Primeira instrutora mulher do curso “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” – parte integrante da segunda fase do Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs –, a rondoniense Jossineide Oliveira e Silva em breve vai a fazer as malas rumo a nova proeza profissional.

Educadora, consultora e empreendedora, ela foi convidada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), na qualidade de coordenadora do PBH, e pelo Proklima, programa que apoia mundialmente a implementação do Protocolo de Montreal, por meio da agência GIZ, a integrar um grupo composto por 15 brasileiros que vai participar do Cool Training, treinamento focado no uso de refrigerantes naturais em sistemas comerciais.

Ministrado de 3 a 14 de junho na cidade alemã de Maintal, o curso vai abordar os diversos aspectos envolvendo a utilização de propano (R-290), dióxido de carbono (R-744) e amônia (R-717) nesse tipo de obra. A programação igualmente prevê visitas monitoradas a empresas locais especializadas em refrigeração e ar condicionado.

“Nosso país ainda está muito receoso nesse campo, até mesmo porque já tivemos alguns acidentes de trabalho, mas a tendência é a forte entrada desses gases no HVAC-R”, reconhece Neide, como é mais conhecida.

Com 25 anos de atuação na área, atualmente ela trabalha em parceria com o colega empresário João Fecceo, da Vento Sul, marca que estrategicamente ambos resolveram fortalecer.

Já no Senai da capital de Rondônia, onde foi aluna em meados dos anos 1990, assumiu à época o cargo de artífice (assistente de instrutor), condição oferecida aos melhores alunos, mas logo assumiu o posto de professora, ocupado até hoje.

Casada e mãe de três filhos, ela continua querendo aprender. Agora, fazendo uma nova faculdade, pois acabou se formando em serviço social quando sua cidade ainda não oferecia o curso de engenheira mecânica.

Mesmo assim, Jossineide justifica o rumo tomado. “Sempre me preocupei em inserir as pessoas no mercado de trabalho, sobretudo as que possuem alguma limitação”, conta a profissional, na qualidade de quem também enfrentou muitas barreiras pelo fato de ser uma mulher exercendo um ofício num campo onde a mão de obra masculina é predominante.

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