abrava e diretor da MSA Engenharia, a metodologia de cálculo de vazão de ar exterior adotada para a nova versão da norma foi modificada em atendimento às exigências da qualidade do ar pelo próprio mercado de ar condicionado.

“Houve um grande avanço no cálculo da vazão de ar exterior tratado, a fim de promover a renovação de ar interior, com o propósito de manter a concentração de CO2 metabolizado no nível estabelecido pelo profissional de projetos. Doravante, será possível definir qual a concentração de dióxido de carbono desejada para o ambiente climatizado, e, desta forma, garantir que o resultado seja alcançado”, explica Almeida.

Ele acredita que a fonte de ar externo disponível será de fundamental importância, visto que a concentração de dióxido de carbono varia a depender do local de sua captação, pois quando a única fonte disponível de ar exterior estiver contaminada por determinados poluentes, como em centros urbanos, terminais aeroportuários e rodoviários, e em certas indústrias químicas e petroquímicas, a instalação de dispositivos específicos para retirar esses poluentes do ar de renovação deve ser avaliada e decidida em comum acordo entre o projetista e o contratante. As novas vazões de ar de renovação a serem estabelecidas na ABNT NBR 16401-3 independem da capacidade, ou do tipo de instalação, isto quer dizer que todas as instalações de ar condicionado devem adotar renovação de ar exterior, com exceção para as instalações de ar condicionado residencial, que não fazem parte do escopo da nova norma.

“O dióxido de carbono – CO2, gás pouco reativo, tornou-se um parâmetro de controle da qualidade de ar interno, e sua efetiva concentração alcança média mundial de 400 ppm, podendo chegar a valores superiores a 500 ppm nos centros urbanos. Podemos inferir que o dióxido de carbono é um marcador químico cuja quantificação é um indicador da presença de outros contaminantes típicos de ambientes internos climatizados, como odores de efluentes biológicos emitidos pelos ocupantes do ambiente. A orientação da metodologia de cálculo para as novas vazões de ar exterior foram a partir das seguintes informações: concentração de dióxido de carbono do ar externo, características físicas do ambiente (comprimento, largura e altura), quantidade de pessoas que ocupam o ambiente, atividade física dos ocupantes do ambiente, e fator de diversidade de ocupação”, informa Almeida.

Para Oswaldo Bueno, diretor da Oswaldo Bueno Engenharia e coordenador do CB 55 da Abrava, as alterações mais significativas quanto à qualidade do ar são a renovação e filtragem do ar. Na renovação do ar, o cálculo baseado no CO2  (marcador referência não tóxico) é em função de pessoas, medindo o metabolismo (atividade) e quantidade, apresentando o resultado em duas colunas com um diferencial de 500 ppm (maior vazão, prevendo que a concentração do CO2 no ar externo possa atingir 500 ppm) e com 700 ppm a menor vazão. “É muito importante o procedimento de cálculo do CO2 e do filtro de ar, que está detalhado, permitindo ao projetista atender o seu cliente, mesmo nas condições mais adversas”, enfatiza Bueno.

“Com o novo processo de cálculo estaremos acima dos valores mínimos da NBR 16401, de 2008. Com o cálculo poderemos escolher o melhor valor para as condições internas e externas do local, bem como das pessoas no ambiente com ar condicionado. Na NBR 16401 – parte 3, de 2008, o valor da vazão de ar obedecia a uma soma de dois valores: um referente às pessoas e outro referente a área, seguindo a Ashrae 62.1 da época. Hoje, continuamos a calcular os dois valores, pessoas e área, mas comparamos os dois e adotamos o maior, partindo do princípio que a renovação de ar irá diluir os contaminantes, devido às pessoas, e à área de piso. O CO2 na verdade é um marcador, uma referência para outros contaminantes liberados pelas pessoas. Os estudos mostraram que com 1.000 ppm de concentração de CO2 temos um bom desempenho nas tarefas que exijam concentração e ou aprendizado (escolas) e que a partir de 1.200 ppm de CO2 começamos a reduzir a nossa eficiência no trabalho e no aprendizado. É importante afirmar que é a concentração de CO2 resultante das pessoas que liberam uma série de contaminantes que, estes sim, tornam o ambiente de difícil concentração. Um teste foi feito com 3.500 ppm de CO2, mas químico, sem a concentração dos contaminantes gerados pelas pessoas; as pessoas continuaram sem perceber e sem perda de eficiência, mas no ambiente com 3.500 ppm devido às pessoas e seus contaminantes, estas se sentiram indispostas e reduziram a capacidade de trabalho”, afirma Bueno.

O presidente do DNPC orienta que, de acordo com a nova metodologia de cálculo para a renovação de ar exterior, é necessário basicamente as seguintes informações: concentração de dióxido de carbono do ar externo, características físicas do ambiente (comprimento, largura e altura), quantidade de pessoas que ocupam o ambiente, atividade física dos ocupantes do ambiente, e fator de diversidade de ocupação.

Com estes dados será possível atender ao Passo 1: Cálculo da vazão eficaz.

A vazão eficaz de ar exterior Vef1 é diretamente relacionada à quantidade de pessoas presentes.

A vazão eficaz de ar exterior Vef2 é diretamente relacionada à área do ambiente.

São calculadas pelas equações:

Vef1 = Pz * Fp * D   (1) Ou Vef2 = Az * Fa    (2)

Sendo:

– Vef é a maior vazão eficaz de ar exterior adotada entre Vef1 e Vef2, expressa em litros por segundo (L/s);

– Fp é a vazão por pessoa, expressa em litros por segundo por pessoa (L/s*pessoa);

– Fa é a vazão por área útil ocupada, expressa em litros por segundo por área útil ocupada (L/s*m²);

– Az é a área útil ocupada pelas pessoas, expressa em metros quadrados (m²);

– D é o fator de diversidade de ocupação (que corrige somente a fração do ar exterior relacionada às pessoas).

Os valores a adotar para Fp e Fa constam na Tabela 1, conforme modelo reduzido.

Já para calcular a vazão suprida na zona de ventilação, o Passo 2:

Vazão a ser suprida na zona de ventilação – Vz

É a vazão eficaz corrigida pela eficiência da distribuição de ar na zona.

É calculada pela seguinte equação (3):

Vz = Vef / Ez                                                                                                                                                (3)

Sendo:

Vz      é a vazão de ar exterior a ser suprida na zona de ventilação;

Ez      é a eficiência da distribuição de ar na zona.

A Tabela 2 estipula os valores a adotar para Ez.

A seguir, o Passo 3 para calcular Vs – Vazão de ar exterior a ser suprida pelo tipo de sistema – Vs:

– Sistema com zona de ventilação única: Para sistemas de ventilação, onde um ou mais climatizadores insuflam uma mistura de ar exterior e ar recirculado para somente uma zona de ventilação, a vazão na tomada de ar exterior (Vs) deve ser determinada de acordo com a Equação 4.

Vs = Vz                                                                                                                    (4)

– Sistema com zonas múltiplas suprindo 100% de ar exterior: Para sistemas de ventilação onde um ou mais climatizadores insuflam somente ar exterior para uma ou mais zonas de ventilação, a vazão da tomada de ar exterior (Vs) deve ser determinada de acordo com a Equação 5.

Vs = ∑ Vz                                                                                                                (5)

– Sistema com zonas múltiplas suprindo mistura de ar exterior e ar recirculado: Para sistemas de ventilação onde um ou mais climatizadores insuflam uma mistura de ar exterior e ar recirculado para mais do que uma zona de ventilação, a vazão da tomada de ar exterior (Vs) deve ser determinada de acordo com as Equações 6 e 7.

A seguir, o Passo 4 para calcular o Zae: Fração primária de ar exterior – Zae

A fração de ar exterior primária (Zae) deve ser determinada para as zonas de ventilação de acordo com a Equação 6.

Zae = Vz / Vt                                                                                                                       (6)

O valor de Zae adotado é o maior valor encontrado em todas as zonas de ventilação. Para sistemas VAV, Vt é a vazão mínima de projeto. Quando a fração de ar exterior primária Zae apresentar resultado maior que 0,55 em alguma zona de ventilação, aumentar a vazão mínima de projeto na respectiva zona de ventilação para reduzir o valor de Zae, de forma a ficar ≤ 0,55.

E, por fim, o Passo 5 para calcular, a partir da eficiência do sistema de ventilação, a vazão de ar exterior Vs.

– Eficiência do sistema de ventilação: O valor da eficiência do sistema de ventilação (Ev) deve ser determinado de acordo com a Tabela 3.

– Vazão de ar exterior – Vs – A vazão de ar exterior (Vs) deve ser determinada de acordo com a Equação 7.

Vs = ∑ Vz / Ev

Ainda sobre a questão da renovação do ar exterior, de acordo com José Augusto Senatore, gerente técnico da AAF, considerando os critérios mínimos para a diluição de CO2, que ainda devem ser respeitados, a quantidade de ar externo admitido no sistema pode ser um importante aliado para o controle de contaminantes internos.

“Esse balanceamento de fluxos deve ser considerado pelo projetista, principalmente tendo em vista a qualidade do ar externo, nível de filtragem no ar externo e consumo energético. No caso de um ar externo de baixa qualidade, o sistema de filtragem a ser dimensionado deve ser capaz de assegurar que a contaminação interna não seja aumentada. Existia uma tendência de minimizar a vazão de ar externo visando a redução do consumo de energia. Essa abordagem pode ser importante, desde que haja uma medição de gases dentro dos ambientes, a fim de assegurar que não haverá efeitos na saúde e bem-estar dos ocupantes. Por outro lado, com a evolução técnica dos componentes de AVAC, filtros de maior vida útil e menor perda de carga, além de recuperadores de energia, uma abordagem pela redução da vazão de ar externo tende a ser reconsiderada, uma vez que já é possível atingir níveis razoáveis de consumo energético, mesmo com taxas elevadas de ar externo. Neste sentido, a responsabilidade do projetista aumenta muito, uma vez que estão disponíveis diversos componentes capazes de influenciar em sua estratégia para assegurar a qualidade do ar necessária aos ocupantes. Como mencionado, a influência do ar externo está na capacidade de diluição dos contaminantes internos. Logicamente, tanto o ar que é admitido como o ar que é recirculado devem ser filtrados. Atualmente é possível dizer que a eficiência dos sistemas de filtragem de ar externo deve, a grosso modo, ser capaz de reter cerca de 60% das partículas PM 2.5. Isso é o que vem ocorrendo na Europa, mas, de todo modo, o sistema a ser desenhado depende das condições individuais de cada instalação, garantindo a qualidade do ar interno conforme recomendação da norma”, afirma Senatore.

Impacto na distribuição, filtragem e trocas de ar

“No que diz respeito a difusores e grelhas, o impacto está na forma de distribuição do ar no ambiente, assim como a remoção do material particulado, com as seguintes propostas:

  1. Por mistura – o ar é insuflado por cima em baixa temperatura (10ºC a 15ºC) e, ao se misturar acima da zona de ocupação com o ar do ambiente, aumenta a temperatura e dilui os contaminantes. O ar de retorno removerá parte dos contaminantes e o ar na temperatura do ambiente; o fluxo de ar é turbulento.
  2. Insuflação pelo piso – o ar é insuflado com uma temperatura em torno de 16ºC e, ao se misturar na zona de ocupação com o ar do ambiente, ele aumenta a temperatura e dilui os contaminantes; o ar de retorno removerá parte dos contaminantes e o ar na temperatura do ambiente, o fluxo de ar é turbulento;
  3. Por deslocamento – o ar é insuflado em pontos definidos pelo projeto, junto a elementos estruturais – paredes e colunas -, ao nível do chão e com temperatura em torno de 16ºC; o ar, ao encontrar uma região mais quente, irá formar uma pluma (efeito chaminé) com o ar aquecido, mais leve, subindo até o forro e carregando o material particulado, a uma temperatura maior que a do ambiente; o fluxo de ar é semelhante ao unidirecional, é o mais eficiente em termos de remoção de material particulado”, explica Bueno.

Em relação aos níveis de filtragem estabelecidos pela nova versão da Norma, Bueno diz que serão apresentadas tabelas em função de número de movimentações de ar, número de renovações de ar, vazão de ar em função da carga térmica e fator de calor sensível, e quantidade de partículas PM 2.5 no ar externo e geradas internamente. “Com estes elementos será possível consultar a tabela e, em função da qualidade do ar interior condicionado PM 2.5 em microgramas por m³, será escolhido o filtro de ar externo (obrigatório) e o do ar de insuflação. O cálculo é para assegurar uma concentração de PM 2.5 de 25 microgramas/m³, no máximo 35 microgramas/m³. São usados filtros de G4 a F9, dependendo das características do ambiente condicionado.”

Casos como vigas frias, tetos frios e mini split, que não possuem filtros com eficiência para partículas PM 2.5, a vazão do ar externo é calculada em função das características do ar externo (particulado) e da geração do ambiente para partículas PM 2.5. “Para assegurar a qualidade do ar interno nestes casos, dependemos totalmente do ar externo. Ainda em relação à qualidade do ar captado, a influência é no filtro do ar externo, sempre superior a M5, podendo ser necessário F9, mas a maior dependência está no filtro do ar insuflado do equipamento”, completa Bueno.

Almeida acrescenta que no item 10 da ABNT NBR 16401-1 – Distribuição do Ar – Projeto, item 10.1, Traçado da rede de dutos -, estão sendo desenvolvidos apontamentos relativos aos projetos dos dutos tronco de insuflação; no item Dimensionamento, estão sendo aplicadas considerações sobre relações de pressão estática, gerenciamento de fogo e fumaça, isolamento dos dutos, vazamento dos dutos, ruído do duto e do sistema, ensaios e balanceamento, metodologia de cálculo de dutos, tipos e materiais de construção de dutos metálicos e dutos flexíveis, assim como de dutos fabricados em painéis pré-isolados e dutos de material fibroso. As mudanças ainda estão em desenvolvimento. No que diz respeito aos difusores e grelhas, a Parte 9 da ABNT NBR 16401-1 trata da difusão de ar e estão sendo introduzidas observações no item 9.1, requisitos gerais, e 9.2, relativamente à seleção de grelhas e difusores.

“A forma de distribuição do ar através de grelhas e difusores tem influência na qualidade do ar, visto que a Tabela 2, Eficiência da Distribuição de Ar nas zonas de ventilação, da norma em vigência, estabelece índices pela forma como é distribuído o ar nos ambientes climatizados. Uma distribuição do ar exterior incorreta no ambiente produz uma depreciação na qualidade do ar, assim como gera desperdício energético. Quanto aos níveis de filtragem estabelecidos pela nova versão da Norma, a parte 3 da ABNT NBR 16401-3 apresenta uma nova visão sobre filtragem do ar. O trabalho desenvolvido pelo engenheiro Wili Hoffmann possui características inéditas de seleção de filtros. O trabalho abrange os diversos sistemas de projetos de ar condicionado, desde os mais simples com aparelhos splits até vigas frias. Os parâmetros de entrada de dados, como tempo de filtragem, volume do ambiente, geração de partículas PM 2,5 dentro do ambiente, vazão de insuflação, vazão de ar externo, vazão de expurgo (quando existir), concentração externa de partículas PM 2,5, irão permitir a seleção do filtro de ar externo e filtro de recirculação a partir da eficiência de filtragem que melhor atenda às necessidades do ambiente climatizado”, comenta o presidente do DNPC.

Senatore diz que é comum associar a distribuição do ar somente ao conforto do usuário do espaço condicionado. Entretanto, a difusão do ar tem um papel muito importante na diluição dos contaminantes internos do ambiente, e na extração desses contaminantes.

“Por isso, é fundamental um projeto adequado e que seja capaz de evitar estagnação de contaminantes (partículas e gases, normalmente VOCs) além de eventuais microrganismos. A nova Norma não deve estabelecer um tipo de filtro específico para cada aplicação, mas sim a qualidade do ar mínima necessária para garantir a saúde dos ocupantes. Neste sentido, o projeto deve considerar as características do ar externo ao ambiente em questão, a eventual geração de contaminantes internos, e, por fim, os níveis seguros de contaminantes para os ocupantes. Esta abordagem é uma tendência mundial, uma vez que a OMS (Organização Mundial de Saúde) determina critérios aceitáveis para a exposição de pessoas aos contaminantes PM (material particulado) e gases. Vale mencionar que a norma de classificação de filtros, coincidentemente, foi modificada e apresenta uma abordagem semelhante. Portanto, agora haverá uma maior sinergia entre as necessidades de projeto no que diz respeito à filtragem de material particulado e as classes de filtragem divulgadas pelos fabricantes”, informa.

William Aparecido da Silva, do departamento de produção da Filtracom, acrescenta ainda que, “tendo em vista que o conforto térmico está diretamente ligado à qualidade do ar, uma boa distribuição do ar é necessária para ter uma aprovação de 80% dos ocupantes do ambiente, no que se refere aos difusores. Já as grelhas, são necessárias para renovação do ar, controlando o nível de CO2. Vale lembrar que, quanto mais sujo for o ar captado, melhor deve ser a filtragem, exigindo a utilização de dispositivos e mais de um estágio de filtragem, segregando de forma escalonada o tamanho das partículas”.

Umidade e renovação do ar nos ambientes

Os parâmetros de umidade e temperatura da ABNT NBR 16401-2 mereceram uma atenção especial na sua reformulação e o trabalho está concluído, tendo sido, quase totalmente, elaborado pelo Prof. Dr. Robert Lambert, da Universidade Federal de Santa Catarina. O trabalho é totalmente novo e modifica a parte 2 da Norma, atualmente em vigência.(não faz sentido: abre falando da parte 2 e pula para a parte 3!)

“Atualmente, as instalações de ar condicionado são projetadas tanto para centros urbanos poluídos, quanto para zonas rurais sem poluição. Na revisão à ABNT NBR 16401-3 adicionou-se, além dos fatores anteriormente considerados Fa (fator de área) e Fp (fator de pessoa), os fatores de concentração de dióxidos de carbono, atividades físicas dos ocupantes do ambiente e fator de diversidade de ocupação. Partindo do princípio do valor do CO2 externo, a vazão de ar exterior será exatamente aquela necessária, considerando os fatores externos, tornando os resultados mais precisos e adequados às necessidades. Sobre o controle de umidade, os principais critérios são renovação de ar para melhor conforto e controle de concentração de dióxido de carbono. Uma boa alternativa é a utilização de sistemas com desumidificação química (cilindros higroscópicos com alta capacidade de adsorver umidade do ar). A Bry-Air Brasil fornece uma linha de equipamentos dedicados a este tipo de aplicação, o Ultima – DOAS, que trabalha exatamente a renovação de ar e eficiência energética em uma única solução”, considera Karin Teodorovicz, do marketing da Bry-Air Brasil.

Danilo Santos, sales manager da Munters Brasil, explica ainda que em áreas de climatização para conforto, a solução mais usada é a adoção de sistema dedicado para tratamento do ar exterior, mais conhecido como DOAS. “Nosso equipamento se utiliza de um cilindro dessecante reativado através do calor rejeitado do compressor de pré-resfriamento do ar externo, portanto utilizando o princípio do reaproveitamento de calor. Desta forma, a energia utilizada na desumidificação é a rejeitada pelo sistema DX, o que resulta em pouco dispêndio de energia. Hoje, a própria Ashrae 90.1 determina um índice mínimo de eficiência para este tipo de equipamento, o MRE (Moisture Removal Eficiency) e o equipamento acima descrito possui índice duas vezes superior ao exigido pela norma”.

Mário Sérgio de Almeida acredita que a nova metodologia de cálculo da ABNT NBR 16401-3 permite que a concentração de CO2 do ar externo seja incluída no cálculo de determinação do CO2 do ar interno através da equação de diluição. “Para locais onde a qualidade do ar externo atinja valores altos (acima de 500 ppm) as vazões de ar exterior podem atingir valores bem maiores que os considerados na norma atual de 2008. A equação da diluição adotada na nova NBR permitirá calcular com exatidão a vazão de ar exterior para manter a qualidade do ar interno com níveis de CO2 de 1.000 ppm, estabelecidos pela Anvisa, ou pelo diferencial de 700 ppm entre a concentração de CO2 externo e interno. O local de captação do ar externo para manutenção da qualidade do ar interno, sempre abaixo de 35 μg/m³, é de fundamental importância, visto que possui correlação direta sobre a eficiência do filtro de ar exterior a ser adotado. Quanto mais poluído o local, maiores serão as exigências do sistema de filtragem. Creio que a renovação de ar externo é uma necessidade fundamental para a manutenção da saúde humana. É sempre bom recordar que o maior alimento do homem é o ar que ele respira. Na medida em que os núcleos urbanos forem ficando mais poluídos haverá necessidade do desenvolvimento de processos e sistemas que promovam a limpeza do ar externo introduzido nos ambientes internos. A tendência é que a concentração de CO2 externo aumente, e dificulte o atendimento dos parâmetros estabelecidos pelas normas vigentes, o que fatalmente implicará em aumento do consumo energético. Posso afirmar que, na atualidade, o consumo energético e a qualidade do ar interno caminham em direções opostas. Será necessário que novas tecnologias promovam a limpeza do ar interno das altas concentrações de CO2, assim como torna-se necessário o tratamento diferenciado do ar exterior com equipamentos eficientes tipo DOAS”, conclui.

Ana Paula Basile Pinheiro – anapaula@nteditorial.com.br

Qualindoor e DNPC juntos em palestra na Arena do Conhecimento da FCE Pharma

A ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento participou da FCE Pharma Exposição Internacional de Tecnologias para Indústrias Farmacêuticas, que aconteceu entre os dias 22 e 24 de maio. O objetivo da associação foi marcar presença junto ao público de relevância para os setores representados.

Para o presidente da ABRAVA, o eng° Arnaldo Basile “A missão da ABRAVA é incentivar o desenvolvimento tecnológico e as boas práticas de engenharia dos setores que representa. É no setor “farma” que as empresas especializadas desenvolvem os mais avançados projetos de climatização e refrigeração. Outros segmentos acabam por se beneficiar posteriormente desses desenvolvimentos propiciando evolução sustentável do setor como um todo”.

No dia 24 de maio, o Qualindoor – Departamento Nacional de Qualidade do Ar de Interiores da ABRAVA, representado por Henrique Cury, realizou a palestra “Novas tecnologias para sistemas de climatização em ambientes farmacêuticos com foco na melhoria da qualidade do ar interno e eficiência energética”

Na programação da palestra, assuntos como: luz UV para serpentina; tecnologia do Ozônio; Ionização; fotocatálise – PCO; e monitoramento. Destaque para a fotocatálise que é uma tecnologia para tratamento do ambiente em locais fechados e que tem sido comprovada na melhoria da qualidade do ar em ambientes fechados (IAQ). Adicionalmente aos benefícios de IAQ, tem o potencial extra de limitar a introdução de ar não condicionado ao espaço construído, propiciando assim, economia de energia quanto aos designs típicos.”

O Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores – DNPC da ABRAVA foi representado pelo eng° Célio Martin, que participou do evento com a palestra ““Projetos de ar condicionado e refrigeração para laboratórios farmacêuticos”. A palestra aconteceu em conjunto com o tema do Qualindoor.

Momento Comunicação – assessoria de imprensa ABRAVA

Recesso de feriado – 31 de maio

ABRAVA informa que devido ao feriado de  Corpus Christi em 31 de maio, a associação estará em recesso nos dias 31 de maio e 01 de junho.  Retorno das atividades  no dia 04 de junho a partir das 8h30.

Tales Melo

Supervisor ABRAVA