Consulta pública MME – Minuta do Relatório do Plano Nacional de Energia 2050

Comitê de Eficiência Energética da ABRAVA convoca empresas do setor AVAC-R para participarem da Consulta Pública que o Ministério de Minas e Energia (MME) colocou em consulta referente à Minuta do Relatório do Plano Nacional de Energia 2050.

O documento foi elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a partir de diretrizes do MME e, oportunamente, será levado a apreciação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

 

O período de consulta pública terá uma duração de três meses de duração, se encerrando em 13/10/2020. As contribuições podem ser feitas acessando o site do MME https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/Plano-Nacional-de-Energia-2050

 

IoT e a qualidade dos ambientes internos – Revista ABRAVA – Climatização & Refrigeração

Considerações sobre a internet das Coisas e o Controle da disseminação dos Sars-CoV2

Neste artigo apresentamos algumas considerações sobre a aplicação da internet das coisas (IoT) no contexto da qualidade do ar interior, com foco para o controle da propagação de agentes virais como o SARS-CoV-2. Inicialmente alguns conceitos básicos específicos são revisados e, em seguida, discutimos aspectos relativos ao monitoramento e processamento de informações em tal aplicação, visando minimizar o risco da contaminação pela Covid-19.

Palavras-chave: IoT, Internet das Coisas, HVAC, AVAC, Covid-19, Corona Vírus.

A IoT e sua aplicação em AVAC

No Sec. XVIII, Warren Johnson depositou a patente de um termostato que trouxe um avanço significativo no controle da temperatura em ambientes e processos térmico diversos. Pouco mais de um século depois, os termostatos continuam cumprindo a mesma função (1) mas, evoluíram para incorporar a capacidade de se comunicar, não apenas com um atuador local, mas também com outros dispositivos formando uma rede de coisas, incluindo pessoas. Além dessa capacidade de comunicação, os termostatos modernos podem também se autoajustar, conforme “aprendem”, otimizando assim sua função de controle.

A primeira menção à internet das coisas é atribuída à Kevin Ashton quando este, em 1999, desenvolvia um projeto para uma grande empresa em que usou tal termo ao sugerir o uso de etiquetas RFID (2) aplicadas aos produtos da empresa. No mesmo ano, em um artigo para o RFID Journal, Ashton vislumbrou uma condição futura quando o avanço da ciência de computação e dos computadores permitiria que estes adquirissem a capacidade de sentir o ambiente a sua volta e, com base nisso, poderiam tomar decisões (Lopez, 2013; Lueth, 2014; Rayome, 2018)

Embora em desenvolvimento há mais de duas décadas, com evolução constante, a IoT teve maior impulso recente, em função de fatores tais como (Nirjon, 2018): a proliferação e diversificação de sensores compactos e custo cada vez menor, conectividade wireless de baixo consumo, disponibilidade de dispositivos móveis evoluídos a custos acessíveis e a expansão da oferta dos serviços em nuvem.

Cada vez mais a IoT está presente em nosso dia-a-dia, ainda que nem o percebamos – fato que, por si só, revela o seu impacto como disse Mark Weiser (1991) (3). Já há alguns anos, por exemplo, os aplicativos que fazem uso do GPS em nossos aparelhos celulares trocam informações em rede para obter uma visão instantânea das condições de trânsito nos diferentes pontos da cidade, permitindo que nos desloquemos de forma otimizada.

Diferentes definições sobre “o que é a Internet da Coisas” têm sido apresentadas. Todas referem-se às coisas com a capacidade de sentir o ambiente a sua volta e de se integrar à outras coisas com essa mesma capacidade, formando uma rede na qual informações são trocadas para cumprir diferentes propósitos.  A IoT pode então ser considerada não propriamente como uma tecnologia mas, sim, como um conceito de aplicação do controle e automação, ou seja…

A Internet das Coisas (IoT) é um conceito relacionado à capacidade que um conjunto de elementos com identificadores únicos (coisas) tem de trocar informações entre si, através de uma rede (internet), tomando ações para alcançar um dado objetivo sem a necessidade de intervenção humana

 

Evolução dos termostatos: (a) modelo patenteado em 1883 por Warren Johnson, (b) termostato moderno desenvolvido pela empresa Nest.

É ainda relevante perceber que a IoT é um desdobramento evolutivo da Revolução Industrial iniciada no século XVIII. De fato, hoje em dia, quando falamos de Indústria 4.0 trata-se de uma fase avançada da Revolução Industrial, com seus reflexos se manifestando por meio dos sistemas cibernéticos, redes de comunicação wireless e as aplicações da IoT que são os nossos interesses neste artigo.

No que tange aos sistemas de AVAC, as aplicações da IoT são, de fato, uma evolução natural das aplicações de automação e controle digital, implementadas de forma mais significativa na década de 1980 que levou à criação de um outro conceito, anterior a IoT, o de “edifício inteligente” (smart building) que hoje caminha para se concretizar, graças à transformação digital em marcha. Apesar disso, os edifícios modernos ainda são, em sua vasta maioria, apenas edifícios com um alto grau de automação, sem de fato alcançar o que se espera de um edifício inteligente, ou seja, um edifício onde diferentes sistemas interagem, com capacidade de aprendizado e auto programação para uma adaptação autônoma (i.e., sem a intervenção humana), realizando ações de controle com efetividade para uma operação otimizada.

Arquitetura básica de uma aplicação IoT

A Figura 2 ilustra de forma simples e esquemática os componentes básicos de uma aplicação IoT e a forma como se dá o fluxo de informações. Como mencionamos, qualquer aplicação IoT é formada por dispositivos com identificadores únicos (coisas), capazes de gerar informações sobre os processos, transmitir essa informação e receber informação de outros dispositivos, podendo ainda possuir alguma capacidade de processamento (figura). Uma comunicação em rede local entre essas coisas, um servidor local e um gateway (4) se estabelece, bem como além dos domínios da mesma, graças ao gateway que faz a gestão dessa informação entre diferentes destinos ou endereços, como um serviço em nuvem, hospedado em um servidor remoto, onde a informação é armazenada e processada gerando respostas e ações.

Composição básica de uma aplicação IoT

Atualmente diferentes Plataformas em nuvem oferecem “serviços back-end” incluindo recursos de Big Data para armazenamento de grandes volumes de dados a partir dos quais são gerados modelos e desenvolvidas análises diversas. Recursos de inteligência artificial (IA) encontram-se disponíveis e permitem aprender com o sistema para a tomada de decisões de controle dos diferentes processos e do edifício como um todo. É também importante mencionar os recursos para a segurança da informação prestados por essas plataformas, de grande importância para evitar a ação de hackers, o que poderia causar prejuízos com consequências graves.

O coronavírus e seu mecanismo de propagação 

O quadro da Figura 3 fornece uma percepção da ordem de grandeza da Covid-19 cujo diâmetro é estimado entre 0,15 a 0,30 micra. Essa dimensão tão reduzida, torna a detecção e controle do vírus muito difícil em termos práticos, além de fazer com que partículas diminutas possam transportar quantidades de vírus superiores a dose infecciosa (5).

Figura 3. Ordem de grandeza da Covid-19 em relação à outras partículas diminutas.

Como sabemos, o vírus é transmitido de uma pessoa contaminada à uma pessoa susceptível de forma direta ou indireta (Fig. 4). A forma direta ocorre quando o vírus, presente nas gotículas em suspensão no ar, penetra pelas vias aéreas da pessoa susceptível. Já na forma indireta, o vírus em suspensão no ar se deposita sobre superfícies próximas com as quais a pessoa susceptível vem a ter contato, tocando em seguida a face e novamente penetrando pelas vias aéreas. A propagação direta ocorre também a partir de gotículas geradas por via fecal, quando o vírus presente nas fezes da pessoa contaminada é transportado por gotículas geradas no processo de descarga do vaso sanitário (6).

Figura 4. Mecanismos de transmissão da Covid-19.

A transmissão ocorre a partir de gotículas contendo certa dose viral, geradas pela pessoa infectada, quando esta fala normalmente, tosse ou espirra.  A nuvem de gotículas gerada por via naso-oral tem gotículas de vários diâmetros, entre 1 e 1000 micra, grosso modo. Na faixa de diâmetro 10 micra, onde se concentram a maior quantidade de gotículas, pode haver na nuvem desde 100 gotas para a fala, até mais de 500.000 de gotículas no caso de um espirro mais forte.

A difusão de cada gotícula, ou seja, como ela se desloca no espaço, depende do balanço de forças que se exerce sobre a mesma, que é diretamente influenciado pela sua massa (ou diâmetro). Para diâmetros de gota superiores a 10 micra, o efeito da atração gravitacional é predominante, o que determina uma trajetória essencialmente descendente, fazendo com que a gota se precipite a uma distância entre 1 e 2 m da pessoa infectada, atingindo as superfícies próximas.

Já as gotículas menores ficarão em suspensão no ar por mais tempo, se deslocando por maiores distâncias.  A literatura relata tempos de permanência em suspensão no ar de várias horas (da Silva, 2020). Isso faz com que o risco de contaminação no ambiente continue existindo, mesmo após a saída da pessoa contaminada do local.

Uma vez que, em qualquer caso, a transmissão da Covid-19 envolve um mecanismo de difusão de gotículas no ar, o sistema de AVAC passa a ter influência direta sobre essa transmissão, podendo mesmo intensificá-la. Esse aspecto é de importância fundamental e será considerado mais adiante.

Aplicação da IoT no combate ao SARS-CoV-2

Uma aplicação do conceito da internet das coisas tendo em vista a manutenção da qualidade do ar interior e, ainda, o controle da contaminação pelo corona vírus deve primeiramente dispor de capacidade de monitorar não apenas o ambiente, mas também as pessoas, a operação do ar-condicionado e o uso do edifício de uma forma geral. Ou seja, não se trata apenas de monitorar os parâmetros ambientais comumente acompanhados, mas também outras informações relevantes do ponto de vista do controle do vírus. Além da capacidade de monitoramento é necessário dispor de capacidade e registro e análise das informações monitoradas. Tal registro constituirá uma base de dados históricos descrevendo as diferentes condições mantidas no ambiente. A aplicação de procedimentos de análise e correlações desses dados permitirá implementar um sistema inteligente otimizando a segurança dos ocupantes.

Monitorar o ambiente

Monitorar os parâmetros físicos do ar ambiente em um edifício é essencial para se manter condições adequadas para os ocupantes, em termos de conforto térmico e de qualidade do ar. Entre esses parâmetros destacam-se a temperatura, a umidade relativa, a concentração de VOCs, CO2 etc., e a presença de particulados.

É bem sabido que a falta de uma qualidade do ar no interior de edifícios tem efeitos adversos sobre o bem estar das pessoas, implicando em déficit cognitivo importante que afeta seu desempenho na medida em que limita sua criatividade e capacidade de produção.  Podem ainda resultar numa série de doenças com graves consequências, podendo levar inclusive à morte. Não é diferente com relação aos contaminantes biológicos como os vírus e, em particular, o SARS-CoV-2.

Temperatura e umidade relativa

Em relação aos parâmetros temperatura e umidade relativa do ar no ambiente interior tipicamente procuramos manter os mesmos dentro dos limites de conforto térmico, o que limita uma ação de combate à Covid-19. Para a temperatura, por exemplo, sabe-se que o vírus só é afetado por valores acima de 56 °C, enquanto praticamente não é afetado por baixas temperaturas. Assim, ajustes da temperatura em ambientes de conforto são sem feitos no controle do corona vírus. Quanto à umidade relativa do ar, algum ajuste é possível para proteger os ocupantes da contaminação. (Harmooshi, 2020; WHO, 2020). Dentro dos limites de conforto térmico recomendáveis, manter as umidades relativas mais elevadas evita dois efeitos negativos que favorecem a transmissão e contaminação: i) desidratação das vias respiratórias que diminui a imunidade do organismo e, ii) modificação do espectro de gotas, aumentando a presença de gotas de menores diâmetros que intensificam a propagação de aerossóis e risco de infecção (7).

Material particulado

Abreviado como PM (de particulate matter), o material particulado consiste em uma mistura de minúsculas partículas sólidas e gotículas de líquido em suspensão no ar de diferentes formas, tamanhos e composição. Normalmente se adota uma classificação baseada no diâmetro aerodinâmico das partículas, usando o parâmetro PMx, onde ‘x’ define o diâmetro aerodinâmico máximo de partícula presente na mistura de partículas no ar ou ‘aerossol’. Por exemplo, PM2,5 define partículas inaláveis com um diâmetro geralmente de 2,5 micrômetros e partículas menores, PM10 com um diâmetro de 10 micrômetros e menores, e assim por diante. Uma vez inalado, esse material particulado pode causar sérios problemas de saúde, com maior gravidade para as partículas de menor tamanho, as quais podem penetrar ao nível dos alvéolos e mesmo da corrente sanguínea.

Embora ainda se discuta a validade da hipótese de contaminação por aerossóis, há consenso quanto ao mecanismo físico de transmissão do vírus por esse modo. Segundo um estudo recente, desenvolvido na universidade de Harvard (Xu et al., 2020) a exposição prolongada ao material particulado na faixa de PM2,5 aumenta significativamente o risco de se contrair a Covid-19. Dessa forma, o uso de medidores de particulados, principalmente aqueles nessa faixa de tamanho, deve ser considerado em uma aplicação IoT.

Embora já disponíveis por custo acessível, medidores de PM são ainda de uso bastante limitado nos ambientes de edifícios comerciais. Assim, tendo em vista o controle da contaminação pela Covid-19 em ambientes, julgamos relevante o uso desses medidores para um monitoramento constante das condições.

Monitores de QAI

Atualmente encontram-se disponíveis comercialmente soluções integradas para o monitoramento desses parâmetros, na forma de monitores de QAI, que podem ser considerados como analisadores de qualidade do ar interior e incorporam capacidade de integração IoT. Em um trabalho recente (Jo et. al., 2020) apresentaram o desenvolvimento de um dispositivo de monitores de QAI, incorporando sensores dos parâmetros ambientais citados (inclusive de particulado) com capacidade de integração IoT. Os autores propuseram seu uso em rede, cujos sinais de cada monitor são enviados através de um módulo Wi-Fi para um servidor que processa essa informação na nuvem.

Mais recentemente, ganhou importância a linha de pesquisa dos biossensores que consistem em dispositivos que empregam um agente biológico que ao reagir com um elemento biológico alvo (um vírus como o SARS-CoV-2, por exemplo) gera uma reação que é convertida em um sinal mensurável por um transdutor impresso no biossensor. Um estudo nessa linha foi recentemente proposto por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, como sequência de trabalhos realizados com tais sensores voltados para a detecção do câncer (Bernardes, 2020).

Monitorar pessoas

Enquanto os ambientes são em geral monitorados, o monitoramento de pessoas ocupantes de edifícios é ainda praticamente inexistente. Entretanto, recolher informações sobre os ocupantes permite adotar o conceito de biofeedback  que basicamente consiste em definir as ações de controle da QAI com base em informações tão diversas como: temperatura corporal, frequência cardíaca e respiratória, tosse, voz, linguagem corporal, expressões faciais, posição/localização, identidade, histórico biométrico/médico/social etc. Como discutimos a seguir, a maioria dessas informações podem ser prontamente implantadas graças ao uso dos smartphones, smartwatches, crachás etc.

Temperatura corporal

Recentemente, o monitoramento da temperatura corporal por meio de sensores de infravermelho passou a ser amplamente adotado para o controle de acesso aos ambientes.  Contudo, seria interessante estender a aplicação desse monitoramento tornando-o contínuo, o que além do potencial de aplicação no ajuste do conforto térmico ambiental, seria útil na avaliação da evolução temporal da temperatura corporal média dos indivíduos. Esse tipo de monitoramento pode ser feito por meio de câmeras de IR bem como por meio de sensores incorporados em smartwatches. As câmeras de IR teriam a vantagem adicional de incluir informações pelo reconhecimento de imagens, como a identidade e localização do ocupante, contudo, seu valor de mercado ainda é elevado, o que torna proibitivo a disseminação de seu uso em múltiplos ambientes. Neste sentido outras soluções são atualmente requeridas.

Identificação individual

A capacidade de identificação individual dos ocupantes é essencial dentro do conceito de identificador único inerente à IoT e pode ser concretizada de diferentes formas. Como mencionado acima, o uso de câmeras (IR ou comuns, do sistema de CFTV) conjugado com softwares de reconhecimento de imagem, é uma solução disponível e de implementação relativamente fácil. Formas mais simples, porém, podem ser usadas, como o uso de crachás e outros dispositivos RFID, NFC etc., além de sinal Wi-Fi dos próprios smartphones.

Parâmetros sonoros

Assim como a temperatura corporal, parâmetros sonoros como a voz, a tosse, a fala e a respiração podem ser captados para cada ocupante, trazendo informações úteis para o controle da transmissão da Covid-19. Como sabemos, esses parâmetros podem revelar diferentes problemas respiratórios e são tipicamente avaliados em consultas médicas. A captação dos sinais sonoros seria facilmente realizada pelos microfones disponíveis nos smartphones e computadores pessoais[i] e tem sido considerada há bastante tempo (Larson et al., 2011). Contudo, para uma aplicação IoT efetiva, é necessário implementar a capacidade de análise desses padrões sonoros, o que pode ser feito por sistemas especialistas baseado em redes neurais, classificadores ou outras abordagens, permitindo produzir um diagnóstico no domínio espectral (Shi et. al., 2018). Um trabalho recente nesta linha vem sendo desenvolvido pela Universidade de Cambridge (REF), que promove uma coleta global de registros sonoros individuais, por meio de um formulário on-line, visando formar uma grande base de dados a partir da qual padrões sonoros comuns entre indivíduos contaminados possam ser revelados.

Linguagem corporal

Tais como a respiração, a voz, a tosse, a frequência cardíaca, as expressões faciais, a linguagem corporal etc. a ciência pode ser ainda recorrer ao histórico biométrico médico, e mesmo social, de cada indivíduo tendo em vista determinar o risco de contaminação envolvido pela presença do mesmo

Presença e posição

Em relação aos ocupantes de um dado ambiente importa conhecer se há ocupantes ou não, havendo, quantos e quem são e em que posição se encontram. Tais informações podem ser utilizadas de forma a buscar uma maior eficiência energética no edifício assim como no controle da contaminação pelo SARS-CoV-2.

O conhecimento a cada instante da presença, quantidade e identificação dos ocupantes de um ambiente pode ser obtido sem grande dificuldade quando há o uso de crachás de identificação RFID. Por outro lado, a determinação da posição no ambiente de cada ocupante requer outra abordagem.

Hoje em dia os sistemas GPS são bem familiares e usados amplamente para rastrear continuamente nossa posição conforme nos deslocamos no espaço exterior. Diferentes aplicativos para celulares são usados permitindo otimizar o traçado no deslocamento entre pontos geográficos, evitando trechos engarrafados, acidentes etc. Trata-se de fato de uma aplicação de IoT no campo das Smart Cities que em muito contribui para reduzir o caos urbano, a poluição etc.

Os sistemas GPS, contudo, não permitem identificar a posição de pessoas no interior de edifícios com a precisão requerida. Para tal, outras soluções devem ser implementadas e se inserem numa categoria de Sistemas de Posicionamento Interior (IPS, Indoor Positioning Systems) que se baseiam em diferentes soluções, como uso de câmeras RGDB-D, intensidade de sinal entre redes Wi-Fi, intensidade luminosa LED etc. (Duque Domingo et al., 2017; Xu, et al. 2016).

Em conjunto com uma solução de projeto específica de difusão localizada, uma aplicação IoT que integre tal monitoramento contínuo de presença e posição permite reduzir a difusão do vírus pelo ambiente, reduzindo assim a contaminação.

Monitorar o sistema de AVAC

Ao longo das últimas décadas as plantas de AVAC têm recebido sistemas de controle e automação contando com um número considerável de sensores e atuadores dedicados ao monitoramento e ajuste contínuo de parâmetros físicos críticos de seus diversos processos. Não obstante essa disseminação do controle digital nas instalações de AVAC, seu potencial pleno não tem sido alcançado na maioria das vezes devido à dois fatores principais: falhas geradas pela instrumentação e capacidade de supervisão limitada.

Em relação ao primeiro fator, a inadequação das medições fornecidas pelos sensores tem diferentes origens. Em nível de projeto: o processo a ser controlado não foi compreendido, o sensor não foi corretamente especificado, a posição do sensor não foi corretamente definida etc. Em nível de implantação do sistema projetado as falhas são principalmente relacionadas a não observância do estabelecido em projeto, falta de fiscalização e não aplicação dos procedimentos de TAB (9) necessários. No nível operacional, são em geral inexistentes rotinas de inspeção e calibração periódica. Finalmente, podemos mencionar a limitada capacidade de integração com demais sistemas e malhas de controle existentes no edifício.

Em relação à capacidade de supervisão, muito raramente, o responsável pela avaliação das informações fornecidas pelo sistema de controle (quando existe alguém com essa função) possui a capacidade mínima necessária para interpretar o que se passa com os diferentes processos, tendo dessa forma sua tomada de decisão bastante limitada.

Não obstante, para uma aplicação IoT bem sucedida, visando o controle da Covid 19, além da correção desses problemas é ainda necessário ampliar a capacidade de monitoramento dos sistemas atuais por meio de sensores tais como de PM de DP entre outros ainda pouco empregados nas instalações de HVAC.

Como vimos, uma grande parcela das gotículas geradas pela pessoa contaminada possui dimensão muito reduzida, classificadas como aerossóis, e permanecem em suspensão no ar por longos períodos. Essas gotículas se movimentam no ar de acordo com os padrões de escoamento existentes e podem se deslocar a distâncias consideráveis, vindo a alcançar a pessoa susceptível. Já bastante tempo atrás esse tipo de transmissão vem sendo estudado como, por exemplo, em um estudo de Li et al. (2004) onde dados colhidos em um hospital foram comparados a simulações via CFD do campo de escoamento, mostrando evidências da transmissão por aerossóis. Apesar da disseminação da contaminação pelo SARS-CoV-2 por aerossóis não ser ainda um consenso no meio científico, é aceita como uma hipótese altamente plausível (Patel, 2020; Davis, 2020; Lloyd, 2020).

Seja como for, independentemente do tamanho da gota, as ações consideradas efetivas para diminuir o risco de infecção nos ambientes além da ventilação, devem também considerar a difusão e filtragem adequada do ar de forma a reduzir a presença do vírus no ambiente (ASHRAE, 2020).

Com respeito à filtração por exemplo, um estudo desenvolvido por Azimi e Stephens (2014) mostrou que a transmissão do vírus Influenza por aerossóis em ambientes de escritório pode ser controlada de forma economicamente mais viável ao se utilizar filtros MERV 13–16 do que se elevando as taxas de renovação. Uma vez que nas instalações existentes o aumento das taxas de renovação pode ser proibitivo, considerar tal opção de filtragem como medida de controle pode ser uma solução. Contudo, isso requer um monitoramento contínuo mais efetivo da eficiência de filtragem através da pressão diferencial nos filtros, bem como manutenção preditiva voltada para a substituição dos filtros. Tal gestão é justamente algo que pode ser resolvido de forma eficiente por uma aplicação IoT.

Mas, além do exposto, é necessário que se implementem recursos de “inteligência artificial” para contornar as limitações humanas na análise e tomada de decisão. Algoritmos devem ser desenvolvidos e implementados em nuvem, com a capacidade de correlação entre os parâmetros operacionais do sistema AVAC e os parâmetros QAI, além dos registros de manutenção e dados de biometria.

Sobre Dashboards e IA

Além da apresentação da evolução temporal dessas variáveis e avaliação de que se encontram dentro dos limites recomendados, cabe destacar ainda a importância de se apresentar índices de qualidade do ar interior como o IAQI, entre outros, que permitem uma avaliação mais global da condição existente no ambiente. No entanto, no que se refere ao controle da contaminação pela Covid 19, não há no momento um índice específico que possa ser considerado para avaliar o risco de contaminação no ambiente.

Uma característica que deve estar implementada em qualquer aplicação IoT é a forma como as informações são apresentadas ao usuário/gestor do edifício. Normalmente isso é feito através de dashboards que nada mais são que uma forma gráfica de apresentação reunindo, em uma mesma tela, informações relevantes tais como alarmes, séries temporais, tendências etc. Apesar dessa diversidade de informações, pouco apoio ao diagnóstico e à tomada de decisão é fornecido pelas atuais interfaces com o usuário. Ao mesmo tempo, devemos reconhecer que, em geral, o usuário tem capacidade muito limitada de entendimento dos processos envolvidos para que possa tirar conclusões relevantes e determinar medidas corretivas, ajustes e demais ações afetando os sistemas instalados e o edifício como um todo. Mais desenvolvimentos e significativo esforço são ainda necessários para o desenvolvimento de algoritmos voltados para esquemas de machine learning (10) compondo um sistema de Inteligência Artificial que minimize a necessidade de intervenção humana.

Conclusões

No presente artigo tecemos considerações que se aplicam no contexto de uma eventual implantação da Internet das Coisas no controle do SARS-CoV-2 em edifícios. Os pontos mais relevantes para alcançar um controle efetivo e bem sucedido na minimização dos riscos de transmissão são: a extensão dos recursos de instrumentação, a aplicação do conceito de biofeedback e o desenvolvimento de algoritmos capazes de uma análise integrada desses fatores, empregando recursos de machine learning.

Professor Dr. João Pimenta, leciona na Escola de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília e é coordenador do Laboratório de Refrigeração e Ar-Condicionado da instituição

Referências

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Azimi, P., Stephens, B. HVAC filtration for controlling infectious airborne disease transmission in indoor environments: Predicting risk reductions and operational costs, Building and Environment, Volume 70, 2013, Pages 150-160, ISSN 0360-1323. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2013.08.025 ou http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0360132313002515

Bernardes, J., 2020, Biossensor será adaptado para realizar o diagnóstico do coronavírus. Jornal da USP. Editorias: Ciências, Ciências da Saúde. Disponível em https://jornal.usp.br/?p=333070  Acesso em: 22/07/2020

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Davis, N. 2020, Does coronavirus spread in the air and how do we stay safe? The Guardian, Tue 14 Jul 2020 Disponível em: https://www.theguardian.com/world/2020/jul/14/coronavirus-spread-airborne-transmission-covid-19-how-do-we-stay-safe. Acesso em: 17/07/2020.

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Xiao Wu, Rachel C. Nethery, Benjamin M. Sabath, Danielle Braun, Francesca Dominici, Exposure to air pollution and COVID-19 mortality in the United States: A nationwide cross-sectional study. medRxiv 2020.04.05.20054502; doi: https://doi.org/10.1101/2020.04.05.20054502) Acesso em: 15/07/2020

Xu, Y.; Zhao, J.; Shi, J.; Chi, N. Reversed Three-Dimensional Visible Light Indoor Positioning Utilizing Annular Receivers with Multi-Photodiodes. Sensors 2016, 16, 1254. Disponível em: https://www.mdpi.com/1424-8220/16/8/1254 Acesso em: 22/07/2020.

Yan Shi, He Liu, Yixuan Wang, Maolin Cai and Weiqing Xu. Journal os Sensors – Special Issue: Theory and Application of Audio-Based Assessment of Cough. Advanced Internet of Things and Big Data Technology for Smart Human-Care Services. Volume 2018 |Article ID 9845321 | 10 pages https://doi.org/10.1155/2018/9845321 Disponível em: https://www.hindawi.com/journals/js/2018/9845321/, Acesso em: 15/07/2020

 

NOTAS

[1]  “sentir” a temperatura de um dado fluido é com base na comparação desse valor com o valor de referência (set point) geram um sinal de controle que serve à modificar a condição operacional de um dado componente do processo, atuando sobre o mesmo.

2 A sigla RFID do inglês “Radio-Frequency IDentification” é um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID.

3 Uma famosa frase, Mark Weiser revela o impacto de uma tecnologia pela sua capacidade de se confundir se tornar tão difusa que deixa de ser evidente. Disse ele: “The most profound technologies are those that disappear. They weave themselves into the fabric of everyday life until they are indistinguishable from it.”

4 Um gateway é um nó de uma rede conectando redes com diferentes protocolos de transmissão. Os gateways servem como um ponto de entrada e saída para uma rede, pois todos os dados devem passar ou se comunicar com o gateway antes de serem roteados.

5 Dose infecciosa é a quantidade de vírus necessária para estabelecer uma infecção. Para o vírus influenza por exemplo, 10 unidades virais são suficientes para infectar a pessoa susceptível. O número de partículas virais do corona vírus necessário para desencadear uma infecção é desconhecido mas, como este se mostra muito contagioso, supõem-se que poucas unidades virais podem causar a infecção, i.e., a dose infecciosa seria baixa.

6 Uma medida importante para se minimizar a transmissão por via fecal é a manutenção da tampa do assento sanitário baixada durante a ação de descarga e ainda manter o exaustor do banheiro ligado continuamente.

7 As gotículas que transportam o vírus são formadas essencialmente de água que se evapora rapidamente quando a umidade relativa do ar é baixa. Isso não elimina o vírus, mas torna as gotículas cada vez menores, intensificando o problema da difusão.

8 Não consideramos quanto a isto as limitações legais que obviamente poderiam se aplicar.

9 A sigla TAB diz respeito ao conjunto de ações voltadas para o Teste, Ajuste e Balanceamento dos sistemas instalados, para que sejam considerados aptos à entrada em operação.

[1]0 “Machine Learning” que poderíamos traduzir como “aprendizado de máquina” é uma aplicação de inteligência artificial (IA) que consiste em programas de computador que podem acessar dados e usá-los para aprender de forma independente, aprimorando esse aprendizado automaticamente a partir da experiência, sem requerer explicitamente que seja programado para tal de forma contínua.

Leia direto na fonte ACESSE

 

MMA lança novo vídeo com orientações para detecção de vazamentos por hidrogênio

O Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH criaram a série de vídeos “Boas Práticas em Minutos” que chega agora ao quinto vídeo publicado no YouTube. A série de vídeos técnicos tem como diferencial serem todos apresentados por professores, especialistas na área, e gravados em laboratórios das escolas parceiras do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), localizadas em diversas regiões do Brasil.

Este novo vídeo da série “Boas Práticas em Minutos” tem como título: Método de detecção de vazamentos por hidrogênio para sistemas de refrigeração comercial e ar condicionado. Foi filmado no laboratório de Refrigeração e Climatização do Senai Várzea Grande, em Mato Grosso, e é apresentado pelo instrutor da escola, Reginaldo Castro Farias, que dá várias dicas sobre como utilizar com eficiência o método por hidrogênio para detectar microvazamentos e, desta forma, evitar a dispersão de gases destruidores da Camada de Ozônio, como os HCFCs, no meio ambiente.

A experiência de gravar vídeos foi novidade para a maioria dos professores que participam da série, como o instrutor Reginaldo, que se surpreendeu com o bom resultado: “Achei que o vídeo ficou muito bom. Gostei. Muito bem editado. Trabalho muito profissional! Eu não esperava que ficasse tão bom. Foi muito além das minhas expectativas”, diz. Ele já é um fã da série, que se tornou ferramenta audiovisual para suas aulas. “Assisti a todos os vídeos da série lançados até agora. Todos muito bons! Parabéns por esse ótimo trabalho! Indico todos para meus alunos e ex-alunos. Lembrando que esse tipo de conteúdo técnico, qualificado, é escasso no YouTube. Lá tem muitos vídeos, mas não com esse nível de conhecimento técnico para a nossa área.”

A equipe do Senai MT gostou muito do vídeo e elogiou o professor pelo empenho na gravação. “Gostei muito. Ficou um vídeo bem específico da área e com todos os procedimentos bem explicados pelo professor, que se saiu muito bem”, afirma Nilva Alves Rodrigues, coordenadora pedagógica. “Vamos poder utilizar muito esse vídeo, principalmente quando voltarem as aulas presenciais, do Cursos de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Janela e Mini-Split”, que foram suspensas por causa da pandemia do Covid-19 e estão previstas para retornar a partir do mês de setembro”, complementa.

 

Sistema Híbrido para Cursos de Climatização e Refrigeração

“O vídeo ficou muito bom. Vamos divulgá-lo nos nossos grupos internos da escola e, também, por meio dos canais de comunicação da Federação das Indústrias, para as escolas de todo o Estado de Mato Grosso. Esse vídeo vai nos ajudar, inclusive, na obtenção de novos alunos. Os futuros alunos, ao assistirem esse vídeo, já terão noção do que irão vivenciar na prática no curso”, afirma Helton Reis, gerente do SENAI Várzea Grande. O gerente afirma ainda que esse vídeo, e toda a séria “Boas Práticas em Minutos”, vão contribuir muito para os novos modelos híbridos de aulas do Senai, que somam aulas online e presenciais. Esse modelo surgiu em resposta ao momento de pandemia, que exige o distanciamento social, quando as aulas presenciais foram suspensas.

Especialmente no primeiro semestre deste ano, segundo Reis, o Senai de Mato Grosso, assim como demais escolas do Senai no Brasil, teve de se reestruturar, se adaptando a um novo orçamento (contribuições ao Sistema SENAI foram reduzidas para desonerar a Indústria), o que implicou inclusive no fechamento de três unidades no Estado. Mas, ao mesmo tempo, essa reestruturação teve um aspecto positivo, enfatiza ele, que foi a transformação de vários cursos para o Sistema Senai EAD (Educação a Distância Ambiente Virtual de Aprendizagem). “Aconteceu tudo muito rápido. Tivemos de fazer o trabalho de anos em poucos meses para criar a versão dos cursos técnicos EAD no Senai. E conseguimos. Hoje, nossa escola, já disponibiliza vários cursos por EAD (Eletromecânica, Automação, entre outros), no modelo Senai 360°. Este modelo vai se perpetuar pós-pandemia, convivendo com as aulas presenciais”, afirma.

A novidade, prevista na escola, provavelmente a partir do segundo semestre do próximo ano, serão os cursos de Climatização e Refrigeração também com aulas online. “Estamos trabalhando no sistema híbrido, que soma aulas onlinelives e aulas práticas semanais na escola, incluindo provas presenciais, para vários cursos, inclusive para os cursos de Climatização e Refrigeração. Essa mudança veio para ficar. No início da pandemia não estávamos preparados, mas agora estamos e percebemos que com as aulas EAD estamos alcançando um público que antes não conseguíamos, que são os alunos das pequenas cidades do interior de Mato Grosso. Com isso atingimos muita gente”, explica.

 

Confira e compartilhe o novo vídeo sobre Detecção de Vazamentos por Hidrogênio: https://www.youtube.com/watch?v=b8_YJW26o6s

Daikin ultrapassa nível de eficiência energética na nova classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem

Equipamentos são concebidos com elevados índices de desempenho e eficiência nas condições reais de uso e estão prontos para comercialização com a nova etiquetagem

A Daikin, empresa de origem japonesa e maior fabricante de ar condicionado no mundo, se antecipa e, a partir de outubro de 2020, oferece ao mercado de HVAC-R toda linha de produtos residenciais com a nova etiqueta de classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) para aparelhos de ar condicionado.
Os novos critérios publicados pelo Inmetro em julho último, por meio da Portaria nº 234, evidenciam a economia dos equipamentos com compressor de velocidade variável (inverter), que passa a ser feita pelo método de carga parcial e métrica sazonal, obtendo um Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal (IDRS), indicador mais fidedigno e fundamental para que os consumidores possam diferenciar os produtos que atualmente são comercializados.

Tomoji Miki, presidente da Daikin, entende que a atualização dos critérios de classificação anunciada pelo Inmetro fará com que o Brasil finalmente fique alinhado à tendência global.
“Essa mudança será bem-vinda para os consumidores finais na aquisição de equipamentos de fabricantes com a mais alta tecnologia, como a Daikin, obtendo mais informações para a tomada de decisão. Na classificação anterior, segundo a tabela que constava no site antes da mudança na classificação, mais de 90% dos equipamentos inverter no mercado eram classificados como Classe ‘A’, sendo que na realidade, a eficiência energética desses produtos é totalmente diferente. A superioridade da tecnologia inverter depende das condições de temperatura externa e do tempo de operação do equipamento, avaliados nesta atualização. Especialmente durante a pandemia da COVID-19, a tendência é o aumento do tempo que ficamos em casa, o que torna os benefícios do inverter ainda maiores”, informa Miki.

A atualização tem como foco o aumento dos níveis de eficiência energética para que o aparelho possa receber a ENCE (Etiqueta Nacional de Consumo de Energia) e o Selo Procel de Economia de Energia. Entre as mudanças, a nova Classe ‘A’ deverá apresentar eficiência de 5,5 W/W, contra os 3,24 aceitos anteriormente.

Os produtos da Daikin com tecnologia inverter se enquadram em diferentes níveis de eficiência, a depender da linha, mas todos com Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal (IDRS) superiores a 6,0. As linhas Split Hi Wall Advance (Só Frio e Quente/Frio) possuem IDRS de 6,20; e a linha Split Hi Wall Exclusive com IDRS na faixa de 6,70.
Já o Split Hi Wall 32.000 BTU/h, o primeiro do Brasil a utilizar o fluido refrigerante R32, apresenta IDRS de 7,50. Seria um produto Classe ‘A’, mesmo quando os critérios ficarem mais rígidos, o que deve acontecer a partir de 2026.

Para Leandro Lourenço, gerente de engenharia de produto da Daikin, a mudança na avaliação do nível de eficiência, considerando a carga parcial e não somente a plena carga, se aproxima muito mais da situação real de uso de um condicionador de ar, uma vez que a carga térmica do ambiente climatizado e a temperatura externa variam bastante, não somente ao longo do ano, mas também de um mesmo dia.
“Isso demonstra o real benefício em economia de energia proporcionado por produtos que empregam tecnologias mais modernas, como é o caso de equipamentos do tipo inverter. O consumidor é quem mais se beneficiará com a nova classificação, sabendo de forma mais clara, porque um produto com preço mais elevado pode ser atrativo, proporcionando maior economia de energia durante sua operação. Isso embasará a sua decisão de compra. Se ele busca o menor custo e não se importa com o consumo de energia, poderá optar por produtos mais baratos e de classificação mais baixa, enquanto que, se deseja investir em produtos de maior tecnologia, poderá mensurar os benefícios desta decisão em termos de economia. O mais importante é que a informação necessária para a tomada de decisão estará clara”, enfatiza.

Acompanhando as mudanças, a Daikin está desenvolvendo ações para informar os distribuidores e consumidores sobre os produtos que se encontram no mercado e atendem aos novos critérios. Inclusive, a partir de outubro de 2020, toda a produção utilizará a etiquetagem com a nova classificação.
“Como os produtos que a Daikin fabrica e comercializa no Brasil foram concebidos para entregar desempenho e eficiência elevados nas condições reais de uso, eles já estão prontos para a nova etiquetagem. Nada precisa ser alterado”, informa Lourenço.

Critérios avaliados e impactos no mercado de HVAC-R
Para que fosse possível a avaliação com a nova abordagem, as seguintes mudanças foram implantadas pelo Inmetro:
– Utilização de mais de um ponto de teste, em diferentes condições de funcionamento;
– Avaliação da quantidade de horas de funcionamento e condições climáticas mais próximas das condições reais de uso;
–  Utilização do IDRS (Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal) como critério de classificação, ao invés do CEE (Coeficiente de Eficiência Energética) até então utilizado, também conhecido como EER ou COP.

“Para o mercado de HVAC-R, especificamente os residenciais e comerciais leves (com capacidade até 60.000 BTU/h), o impacto da nova classificação será principalmente sobre a redistribuição dos produtos na gama de classificações possíveis. Enquanto que, ainda sob a regra antiga, quase todos os aparelhos de ar condicionado no mercado se apresentam como Classe ‘A’, mesmo os do tipo velocidade fixa. Sob a nova regra isso deve mudar. Produtos de velocidade fixa tenderão a ser classificados como Classe ‘E’ ou ‘F’, e produtos do tipo inverter de tecnologia inferior, deverão ser classificados como ‘D’, ‘C’ ou ‘B’. A Daikin, como foi a primeira empresa a apresentar ao mercado uma linha completa de produtos já aprovados com elevados índices de eficiência no novo critério do Inmetro, poderá se benefici ar com e sta mudança”, diz o gerente de engenharia de produtos.
Ele acrescenta que o potencial de economia proporcionado pela tecnologia inverter pode variar bastante. “Isso depende não somente de quão elaborada é a tecnologia inverter empregada, mas também da região, do período de utilização, época do ano, dentre outros fatores, podendo chegar até 70% de economia, como comprovamos em testes de campo feitos na UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, PUC-RJ e Mauá, em relação a um produto de velocidade fixa utilizado nas mesmas condições. Isto ocorre porque o produto modula sua capacidade à necessidade do ambiente, podendo manter o compressor em funcionamento em rotações bastante baixas, evitando o tradicional liga/desliga”.

As novas classificações dos produtos Daikin estão disponíveis no site do Inmetro: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/condicionadores-de-ar-indices-novos-idrs.pdf

Além da atualização dos critérios, a Portaria também traz um cronograma de adequação para as novas regras. Dividido em fases, estabelece o período que será proibida a fabricação, importação e comercialização dos produtos fora das novas especificações determinadas pelo Inmetro, assim, os fabricantes terão até dezembro de 2022 para se ajustarem aos novos critérios, mas já será possível utilizar a nova etiqueta a partir da publicação da Portaria.


Ana Paula Basile Pinheiro – Assessoria de Comunicação
apbasile@uol.com.br

Webinar DNTA ABRAVA – “A Importância do Tratamento de Águas para sistemas de AVAC-R” – 15 de setembro

Webinar ABRAVA em comemoração ao Dia Internacional do Ozônio – 16 de setembro

ABRAVA informa recesso no dia 07 de setembro

ABRAVA informa recesso no dia 07 de setembro em função da comemoração do dia da Independência do Brasil.

Retornamos às atividades no dia 08 de setembro.

Aproveitamos para reinterar a forma de contato com o staff da ABRAVA . ACESSE 

 

Att Equipe ABRAVA

Qualindoor ABRAVA destaca artigo “Tornando os locais de votação mais seguros”

Assim como nos Estados Unidos, que terão eleição presidencial em 03 de novembro de 2020, no Brasil estão previstas eleições municipais para 15 de novembro, com segundo turno marcado para dia 29 desse mesmo mês. Os eleitores escolherão os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos 5.568 municípios do País.

Em artigo publicado pela ASHARE em 20 de agosto, abaixo resumido, são apresentadas recomendações gerais para a boa qualidade do ar interno nos ambientes de votação, as quais devem ser observadas e estão relacionadas aos sistemas de ventilação, de ar-condicionado e de abastecimento de água:

Escolha do local de votação: Devem ser selecionados espaços amplos para que as pessoas guardem distância entre elas e, se possível, com um teto alto para fornecer mais volume para diluição do ar, e preferencialmente com janelas que possam ser abertas para garantir a boa ventilação e renovação do ar.

Inspeção e manutenção: É importante avaliar a condição dos sistemas de ventilação e de água e fazer os reparos necessários. Todos os proprietários de edifícios e profissionais de serviço devem seguir as normas de inspeção e manutenção de sistemas de ar condicionado.

Operação de sistemas de ar-condicionado: Os sistemas de exaustão de espaços de trabalho e de banheiros devem estar funcionando quando o espaço estiver ocupado. Se o sistema possuir sistema automático de liga / desliga com o termostato, deve ser considerado manter a ventilação ligada constantemente durante as horas ocupadas. No banheiro, se a exaustão for controlada por interruptores manuais, deixe o ventilador funcionando por 20 minutos após o uso ou considere manter o interruptor na posição “ligado” e usar sinalização para não se alterar essa configuração.

Ventilação: Um bom suprimento de ar externo, dimensionado de acordo com as normas, é importante para diluir contaminantes internos como ação de primeira linha de defesa contra a transmissão por aerossol do SARS-CoV-2. Ciclos de renovação do pré e pós-ocupação são recomendados para “lavar” o edifício com ar limpo. Se o local de votação não for ventilado ou mal ventilado e a eficiência do filtro não for boa, deve ser considerada a abertura de portas e janelas.

Distribuição de ar: a distribuição do fluxo de ar não deve causar fluxo de ar do rosto de uma pessoa para outras pessoas, portanto, deve-se tomar cuidado ao usar ventiladores pessoais.

Filtração do ar: Recomenda-se o uso de pelo menos filtros com classificação G4 + M5, com atenção as determinações da norma ABNT NBR 16401, que traz uma tabela correlacionando o ambiente e a classificação adequada dos filtros, se isso não afetar adversamente a operação do sistema. Se os filtros G4 + M5 não puderem ser utilizados, inclusive quando não houver ventilação mecânica no ambiente, filtros de ar do tipo HEPA portáteis podem ser usados em espaços ocupados como uma medida alternativa.

Limpeza do ar: Purificadores de ar, como desinfecção germicida ultravioleta, também podem ser considerados para complementar a ventilação e a filtração. Tecnologias e equipamentos específicos devem ser avaliados para garantir o tratamento efetivo do ar interno sem gerar contaminantes adicionais ou impactar negativamente a distribuição do ar espacial ao criar fortes correntes de ar.

Temperatura e Umidade: É desejável definir o termostato do ar-condicionado na extremidade superior da zona de conforto de temperatura de 22 a 26°C, e manter a umidade relativa entre 40 e 60%, conforme legislação da ANVISA.

Considerações sobre o uso de energia: Ao selecionar estratégias de redução de custos, deve-se levar em consideração o uso de energia, pois pode haver várias maneiras de atingir as metas de desempenho que têm impactos muito diferentes no uso de energia.

Mudanças de controle e uso de recuperação de energia para limitar ou compensar o efeito das mudanças na taxa de ventilação do ar externo e eficiência do filtro podem reduzir ou compensar eventuais acréscimos de consumo de energia e custos operacionais.

Precauções do sistema de água: Prédios que não foram ocupados podem estar com a água estagnada e os sistemas de água devem ser devidamente inspecionados e preparados para remover contaminantes potenciais.

 

Para conhecer a orientação completa sobre ar-condicionado, ventilação e sistemas de abastecimento de água em locais de votação, clique aqui.

 

Sobre ASHRAE

Fundada em 1894, a ASHRAE é uma sociedade profissional global comprometida em servir a humanidade através do avanço das técnicas e ciências de aquecimento, ventilação, ar condicionado, refrigeração e seus campos associados.

A ABRAVA parabeniza empresas associadas que fazem aniversário no mês de Setembro

A ABRAVA parabeniza empresas associadas que fazem aniversário no mês de Setembro de 2020

Sentimo-nos honrados em tê-los em nosso quadro de afiliados.

Desejamos-lhes sucesso e prosperidade!

Empresas e quantos anos de empresa

NOME DA EMPRESA

AIR PLUS INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO LTDA.

ANOS DE FUNDAÇÃO 4
AIRPLACE COMERCIAL EIRELI – ME 6
ANALISE – TESTE DE SISTEMAS DE AR LTDA. 24
AR TECNOLOGIA E CLIMATIZAÇÃO LTDA ME 10
CAR FRESH EIRELI ME 5
CASA DO AR CLIMATIZAÇÃO 13
COMERCIAL NOVA GLOBAL DE GUARULHOS LTDA. 34
CONDUTOR INDUSTRIA DE METAIS EIRELLI – EPP 7
DAIKIN MCQUAY AR CONDICIONADO BRASIL LTDA. 15
DARMATEC 1
DIS COMERCIO ELETRODOMESTICOS LTDA. 5
ECOTEC SOLUÇÕES EMBIENTAIS EIRELLI ME 7
ELCO DO BRASIL LTDA 22
ELO COMÉRCIO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA. EPP 38
ENGENHARIA DE SISTEMAS TÉRMICOS LTDA 40
FPS FACILITIES DE PROPRIEDADES S SERVIÇOS EIRELLI EPP 4
FRANCISCO  REFRIGERAÇÃO M 10
FRIMAR REFRIGERAÇÃO LTDA 37
FULL GAUGE ELETRO CONTROLES LTDA. 35
GREEN SOLUTIONS PROJETOS E ASSESSORIA EM CLIMATIZAÇÃO LTDA 19
H2AR 9
HIDRODEMA SISTEMAS HIDRAULICOS EIRELLI 15
IMPERADOR DAS MÁQUINAS LTDA 33
K11 COMERCIAL  E IMPORTADORA LTDA – ME 8
KELVIN AR CONDICIONADO LTDA. 33
LG ELECTRONICS DO BRASIL LTDA. 25
MASSTIN ENGENHARIA E INSTALAÇÖES LTDA. 42
MAYEKAWA DO BRASIL EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA 52
MULTIAR AR CONDICIONAD0 LTDA.ME 15
POSITRON ENGENHARIA S/C LTDA 27
RGN ENGENHARIA DE AR CONDICIONADO S/C LTDA 20
SECONAR SERVICE MANUTENÇÃO LTDA – EPP 18

 

Att Equipe ABRAVA

Oportunidade no setor AVAC-R

Oportunidade no setor AVAC-R

 

Pregão eletrônico:  nº 313/2018-SMS.G

Orgão: Secretaria Municipal de Saúde – SMS

Processo: 6018.2017/0006896-7

Publicado em: 26/09/2018

Local de Execução: São Paulo

Abertura da Sessão: 09/10/2018 10:30

Objeto:   Condicionador de ar, split tipo de parede.

FONTE:  http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/BuscaLicitacao.aspx

Boletim Jurídico ABRAVA – DCBE – Aumento do valor mínimo para a declaração anual de capitais brasileiros no exterior

No dia 3 de agosto de 2020, foi publicada a Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 4.841/2020, aumentando o limite de valor de bens e valores no exterior do qual alguns brasileiros estão obrigados a declarar na chamada “Declaração de Bens e Valores Possuídos no Exterior por Pessoas Físicas ou Jurídicas, Residentes, Domiciliadas ou com Sede no País” (DCBE).

Desde 2004 e até a entrada em vigor da resolução acima referida, o valor mínimo dos ativos sujeitos a declaração era de US$ 100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos da América).

Agora, por meio desta alteração, as pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas ou sediadas no Brasil somente estarão obrigadas a declarar anualmente seus bens e direitos no exterior se possuírem ativos que, totalizados, tem valor igual ou superior a US$ 1.000.000,00 (um milhão de dólares dos Estados Unidos da América), na data-base de 31 de dezembro de cada ano.

Lembramos que, além da obrigação de declaração anual, os ativos brasileiros no exterior que totalizem valor igual ou superior a US$ 100.000.000,00 (cem milhões de dólares dos Estados Unidos da América) nas datas-base de 31 de março, 30 de junho e 30 de setembro de cada ano, devem ser declarados por seus titulares trimestralmente.

Cabe ressaltar ainda, que o não fornecimento das informações regulamentares exigidas ou pela prestação de informações falsas, incompletas, incorretas ou fora dos prazos e das condições previstas na regulamentação em vigor relativas a ativos brasileiros no exterior pode sujeitar os respectivos titulares ao pagamento de multa de até R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).

A Rosenthal Advogados é o escritório responsável pelo Departamento Jurídico da ABRAVA, informações por meio do email juridico@abrava.com.br.

 

 

Senai oferece Curso Técnico de Informática para a Internet com aplicação para sistemas AVAC-R – Inscrições até 04//09

SENAI está lançando o Curso Técnico de Informática para a Internet.
A unidade que trabalho, localizada no bairro do Cambuci desenvolverá esse programa.

O curso possibilita o aluno, por exemplo, a desenvolver uma plataforma web para coleta e análises de dados de forma remota, confiável e em tempo real para a manutenção e outras aplicações em sistemas de AVAC-R!

Para detalhes do curso ACESSE

 

Para informações e inscrição  ACESSE