Seguindo as tendências normativas da Europa, que têm por objetivo instalar tecnologias que promovam a geração de eficiência energética e que reduzam a quantidade de amônia em circulação no sistema, uma multinacional francesa do setor alimentício contratou a Mayekawa do Brasil para desenvolver o sistema de refrigeração para o congelamento e resfriamento dos seus produtos em sua nova fábrica brasileira, que prioriza instalações com baixa carga de fluidos refrigerantes, bem como o uso de fluidos naturais.

Se por um lado o sistema com amônia é extremamente eficiente energeticamente, por outro há riscos maiores devido a sua toxicidade, como quando ocorre um vazamento, por exemplo.  Para resolver essa questão, o Grupo Mayekawa tem se dedicado a desenvolver sistemas de refrigeração indireta que utilizam CO2 Brine para o resfriamento ou congelamento do produto ou para climatização. Neste caso, a carga de amônia é reduzida quando se usa CO2 como fluido refrigerante secundário (Brine), otimizando a eficiência energética e diminuindo o nível de toxicidade, aumentando, assim, a segurança operacional do sistema de refrigeração.

“Por ser um fluido natural de baixo custo e com uma baixa viscosidade dinâmica, o CO2 tem sido uma ótima opção de fluido secundário seguindo a tendência dos fluidos refrigerantes naturais”, comenta Silvio Guglielmoni, diretor comercial da Mayekawa do Brasil.

O supervisor comercial da Mayekawa do Brasil, Ricardo César dos Santos, explica que o sistema de CO2 Brine foi desenvolvido inicialmente pelo Grupo Mayekawa, ou seja, é a companhia que detém globalmente o pioneirismo e a expertise neste sistema. “Ao não bombear amônia para os evaporadores de ar forçado nos espaços refrigerados, utiliza-se uma pequena carga desse fluido refrigerante na sala de máquinas no estágio primário do ciclo de refrigeração para reduzir a temperatura do CO2 para congelados (-30°C) e resfriados (-10 °C). O CO2 é bombeado para os evaporadores de ar forçado como um fluido secundário. Através da aplicação da solução Mayekawa com CO2 Brine, conseguimos obter uma redução significativa aproximada de 90% da carga de NH3 de 3.000 Kg para 280 Kg com aplicação do CO2. Também reduzimos a pressão de projeto em aproximadamente 60% de 120 bar do sistema CO2 convencional transcrítico para 40 bar no sistema CO2 Brine Mayekawa, mitigando consideravelmente os riscos operacionais.”

Com os sistemas de refrigeração desenvolvidos pelo Grupo Mayekawa operando com CO2 Brine, a indústria alimentícia reduziu o volume de amônia em 90%, além de aumentar a eficiência energética dos sistemas.

Com 50 anos de presença no Brasil, a Mayekawa recorreu a outra cinquentenária para colaborar com o projeto da nova planta alimentícia: a dinamarquesa Danfoss, que forneceu para a instalação de CO2 Brine válvulas ICF, sensores de nível, válvulas de segurança, válvulas de bloqueio, válvulas de controle de pressão e pilotos. A Danfoss tem desenvolvido controles e válvulas em estreito diálogo com a comunidade de refrigeração industrial com foco no CO2.

“Com grande presença na América Latina, a Danfoss tem produtos certificados internacionalmente e que seguem as diretrizes da Europa. O Grupo Mayekawa sempre teve o cuidado em escolher parceiros com excelência e a Danfoss é um deles”, acrescenta Santos.

A nova fábrica do setor alimentício é a primeira instalação no país em que a Mayekawa do Brasil usa CO2 Brine e um segundo projeto já está em desenvolvimento, desta vez para um frigorífico de grande porte. Além do Brasil, a multinacional japonesa já aplicou o conceito de CO2 Brine em outros países da América Latina, sendo dois projetos no Equador e um na Argentina. Na Ásia, o Grupo Mayekawa também está presente em mais de 500 instalações de refrigeração industrial utilizando o CO2 Brine.

Vantagens do CO2 Brine como fluido secundário:

  • Menor volume de NH3 (redução de 85 a 90%);
  • Melhor eficiência energética total entre sistemas CO2 Brine x CO2 Cascata;
  • Segurança (menor impacto se há vazamento, benefício no seguro industrial, atóxico, não inflamável, agilidade para obtenção de licenças ambientais);
  • Menor impacto ambiental (GWP, ODP);
  • Menor impacto no estudo e gerenciamento de risco – EAR ou PRG (CETESB P4.261);
  • Custo de implantação e operação similar aos sistemas convencionais;
  • Custo de manutenção mais baixo (reposições de óleo, overhaul, compressor x bomba) quando comparado com sistemas de compressão de CO2 Cascata;
  • Sistema com operação similar ao sistema NH3 bombeado convencional;
  • Sistema de controle e operação simplificados;
  • Evaporadores de ar forçado com redução de tamanho e peso;
  • Bombas secundárias com reduções significativas de potência;
  • Tubulações com redução nos diâmetros;
  • Sistema secundário isento de óleo;
  • Sistema secundário isento de ar, por operar com pressão positiva a baixa temperatura;
  • Baixa Pressão de CO2, ou seja, similar ao sistema NH3 convencional.

“Construir e projetar sistemas de refrigeração confiáveis, com excelente custo-benefício e ecologicamente corretos, usando CO2 como fluido secundário e utilizando o know-how japonês com mais de 90 anos de atuação no mundo são os conceitos do Grupo Mayekawa”, finaliza Silvio Guglielmoni. 

 

Assessoria de imprensa Danfoss