A RENABRAVA 10 foi desenvolvida com o objetivo de estabelecer protocolos na retomada dos sistemas de climatização após a parada dos equipamentos, que devido ao distanciamento social em tempos de pandemia da COVID-19 podem resultar em prejuízos financeiros, mas principalmente à saúde das pessoas

Desenvolvida por iniciativa do Departamento Nacional de Tratamento de Águas (DNTA) da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento a RENABRAVA 10 foi elaborada de acordo com a necessidade de retomada dos sistemas de climatização focada nos protocolos para um “Plano de Tratamento de Químico Visando Longas Paradas e Retomada em Sistemas de AVAC-R”.

Devido à pandemia da Covid-19 (SARS- CoV-2) em atendimento às medidas e protocolos definidos pelas autoridades públicas, diversos tipos de ambientes comerciais e estabelecimentos públicos foram fechados, e consequentemente estão com seus sistemas de climatização e refrigeração fora de operação, mas para a retomada das atividades econômicas, estes sistemas de climatização necessitarão de atenção.

Para Charles Domingues, Presidente do DNTA, CDomingues Consultoria, “ A Renabrava 10 surgiu em atendimento a necessidade de diversos usuários , como tratadores de água de como manter o sistema conservado no momento da parada, e para isso foi adotado o protocolo que visa a manutenção, conservação do sistema de condensação e água gelada, desde a parada,  hibernação e a retomada, abrangendo inclusive os tanques de água gelada.  Para isso, ouve grande preocupação com o tempo de funcionamento de cada sistema, por se tratar de fator fundamental para equalização do programa de tratamento químico. Por outro lado, a preocupação com processos corrosivos foi avaliada, assim como o controle microbiológico, ambos de grande importância para sistemas fora de operação. Saber preparar, conservar e manter os sistemas prontos para a retomada são fatores primordiais para o sucesso, quando da execução dos protocolos recomendados”.

Neste contexto, a RENABRAVA 10 foi elaborada com o objetivo de ser um guia com recomendações que devem ser adotadas por usuários e tratadores de água em sistemas de Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado – Refrigeração (AVAC-R) após longas paradas e posterior retomada.  No documento constam procedimentos técnicos referentes a longas paradas dos sistemas de condensação, água gelada, incluindo tanques de termoacumulação

Para diversas atividades industriais e corporativas, a água é considerada matéria-prima básica. Devido à sua importância, é fundamental que se tenha conhecimentos teóricos e práticos quanto à utilização de água em sistemas de resfriamento. Isto porque, a água utilizada como fluído de troca térmica, apresenta vários inconvenientes, como deposições orgânicas e inorgânicas (incrustações) com aumento da resistência térmica e corrosão com risco de perda para as tubulações.

O maior responsável, entre todos os possíveis inconvenientes, será o processo de corrosão microbiológica, gerado pela proliferação descontrolada de microrganismos. Um sistema parado ou hibernado, torna-se um ambiente favorável para o crescimento microbiológico.

A hibernação de sistemas de ar condicionado central é um dos maiores desafios no tratamento de águas para o setor AVAC_R, fato comum que está acontecendo neste momento em diversos estabelecimentos, pois seus sistemas de climatização estão parados. Ainda não se sabe quanto por quanto tempo estes sistemas ficarão parados, e a necessidade de ligá-lo a qualquer momento requer protocolos para se evitar prejuízos. Vale destacar que o não cumprimento dos protocolos necessários para a retomada podem resultar em perdas financeiras, valores que serão gastos com tratamentos corretivos e/ou tratamentos preventivos mal dimensionados ou gerenciados.

O DNTA recomenda a leitura do documento e o atendimento aos protocolos.  Confira no site da ABRAVA https://abrava.com.br/normalizacoes/renabravas/