Do arranjo hidráulico depende, em grande parte, a eficiência dos sistemas de água gelada; vários são os fatores que determinam a melhor escolha
Em busca da eficiência energética fabricantes investem milhões em equipamentos, desenvolvem novos conceitos em válvulas e controles e tornam mais amigáveis os sistemas de automação. No entanto, não basta reunir as mais avançadas tecnologias para um projeto de sucesso. Para isso, se faz necessária a aplicação dos conceitos da engenharia mecânica no desenvolvimento do melhor arranjo e, em função dele, selecionar os equipamentos e componentes mais adequados.
O projetista Anderson Rodrigues, da Artécnica, de Porto Alegre, começa esclarecendo que as estratégias de bombeamento e montagem hidráulica em resfriadores de líquido com condensação a agua são divididas por uma lógica simples: bombeamento e arranjo dos resfriadores no lado do condensador; e bombeamento e arranjo dos resfriadores no lado do evaporador.
“Os resfriadores de líquido de condensação a ar usam somente as estratégias de bombeamento e arranjo no lado do evaporador. Nos resfriadores de condensação a água, do lado do condensador podemos ter as montagens em série, paralelo e série contrafluxo; bombeamento constante e variável. Do lado do evaporador podemos ter as montagens em série, paralelo, módulos de paralelo, “sidestream arrangement” (simples modificação no método tradicional de bombeamento desacoplado) etc. E o bombeamento constante, desacoplado (primário-secundário), desacoplado com terciário e variável no anel primário. Mas objetivamente o que determina a escolha é o tamanho (potência) da central de água gelada. Quanto maior a CAG, maior o leque de estratégias disponíveis de montagem e bombeamento”, afirma Rodrigues.
Francisco Dantas, da Interplan Planejamento Térmico Integrado, considera que o principal parâmetro para a definição da conveniência do arranjo hidráulico, em série ou paralelo, “para interconexão entre produção e consumo da refrigeração nos sistemas de expansão indireta” é o diferencial de temperatura da água.
Em outras palavras, o engenheiro Cristiano Brasil, da Midea Carrier, diz que “podem ser determinantes na escolha do arranjo de equipamentos, a eficiência energética, alto ∆T da água gelada, necessidade de temperaturas intermediárias para outras partes do processo etc.”
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