Área do Conhecimento: debate com presença do médico Gonzalo Vecina destaca que pandemia aumentou o alerta sobre contaminante do ar

Em painel realizado no dia 11 de agosto, último dia do IV Encontro Nacional de Facility Management, palestrantes ressaltaram que a crise sanitária tem deixado como legado a preocupação com a qualidade do ar.

A pandemia da Covid-19 fez com que as pessoas passassem a se preocupar mais com a contaminação do ar. E uma forma de manter esse cuidado é elaborar um Plano de Gestão de Qualidade de Área Interna, norma técnica que tem sido elaborada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Este foi o assunto da palestra “Gestão da Qualidade do Ar Interno” nesta quinta-feira, 11 de agosto, na Área do Conhecimento do último dia do IV Encontro Nacional de Facility Management.

O maior encontro de negócios do setor de FM teve início no dia 9, no São Paulo Expo, na capital paulista, e aconteceu simultaneamente à Higiexpo 2022 (27ª Feira de Produtos para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental). A realização da Abralimp – Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional e Conservação Ambiental).

O painel contou com participação do médico Gonzalo Vecina, especializado em administração, ex-diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e ex-secretário municipal de saúde de São Paulo (SP), e de Leonardo Cozac, CEO da Conforlab Engenharia Ambiental e Presidente do PNQAI (Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno). A mediação ficou a cargo de Arnaldo Basile, presidente executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento.

O médico Gonzalo Vecina lembrou que o país ainda passa pela pandemia de Covid-19, embora a população esteja imunizada. “A mensagem mais importante, principalmente nesses tempos em que nós estamos vivendo uma pandemia com vírus de transmissão respiratória, é sobre a importância da qualidade do ar, que é uma coisa invisível e que nós não percebemos, mas depende muito da nossa capacidade de manter esse ar limpo, particularmente neste momento em que a maioria dos ambientes fechados são climatizados”, alertou.

“O Plano de Gestão de Qualidade de Área Interna envolve diversos setores dentro do ambiente (alvo do planejamento), como higienização, limpeza, ar condicionado, controle de pragas, reformas, arquiteturas, uma série de medidas que precisam de atenção para garantir uma boa qualidade do ar, para as pessoas esperarem um ar saudável”, explicou Leonardo Cozac no painel. “Sem dúvida a pandemia aumentou o alerta sobre contaminante do ar, que faz mal à saúde das pessoas, mas a gente ainda está longe do ideal, há um bom caminho para percorrer. As pessoas ainda não se preocupam com o ar que respiram no dia a dia”, analisou.

O mediador Arnaldo Basile defendeu que após ter passado o período mais grave da crise sanitária, é possível hoje equilibrar o foco entre o cuidado com a saúde e investimentos em um melhor uso da energia necessária para funcionar aparelhos como o ar condicionado. “A questão da eficiência energética sempre foi uma preocupação dos profissionais que militam na área de tecnologia. Sempre se procurou utilizar os equipamentos mais eficientes, as técnicas, as formas de operar e desenvolver os serviços de maneira que se consumisse menos energia. Durante a pandemia, deu-se total prioridade para a saúde”, lembrou Basile.