ABRAVA participou do ENAI 2018 – Encontro Nacional da Indústria, que aconteceu no dia 03 de julho em Brasília, com a presença de mais de 4 mil industriais e líderes de entidades patronais. O foco do evento é discutir o futuro da indústria no Brasil. Representando a associação esteve no evento Guilherme Moreira, gestor do Departamento de Economia.
Para Guilherme “o evento foi muito importante, principalmente para identificar claramente os posicionamentos dos presidenciáveis em relação aos principais temas que afetam a Indústria Brasileira. Esse diálogo é fundamental nesse período de incertezas econômicas”.
Robson de Andrade, presidente da CNI, em seu discurso, disse que as ações do atual governo, colocaram o Brasil em curso. “O encontro acontece às vésperas das eleições. Se fizermos a escolha correta, colocaremos o Brasil na rota certa. Com reformas econômicas e institucionais, poderemos crescer o dobro das taxas dos últimos anos e reduzir o fosso que nos separa das grandes nações”. Ele também afirmou a necessidade de uma indústria competitiva, com novos e velhos desafios.
Andrade também falou sobre as reformas tributária e política, necessárias para haver competitividade nos produto, seja no comércio interno ou externo. Outro ponto, abordado por ele, foi a insegurança jurídica, que causa um custo para o país, gerando insegurança e urgindo a necessidade de uma governança corporativa.
Indústria 4.0 – está às portas e afetará a vida do cidadão no futuro. Foram criados institutos e centros de inovação do Senai, gerando novos empreendedores. “Adotamos uma posição pró-ativa. Oferecemos propostas concretas, com soluções de fácil execução até as mais complexas, que demandam grandes articulações”
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Marcos Jorge, explicou como o MDIC está trabalhando, desde 2016. Para ele, é preciso pensar em proposições de ações, com foco na indústria nacional e na competitividade no Brasil. “A indústria Nacional emprega mais de 21% do total de trabalhadores, e contribui com mais de R$ 1 trilhão. “Sob a ótica do comércio exterior, trabalhamos para adensá-lo”, comentou, informando, ainda que o ministério também está trabalhando para melhorar os acordos entre Mercosul e União Europeia, abrindo frentes de acordos de cooperação. De acordo com ele, foram 15 acordos firmados, desde o início deste governo. “Precisamos melhorar o ambiente de negócios da industria”. Com o programa mais produtivo, conseguimos aumentar a produtividade. Também vamos trabalhar a eficiência energética e e conectividade. A indústria 4.0 será um marco para a indústria nacional e haverá linhas de crédito, em especial para a pequena e média empresa. Em pouco tempo, a indústria passará por uma grande transformação.
O presidente da República Michel Temer, disse que os discursos do presidente da CNI e do ministro são muito complementares. “Há uma certa insegurança, muitas vezes, por causa das questões técnico-jurídicas. Mais do que coragem, no Brasil, é preciso ousadia. A reforma trabahista e a terceirização foram itens importantes do nosso governo”. Ele disse que fez reformas importantes para o país, lembrando que a previdenciária é um tema de extrema importância para o Brasil, para reduzir o déficit do país. Também comentou sobre a reforma tributária, dizendo que há a necessidade de uma simplificação. “Mesmo com as eleições, o governo não vai deixar de trabalhar. Queremos a inserção da iniciativa privada no governo”.