A nova diretoria do Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), mais uma vez encabeçada pelo empresário Carlos Eduardo Marchesi Trombini, tomou posse ontem, segunda-feira (17) na capital.

Após alteração estatutária, o mandato que agora se inicia terá duração de dois anos, até 2021, em vez dos tradicionais quatro anos que terminaram com esta gestão (2015-2019).

Entidade que atualmente representa em torno de 3,5 mil empresas, o sindicato – assim como milhares de outros em todo o Brasil – também precisou se adaptar às novas regras da reforma trabalhista, que tornou facultativa a contribuição associativa.

Em entrevista ao Blog do Frio, Trombini afirmou que o primeiro impacto pós-reforma se deu no quadro associativo, que caiu sensivelmente, problema que levou sua primeira diretoria a promover uma mudança radical de postura na comunicação com o setor.

“Criamos novos serviços e benefícios para gerar renda para o sindicato e, com isso, também agregar ainda mais valor ao relacionamento da nossa entidade com a base”, explicou o dirigente, revelando que hoje são 75 associadas, número que pré-reforma era de 100 empresas.

“Deixamos de apenas comunicar negociações sindicais ou fatos relevantes na área tributária e fiscal, e passamos também a ofertar, por exemplo, assessoria jurídica por meio da contratação de um escritório de advocacia especializado em assuntos tributários, fiscais e trabalhistas, a fim de esclarecer dúvidas de todos os nossos associados”, complementou.

O presidente do Sindratar-SP também destacou que em sua gestão anterior também buscou se aproximar da base com a produção e publicação de artigos e textos de interesse por meio de informativos.

Além disso, conta Trombini, houve a adoção de um plano bastante audacioso para mudança da estrutura organizacional do sindicato, que passou a contar com uma diretoria executiva, responsável por criar eventos sobre assuntos contemporâneos, como a Indústria 4.0 e a participação maior da mulher no mercado de trabalho.

“Promovemos um processo de comunicação com o mercado de forma bem tranquila, mostrando que o sindicato não é o tipo de entidade que apenas cuida de temas sindicais, mas que está antenada com as transformações do setor”, enfatizou o presidente.

A entidade tem tido participação ativa em atividades em departamentos internos e em grupos de trabalho da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), ações que tem ajudado a tomar decisões estratégicas para melhor atender seus associados. Atualmente, Trombini coordena um grupo de trabalho que trata de assuntos ligados à segurança de sistemas prediais.

“Meu sonho é desenhar uma política industrial para o nosso segmento, uma vez que hoje ele é muito dependente de importações e exportações, e a ideia é que haja mais indústrias produzindo no Brasil, desenvolvendo e fabricando produtos. Nós vamos nos dedicar em buscar apoiar mais as empresas brasileiras”, ressaltou.

Mercado

Embora o País esteja há anos em crise econômica e agora já comece a flertar com a chamada “recessão técnica”, o HVAC-R tem se destacado por continuar crescendo de forma cadenciada, principalmente na indústria da construção civil, por meio de obras de infraestrutura.

Trombini também mencionou o agronegócio como uma fonte crescente de negócios, pela força e robustez dos investimentos em refrigeração comercial e industrial.

Resolução 68

Baixada pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) e publicada em 5 de junho no Diário Oficial da União, a Resolução 68 é vista com cautela pelo presidente do sindicato paulista, que preferiu, neste momento, se abster de comentá-la, salientando que “este é um assunto que não compete ao Sindratar-SP, de certa forma, se envolver”.

Segundo a resolução, os técnicos em refrigeração e ar condicionado, mecânica e eletromecânica são profissionais habilitados para planejar, elaborar, executar, coordenar, controlar, inspecionar e avaliar a execução de manutenção de sistema de refrigeração e climatização e todos os serviços do Plano de Manutenção Operação e Controle (PMOC) de sistemas de ar condicionado.

“Nós apoiamos todos os conselhos de profissionais, não temos absolutamente nada contra qualquer um. Sabemos que, em função das necessidades específicas, os conselhos foram surgindo e hoje têm tratado seus assuntos mais próximos da sua base, e isso faz parte do desenvolvimento o Brasil”, disse.

“Enfim, nós, do Sindratar-SP, apoiamos a harmonização e o diálogo entre todas as categorias profissionais – engenheiros, arquitetos, técnicos e tecnólogos”, arrematou engenheiro, que no último sábado (15) concluiu o curso de pós-graduação em gestão e eficiência energética pela Escola Senai Oscar Rodrigues Alves.

 

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