Segundo a Abrava, associação que representa o setor, a previsão é vender cerca de 4 milhões de unidades de equipamentos da linha residencial em 2023

Nem a conta de luz mais cara ameaça o sonho do brasileiro em home office de driblar o calorão. Com as altas temperaturas em todo país, as vendas de ar-condicionado no início de 2023 permanecem em alta. “A tendência deve ser mantida durante o ano todo, pois já está previsto o [fenômeno] El Niño, de acordo com o Climatempo”, esclarece Gilson Miranda, presidente do Departamento Nacional do Comércio da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Miranda explica que as vendas ficaram um pouco abaixo da média em 2022 devido às baixas temperaturas, mas para 2023 é previsto um aumento da ordem de 10%. “Espera-se vender cerca de 4 milhões de unidades de equipamentos da linha residencial”, detalha.

A Abrava avalia que a conta de luz mais cara, com o retorno de subsídios ao consumidor, não vai inibir a comprar dos equipamentos. “Há muito tempo o uso de ar-condicionado deixou de ser apenas um item de luxo, hoje em dia é visto como artigo de primeira necessidade quando pensamos em conforto térmico e qualidade do ar interno”, defende.

Ele complementa ainda que, em virtude dos níveis elevados dos reservatórios, a energia não deve sofrer alterações de bandeiras tarifárias como no ano passado. Além disso, Miranda esclarece que as novas tecnologias disponíveis, em especial relacionadas à eficiência energética, têm contribuído para as vendas. “Muitas vezes chega até a 70% a economia de energia se comparados a alguns modelos mais antigos”, diz.

De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 17% dos domicílios contam com aparelhos de ar-condicionado.

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