ABRAVA de Portas Abertas foi um sucesso. Setor do Frio deve faturar R$ 41 bi em 2024!!Anúncio feito no evento da ABRAVA considera fatores como as altas temperaturas, novas tecnologias, novos empreendimentos comerciais, avanço das construções e a recuperação gradual no consumo das famílias como fator principal 

Ao realizar a 5ª edição do “ABRAVA de Portas Abertas”, no dia 30 de janeiro, a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento reuniu de forma híbrida representantes de empresas pertencentes aos setores pela associação sob o tema “Perspectivas e Oportunidades para o AVACR”.

A programação foi dividida em dois painéis, sendo que o primeiro considerou aspectos institucionais, econômico e jurídico. O segundo painel teve como foco apresentação de ações em andamento e em planejamento dos Comitês e Departamentos Nacionais, ações essas que consideram aspectos como eficiência energética, qualidade do ar interno, qualificação de mão de obra, normalização do setor AVACR, boas práticas, novas tecnologias, entre outros diversos temas

O formato deste evento, o ABRAVA de Portas Abertas, foi constituído com o objetivo de fazer uma retrospectiva, apresentando os resultados do ano anterior e as tendências para o ano vigente, baseados em pesquisas e estudos que a associação vem realizando  por meio do departamento de economia e estatística, assim como, as atividades dos comitês e departamentos nacionais. Destacou o presidente executivo da ABRAVA, o Engº Arnaldo Basile em suas considerações iniciais.

“A ABRAVA entende que o ano de 2024 acusará crescimento em todos os segmentos que representa, em relação ao ano anterior. Esse otimismo está baseado nas questões das manutenções relacionadas às temperaturas elevadas, com a necessidade de rever e promover adequações em sistemas de refrigeração e ar-condicionado, de maneira que apresentem maior eficiência energética, menor consumo de energia, utilização de gases refrigerantes mais adequados que provoque menor aquecimento global e o olhar para a inteligência artificial, que cada vez mais se torna presente nos equipamentos e sistemas do setor AVACR”. Conclui Basile.

Aspectos econômicos

No último trimestre de 2023, o Departamento de Economia e Estatísticas da ABRAVA realizou uma pesquisa com empresas dos setores representados, o estudo apresenta que os R$ 36,9 bilhões faturados por essas empresas no ano passado têm tudo para evoluir perto de 12% ao longo de 2024, período para o qual se prevê R$ 41,3 bilhões de negócios a serem fechados pela área em todo o país, na somatória entre produção, venda de equipamentos e serviços relacionados a instalação e manutenção.

No ranking das áreas com maior variação positiva este ano a liderança apontada pelo levantamento fica com a de instalação e manutenção de sistemas centrais de ar-condicionado, ventilação e refrigeração, cujas vendas devem subir dos R$ 6,36 bilhões de 2023 para R$ 8,02 bi em 2024, representando, portanto, um crescimento de 26%.

Vem em seguida o segmento de manutenção e reparação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial, com uma variação positiva da mesma ordem (26%), ante ao 1,18 bi de contratos firmados pelos players dessas áreas em

Já o comércio do AVACR – iniciais que exprimem os setores da economia representados pela Abrava – cresceu 10% no geral no ano passado e tem tudo para repetir tal desempenho no ano em curso.

Em contrapartida, fica entre 7% e 8% a expansão aguardada para 2024 nos segmentos de fabricação de compressores; aparelhos e equipamentos para instalações térmicas; fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial.

Climas favoráveis no setor do ar-condicionado

Como era de se esperar, um dos motivos determinantes para uma expectativa de faturamento acima de R$ 40 bi para o AVAC-R em 2024 é o prolongamento até abril previsto pelos meteorologistas para o fenômeno El Niño, assim como a tendência de termos novamente um ano de altas temperaturas, a exemplo de 2023, quando foi atingido um recorde histórico de calor mundo afora.

Quanto aos aspectos econômicos, o presidente executivo da ABRAVA, Arnaldo Basile, destaca o ritmo de recuperação do setor do ar condicionado , que após o pico de 5,4 milhões de unidades produzidas em 2021, houve uma queda em 2022, voltando a crescer em 2023, chegando a 4,5 milhões em 2023. De acordo com a pesquisa a estimativa para venda de unidades de split em 2024 é de aproximadamente 4, 9 milhões de unidades.

“Além disso, as fortes oscilações de consumo percebidas pelo segmento durante a pandemia ficaram para trás, ao mesmo tempo em que os preços subiram em 2023 acima de 23%, produtos cada vez mais eficientes no tocante ao consumo energético”, aponta o presidente executivo da ABRAVA.

Também anima o setor, segundo ele, a demanda reprimida, inclusive nas classes A,  B1 e B2, nas quais a penetração do ar-condicionado ainda se limita, respectivamente, a 61,2%, 45,3% e 30,1%. “Considerando todas as faixas de consumidores esse índice impressiona mais ainda, pois não passando dos 16,7%, o que pressupõe um grande espaço ainda nas aspirações do consumidor brasileiro para esse tipo de aquisição.

Dentre os motivos para que isso ocorra, mesmo o ar-condicionado tornando-se um item fundamental ao conforto e bem-estar das famílias, ainda se encontra a falta de infraestrutura nos edifícios para a instalação desses equipamentos. “Tanto é que o país ganhou 23 milhões de domicílios em 12 anos e esse crescimento no campo da construção não vem se refletindo no nosso”, argumenta o dirigente, acreditando, porém, numa animadora tendência para a mudança desse quadro, no médio e longo prazo.

A ABRAVA

O segundo painel contou com apresentação dos cincos Comitês Nacionais em atividade na associação, são eles: ABNT/ CB 055; Mulheres do Setor AVACR; Eficiência Energética; Normas Regulamentadoras e ESG; e Tratamento de Águas.

Na programação ainda, uma breve apresentação dos Departamentos Nacionais (DNs) são eles: Ar Condicionado, Ar Condicionado Automotivo, Automação e Elétrica, Comissionamento e Elétrica, Comércio e Distribuição, Instalação e Manutenção, Isolamento Térmico, Meio Ambiente; Refrigeração, DNPC – Empresas Projetistas e Consultores; Qualindoor – Qualidade do Ar Interno; Ventilação e Distribuição de Ar; e, Tratamento de Águas.

 

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