Durante os três dias do evento, promovido pela ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação, profissionais do Brasil e do exterior puderam compartilhar conhecimento e aprendizado sobre inovações tecnológicas, questões técnicas e de legislação do setor. O presidente da ASBRAV, Eduardo Hugo Müller, ficou satisfeito com o retorno positivo do público tanto pela qualidade como pela variedade dos temas debatidos nas palestras.

– Ficamos gratificados com o resultado e aproveito para renovar o agradecimento aos patrocinadores e organizadores. Há uma inovação muito grande no setor. Claro que nada ocorre de um dia para o outro, mas aos poucos a indústria vai agregando cada vez mais melhorias sempre olhando a eficiência energética como tema central – comentou.

A programação do último dia do Congresso Mercofrio trouxe, entre os debates, um dos temas mais importantes da atualidade para o setor. Com a participação de um médico e engenheiros, foi possível compreender a temática do Plano de Manutenção, Operação e Controle de Ar Condicionado (PMOC). A lei, sancionada pelo presidente Michel Temer em janeiro, exige a execução de um PMOC de sistemas e aparelhos de ar condicionado em edifícios de uso público e coletivo, com o objetivo de eliminar ou minimizar riscos potenciais à saúde dos ocupantes. A penalidade pode variar de RS 2 mil até R$ 1,5 milhão para quem descumprir a legislação, que é destinada para locais comerciais ou industriais que tenham soma total de 60 mil BTUs instalados.

– As partículas que causam danos são invisíveis aos nossos olhos. Então a avaliação visual que fazemos não é suficiente para saber se o ambiente é insalubre ou não. A prevenção primária é fundamental, ou seja, criar condições para que o ambiente fique saudável. Nós, na área médica, temos o papel de detectar com precocidade os problemas de saúde – afirmou o médico pneumologista, Carlos Nunes Tietboehel Filho.

O engenheiro mecânico e representante do Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviço no Segmento de Refrigeração, Aquecimento, Climatização e Ventilação do Estado do Rio Grande do Sul – Sindratar-RS, Gilsomar Gabriel da Silva, apresentou aspectos técnicos da legislação.

– Quando falamos em ambientes de uso público coletivo, escritórios, hospitais e laboratórios, há a necessidade de adequação. Muitas vezes as empresas se preocupam com uma série de fatores, mas esquecem a renovação de ar, apenas para dar um exemplo – alertou.

Após, o conselheiro da ASBRAV, Mario Henrique Canale, discorreu sobre os efeitos que são comuns em ambientes nos quais não há uma adequada preocupação com o tema.

– Quando há baixa qualidade do ar em um escritório, por exemplo, aumenta a chance de absenteísmo. Por consequência isso reduz a produtividade e aumenta as custas médicas para a empresa – comentou.

Durante a manhã da quinta-feira (27/09), a grade trouxe o debate sobre boas práticas em Comissionamento, que é o processo de assegurar que os sistemas e componentes de uma edificação estejam projetados, instalados, testados, operados e mantidos de acordo com as necessidades. Outro debate foi sobre a sustentabilidade. Também foram abordadas estratégias de renovação e reposição de ar. O evento recebeu, ainda, o Encontro de Estudantes e Jovens Engenheiros, organizado pela ASHRAE.

O Congresso Mercofrio foi realizado entre os dias 25 e 27 de setembro . O evento teve o patrocínio de Daikin, Dannenge, Industrilas, Johnson Controls, LG, Midea Carrier, Panasonic, Sulgás, Trane, Vertiv, Weger, Armacell, Berlinerluft, Chemours e Forane Arkema.

PlayPress – assessoria ASBRAV